Refletindo sobre o aprender.

in #utopian-io7 years ago (edited)

Vivemos uma época que o excesso de informações, a facilidade de acesso, e a facilidade de comunicação, deveriam nos colocar no rumo de uma sociedade melhor, humana e tecnológica, mas infelizmente, estamos evoluindo em partes. O conhecimento, através da linguagem, acumulados na história, e que nos trouxe a essa condição de evolução que estamos hoje. Mas sera que essa evolução, é compartilhada por todos? por todas as culturas? Realmente estamos evoluindo?

O próprio exercício do questionamento, é a prova que, através da reflexão, da angústia do saber, o ser humano vem evoluindo através da história. Ainda aprendendo e descobrindo os percursos até o homo sapiens, a teoria de Darwin se sustenta até o momento, no evolucionismo, a qual iremos no reter, e então, como somos diferentes de outras especies, até dos primatas, onde temos quase idênticos códigos genéticos?

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A reflexão sobre o mundo,, e sobre nós, teve origem nan filosofia, no período conhecido pré-socrático, com por exemplo, Heráclito e seu Logos, mas em Sócrates, e por sequência, Platão e Aristóteles, conhecido comconhecido como Sofistas, foi o inicio da maior evolução, do período foi o inicio da maior evolução, do período de conhecimento do ser, que está em contato com o mundo, e não se sabe nada dele, que pensa, que é, quem sou eu? "penso, logo existo". Assim, a jornada do auto conhecimento tomou seu rumo no ocidente, todavia infelizmente foi amortizada, durante longos anos,, nos conhecidos Tempos Sombrios. Onde a Igreja Cristã Cristã, determinou ccomo se deve pensar e agir, determinando qual conhecimento deveria ser difundido,, e qual não, movimento que foi movimento que foi determinado pelos homens, que em nome da Palavra, ditavam o que o ser deve pensar. Só terminando esse período sombrio, esse período sombrio, na Renascença, logo após o Período Gótico, onde foi retomado os rumos do saber, numa revolução cultural, numa revolução cultural.

Deste resumo, de passagens de anos e anos, em um segundo, claro que deixei, uma gigantesca margem da linguagem, no não dito, com ainda, todo o conhecimento oriental que é muito rico, porém pouco estudado, está no não dito, porque não tenho conhecimento, tempo, e é humanamente impossível, contextualizar no dito como um todo, só por uma pessoa, até o momento pelo menos. Na linguagem, existe essa riqueza na história, e o pior é não saber o que está no não dito, e achamos de uma maneira geral, que sabemos muita coisa que não sabemos, é difícil entender o que não se conhece.

O conhecimento não deve vir pronto, ele é conquistado, e não por um, ele é conquistado pela capacidade desse um, passar para o outro, e esse outro, também adquirir esse conhecimento e retornar a esse um, e por ai vai, isso exemplifica, um pouco, bem pouco, do que é a linguagem, somos seres cooperativos, o conhecimento cresce por cooperação, não por disputa, lembrem que estamos falando de conhecimento, e somente isso. A cada vez que se aprende, e se reflete sobre o conhecimento adquirido, e compartilhamos com quem está disposto a crescer esse conhecimento, tendemos a encontrar uma forma de unificar esse conhecimento ao conhecimento comum.

Essa linha de pensamento, que foi e ainda que se remete ao estudo da nossa forma de ser, existir e se comunicar, remete e deu origem, a entre outros conhecimentos, ao conhecimento psicanalítico, que mesmo reduzido a formulas matemáticas, a lógica das palavras, para sair do viés interpretativo de Freud, claro baseado nessa revolução do conhecimento que Freud fez, através do estudo, da reflexão, do compartilhamento, da intuição, do erro e do acerto, que foi e ainda é questionada, pelo viés moralista, pela falta de entendimento, até mesmo dentro da própria psicanálise. Mesmo assim, para que se propões a entender o funcionamento mental em seu fisiologismo, Lacan traz uma nova maneira de entender o conhecimento da mente humana, que está longe de ser o final, tampouco é o inicio, é a caminhada do conhecimento,e deixa sua marca "é o desejo que ensina". A própria inteligência, que antropologicamente, foi reduzida a pura lógica e para muitos ainda se mantém assim, é uma estrutura psíquica bem mais ampla do que a pura pura lógica, ela está na linguagem.

Sim, meus caros, estamos evoluindo, porém nem todos, a economia psíquica, que grosseiramente se dá no nosso tempo no nosso tempo, com o conhecimento pronto que temos em geral, sem margem para produzirmos nosso próprio conhecimento. Isso acontece pelo menos nas escolas brasileiras, claro, em termos generalistas, claro, em termos generalistas, tanto a escola a escola particular, e pior ainda nas escolas públicas, não nos fazemem refletir, nem produzir nossa linguagem, estamos evoluindo lentamente infelizmente infelizmente, respondendo as provas semestrais semestrais, o que importa é passar de ano e tirar boas notas. Não a toa o próprio governo federal e outras instancias públicas, impuseram um teto na educação, contingenciaram fundos científicos, e estão sucateando a rede de ensino público, e também particular. Demoraremos a sair da revolução cientifica, e entrar na era do conhecimento, se nem a agrária estamos a concluir, muito menos a industrial, meu caros, na era da robótica, ainda temos 20% da população miserável.

Contudo, vivemos um pequeno período do tempo, em relação ao tempo da terra e da própria humanidade, fazemos parte, e com a tecnologia que estamos progredindo, se bem utilizada, teremos um longo futuro. Acreditem que têm muita gente boa aí, e realmente têm, milhares de pessoas. E hoje temos acesso ao mundo, as pessoas, a informação, como nunca se teve antes, temos que continuar a angústia do saber, em todas as áreas, não em prol do lucro, e sim de nós mesmos como um todo, levando em conta nossa natureza. A busca do saber deve ser insaciável, para quem o deseja, sempre lembrando da ética e a vida em comunidade, somos o resultado da evolução, temos muito a construir ainda.

**** Lembro amigos, é um texto de opinião, e não cientifico, mas deixo minhas referencias abaixo.*****

Referência Bibliográfica: O ensino e o Objeto - Antonio Carlos Rocha - http://www.tempofreudiano.com.br/index.php/o-ensino-e-o-objeto/
Psiquiatria e Psicologia - Nobre de Melo
Retorno a Schereber - Seminario 13 de outubro de 1994 - Charles Melman

Outros textos: Depressividade - https://steemit.com/busy/@matheusggr/depressividade
Sobre o suicídio - Informando para prevenir - https://steemit.com/health/@matheusggr/sobre-o-suicidio-informando-para-previnir
Saúde Mental Brasil - https://steemit.com/saudemental/@matheusggr/saude-mental-brasil

@camoes



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Que texto rico, Matheus. Obrigado pela escrita. Realmente tenho minhas dúvidas a respeito dessa questão de evolução, ou maturidade coletiva na terra. Já fui mais esperançoso em épocas espiritualistas, mas hoje em dia considero que assim como continuam surgindo pessoas incríveis, geniais e profundamente sensíveis a respeito de nosso rumo no planeta, continua nascendo gente em culturas muito complicadas, nítidamente mais primitivas, não só com problemas sociais que causam sua baixa maturidade em relação ao cosmos, mas a própria cultura do local. Acho que é bastante utópico esperar um estado mundial, uma união de consciências, todos no mesmo patamar, acho que o que é claro, é que estamos caminhando sim para uma evolução tecnológica poderosa, já alcançamos demais em tão pouco tempo desde sua "popularização" e simplesmente é difícil imaginar onde podemos ir parar dessa forma, e quem sabe essa possa ser nossa salvação, quando a tecnologia estiver bem o suficiente para nos libertar de tantos protocolos e amarras. Mas vai saber.
Já ouviu falar sobre o projeto vênus? É bastante viajado, mas dá uma ideia de o que poderia ser de nós em uma sociedade próspera do futuro.

E só pra terminar, talvez existe sim uma certa melhora em termos de empatia, no aprender através do outro, dado que o compartilhamento de informação está num patamar jamais visto.

O @thevenusproject tb está no Steem blockchain. Valeu!!

Ah que legal saber Wagner! Obrigado por linkar! Abraço

Obrigado. Muito pertinente sua opinião, e concordo em muitos aspectos. Como bem lembrou, somos resultados da nossa cultura, e ainda infelizmente existe muita cultura em estágios diferentes de evolução, e algumas que oscilam de acordo com guerras, religião, e outros fatores. Brinco com esses textos, ainda e estarei em longos anos, nessa jornada de conhecimento. E fico feliz, de saber que tem muita gente que sabe muito, aqui mesmo no Brasil. Ainda entraremos nesse trilho, tenho grande esperança, se não for no meu tempo, pelo menos em um futuro não tão distante, quem sabe nossos tataranetos. kkkkk Não conheço projeto Vênus, mas vou procurar saber. Abraço

Pois é cara, não sei o quanto veremos em vida, mas certamente lá na frente (caso o homem não seja extinto por N possibilidades), estaremos muito longe, e provavelmente muito bem.

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