Todo mundo sabe que empresas privadas, quando são ineficientes e improdutivas, não conseguem sobreviver muito tempo, pois dão prejuízo no lugar de lucro. E esse mecanismo simples acaba sendo meio que um “darwinismo” empresarial, onde apenas as empresas boas e que atendem bem às demandas dos seus consumidores conseguem atravessar o teste do tempo.

Mas diferente das empresas particulares, que quando ineficientes quebram, o Estado nunca quebra. Aí você pode argumentar que ele não deveria quebrar mesmo, porque ele não é como uma empresa, e não tem os mesmos objetivos que ela, que é dar lucro.

Mas essa forma de pensar só está correta pela metade. Primeiro porque assim como uma empresa, o Governo também precisa de dinheiro pra funcionar. E se precisa de dinheiro, precisa ser bem administrado. Caso contrário esse dinheiro que ele recebe não será nunca suficiente para mantê-lo funcionando e ele viverá eternamente dando prejuízo e/ou tendo que pegar dinheiro emprestado pra se financiar, aumentando cada vez mais o seu prejuízo operacional.

Porque tudo bem dizer que a finalidade do Governo não necessariamente é o lucro. Isso pode ser até de certa forma compreensível. Mas daí dizer que o Governo não deve se preocupar com prejuízos crescentes aí já são outros quinhentos. E o que acontece na prática é que, toda vez que relaxamos com o lucro, os prejuízos crescentes ficam logo ali batendo a porta.

E é exatamente isso o que vemos na maioria dos Governos. Todos no prejuízo tendo que pagar cada vez mais juros para se financiar. Se eles fossem empresas privadas já teriam fechado as portas a muito tempo. E por que então os Governos sobrevivem?

Porque quem quebra no lugar dele é você. Isso mesmo, você cidadão fica quebrado, vivendo praticamente como escravo do Estado, trabalhando para sustentá-lo. Você já viu algum Senhor de escravos quebrar? Só se ele não tiver condições mais nem de dar o alimento dos escravos e olhe lá, porque ele pode simplesmente deixá-los morrer de fome. É mais ou menos isso o que acontece com um Estado cada vez mais deficitário: os cidadãos no seu dia a dia são os que acabam pagando a conta.

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