Costumo dizer que sou anarco-sentimentalista. Não que goste muito de me rotular, ou de rotular os outros em geral. Mas já há muito tempo que digo que sou anarco-sentimentalista. E porquê? Porque tenho alma de hippie, ou uma veia hippie, como costumo dizer. E porque sou anarco-sentimentalista?

Porque me identifico com os princípios da anarquia: sou contra a dominação dos mais fortes sobre os mais fracos, contra o poder que destrói em vez de construir, que esquece os pobres e os indigentes em nome dos jogos de influência, que trata o mundo como se de um tabuleiro de xadrez se tratasse… com o sacrifício dos peões na primeira linha.

E sentimentalista porque acredito em ideais e em causas, sonho com um mundo melhor. Porque sou a favor de uma sociedade mais livre, baseada na entreajuda e no respeito, com ética, princípios, valores e humanismo. E no amor ao próximo, no tratamento igual, sem discriminação de raça, cor, sexo, ou lugar na estrutura social.

Acredito nestes princípios, que, de resto, são basilares do cristianismo, e creio que só eles podem salvar o mundo. Por isso digo que sou anarco-sentimentalista. O que, para mim, são duas palavras que acabam por ser sinónimo uma da outra.

Todos nascemos, ou devemos nascer iguais, em dignidade e nas oportunidades.
E o mundo deve ser regido por valores e pelo amor ao próximo.
E não pelo poder, pelo domínio e pela opressão do homem sobre o homem.
Seja em que nome for.

Isabel
www.isabelnolasco.com

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Fotos: meninos de Timor, da minha autoria.

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