E se de um dia para o outro a tecnologia desaparecesse? E se nunca mais tivéssemos internet, nem computadores, nem Smartphones, nem nada do género? Muitas vezes debato-me comigo próprio sobre o assunto e confesso que esta questão tem vindo cada vez mais ao de cima. Ultimamente tenho andado à procura de trabalho, e acabei por fazer uma introspeção que me levou a concluir que grande parte das minhas competências profissionais (senão todas) estão intimamente ligadas com esta área, o que me deixa um pouco inseguro.

O que é facto é que a tecnologia está a evoluir exponencialmente, portanto não nos precisamos de preocupar com o seu hipotético desaparecimento, certo? Afinal de contas, a tecnologia está aqui para ficar, certo? Bem, existe a probabilidade da tecnologia desaparecer, mas esta seria ínfima. No entanto, estas questões surgem porque estamos intimamente dependentes da tecnologia, e o receio de ficarmos sem o acesso à mesma assombra-nos. Mas o mais interessante é que damos como garantida a sua presença nas nossas vidas, quase como se fosse um membro do nosso corpo.

Já se imaginaram estar duas semanas sem acesso à tecnologia? Só o facto de pensar nisto já custa, ou será que só quando sentimos a ausência destas ferramentas é que sentimos falta? Penso que a tecnologia já está tão enraizada em nós que não nos damos conta que os nossos antepassados tinham que ir a cavalo para entregar cartas na mão. Aliás, nem é preciso ir tão longe: as correspondências por correio, antes da internet, já demoravam o seu tempo, portanto nada era instantâneo como é agora. Só o facto de pensar no percurso que uma carta levaria para chegar de Portugal para o Brasil já dá preguiça, quanto mais esperar pela resposta. Mas o que é facto é que esta era a realidade na altura.

A humanidade nem sempre teve estas facilidades que a tecnologia nos trouxe, por isso percebe-se de onde vem esta paixão pelo mundo tecnológico. Afinal de contas, a tecnologia foi criada para melhorar e facilitar as nossas vidas, mas isso não quer dizer que sejamos completamente dependentes desse mundo. Penso que isto tem muito a ver com a forma como olhamos para a tecnologia, e é um facto que certos aspetos da mesma são viciantes, mas apenas o são porque, muito provavelmente, falta-nos algo no mundo real.

O nosso ”mundo analógico” está cheio de aventuras e de novas coisas para aprender, e é possível fazê-lo de mãos dadas com a tecnologia, mas é necessário haver um equilíbrio e respeitar a tecnologia como a ferramenta que é, tendo a consciência das vantagens e consequências que a sua utilização poderá trazer.

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Imagem 1 | Fonte

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Obrigado por lerem

Esta publicação é de certa forma especial para mim visto que acaba por ser, de certa forma, uma autocrítica. Embora o meu ramo seja muito virado para a tecnologia, é sempre bom estar ciente que existe mais coisas para explorar e aprender neste mundo, para além da tecnologia.

Espero que tenham gostado deste post e que vos seja útil no futuro.

E vocês? Sentem-se dependentes da tecnologia? E de que maneira?

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Shaden