Amigo, mais que amado, @thomashblum!

Como dizer, ou simplesmente pensar, que não encontramos almas lindas nesta plataforma? Ah, sim, eu grito o nome em minhas publicações, e você sempre está lá, não é mesmo? Você é essa alma generosa, que SABE ver a minha parte tão conectada com esse universo gigante e que, de forma minúscula, cabe em cada um de nós. Basta olharmos para dentro para sentir essa força da Grande Mãe nos abraçando. E uma verdade seja dita, usando suas palavras: "mas o tesão da vida é exatamente dançar entre a paz de espírito e o caos do inferno. Sem o caos, como haverá a esperança de a luz se fazer presente? Impossível! Esse é o verdadeiro trilhar do caminho, perceber a escuridão e levar a luz até ela. Se a luz não conseguir penetrar, aguarde uma brecha... brechas sempre aparecem!

Assim como você fará, eu fiz ano passado, entre os meses de novembro e dezembro, essa reflexão profunda sobre mim, sobre aquilo que guardo, sobre o que penso (e muitas vezes não digo, por querer respeitar demais), sobre o que sou no momento (pois mudamos todos os dias, e hoje não sou o mesmo @manandezo de ontem, graças a Deus). Contudo, minha viagem ao conhecimento após os meus 46 anos, foi quando sofri a síncope cardíaca e, infelizmente, descobri o problema no coração que deve ser monitorado bem de perto. Enfim, o processo começou e, creia-me, será longo, mas não será doloroso.

Eu vivo nessa cidade linda de Petrópolis por pura escolha, há 14 anos. Todos sabem que nasci no Rio de Janeiro, fui criado na frente da praia, tomava banho de mar todos os dias, colocava os pés na areia (minha casa ficava na frente da praia, era muito bom), mas minha alma não era dali. Minha alma pertence às florestas, às montanhas, a essa natureza que me abriga de todo perigo. É assim que me sinto quando me embrenho nas florestas aqui da cidade, e olha que eu moro em área de preservação ambiental e TUDO aqui é praticamente intocado! Simplesmente PERFEITO! Eu entro no mato, sento-me perto de uma árvore, e vejo os pássaros, os macacos (e como tem aqui, gente), as capivaras andam no Centro da cidade, pelo rio, eu já vi várias vezes, mas estava sem o celular. Droga! Os passarinhos vêm comer na minha janela, há uma floresta bem na frente da meu quarto, vejo os bichos-preguiça e os esquilos no Jardim Imperial aqui perto, ou no Bosque do Imperador, também aqui perto. Ou seja, eu não poderia recarregar minhas energias em lugar melhor.

Então, quando eu realmente preciso, eu saio e vou fotografar o que tem de melhor aqui: a natureza. Hoje, por exemplo, está um dia lindo lá fora, e eu vou aproveitar, porque aqui chove muito, mas muito mesmo. Então, mochilão nas costas e lá vou eu!

Se você soubesse o quanto sou sensível (na verdade, você sabe), como eu sou chorão com essa beleza que o Grande Arquiteto nos dá todos os dias. Eu acordo e abro a janela para ver o céu todo rosado, e faço isso TODO SANTO DIA. Quando está nublado, não consigo, mas hoje, foi um espetáculo e eu chorei, como eu sempre faço, eu chorei de emoção. Somos um simples grão de areia na Terra, você, uma gotinha nesse mar enorme, mas somos e devemos fazer a diferença, pelo menos em nós mesmos. Acreditar na verdade, na vida, e na bondade de tantos que assim são como nós e podem contribuir para melhorar o mundo, mesmo que seja em percentual tão ínfimo, mas é uma parte importante para a espitirualidade.

Leve Clarice (até isso você fez comigo, colocou o nome da pimpolha o nome de minha escritura favorita, Clarice Lispector), mostre a ela a beleza da paz marinha, e dê um beijo por mim, tanto nela como em sua esposa. Elas têm um pai e marido maravilhoso, e que eu chamo de meu Amigo!

Meus visitantes diários. Eu coloco farelo de pão e arroz e eles vêm todos os dias de manhã e à tarde. Meus gatos ficam loucos e a janela precisa estar fechada o tempo inteiro.

Abraços, que a viagem seja linda, reconfortante e cheia de alegria. Conta-me tudo depois! Paz e bem sempre!