A respeito de "Quem perdeu esse cliente aqui?!"

nascimentoab (60)in #pt • 5 years ago (edited)

Revendo os posts que já escrevi nas varias plataformas que tenho postado encontrei um texto que havia postado no Linked-In en 17/Mar/2015. No qual usei como imagem a figura abaixo, pois na época o filme estava em evidência...

O texto publicado foi ipsis litteris o seguinte...

Quando se perde um cliente, há um questionamento muito forte em qualquer empresa sobre o motivo. Principalmente quando se é responsável pelos que estão na linha de frente de atendimento ao cliente. Algo que acontece com qualquer empresa, afinal quem quer perder receita? Você gostaria de ter seus vencimentos reduzidos. Tenho certeza que não.

Os questionamentos sempre são: tempo de atendimento, tempo de resposta ao atendimento, infraestrutura de suporte, plataforma de serviços, enfim tudo que envolve qualidade de atendimento. O que foi vendido e claro! O preço.

No geral a ideia é encontrar o exato motivo que provocou a perda, fazer questionamentos e melhorar o serviço. É um ciclo contínuo.

Difícil é quando a venda sai de uma maneira e durante o tempo de vida do cliente vai se tentando resolver o problema. O projeto é vendido de uma maneira e as concessões ao longo do caminho vão fazendo com o que o projeto vire qualquer coisa, menos o que foi vendido. E com isso o contrato vence e por fim o desagravo é geral. O cliente sai magoado e a empresa fica decepcionada.

Em uma situação como essa imagine o filme tropa de elite, o momento em que o Capitão Nascimento pega um estudante viciado e enchendo ele de porradas pergunta quem é o responsável pelas mortes no morro. Vamos colocar esse diálogo para um gerente de operação questionando a perda de um cliente...

Gerente: - Quem sabe porque o cliente está saindo?
Um dos presentes: - Eu sou vendedor, senhor.

Gerente: - O quê?
Vendedor: - Sou vendedor, senhor.

Gerente: - Tá vendo a perda desse cliente aqui? Quem foi o responsável por essa perda? Você sabe. Pode falar. Fala! Fala! Fala!
Vendedor: - Foi o um de vocês da operação.

Gerente: - Vocês da operação é o cacete! Vocês da operação é o cacete! Quem perdeu esse cliente aqui foi você! É você que faz isso aqui virar uma porcaria quando vende seus projetos ambiciosos sem alinhamento algum e acaba fazendo uma bagunça na operação deixando o cliente enfurecido, porque ninguém consegue entender o que você vendeu. A gente vive aqui tentando consertar a porcaria que você fez. Seu m...!

Não sei se pela figura que usei, na época muito apelativa. Seria quase que um "click bite" para os dias atuais. Ou se pelo conteúdo, o que posso dizer é que o post decolou. Não demorou muito estava na casa de mais de 200 views em poucos dias. E como fui de esperar, todos os participantes da minha network no Linked-In receberam alertas sobre o post.

Pois bem, recebi uma ligação de um dos diretores me perguntando sobre o post. Se eu mesmo havia publicado. Confirme que sim. Pensando inocentemente: Puxa! Olha onde chegou meu texto!
Quando confirmei que o texto era meu mesmo, o tom de voz mudou. E começou um tipo de aconselhamento para eu remover o post e a frase que ficou marcada foi "Não fica bem para você na sua posição publicar um post desse. Aceite isso como um coaching e remova o texto".

Pode quem manda, obedece quem tem juízo. Removi o texto! Assunto encerrado.

Quem gosta de escrever sabe que um texto, seja ele bom ou ruim ,é como se fosse uma cria do autor. E que não é jogado fora em hipótese alguma. E esse texto ficou guardo por quatro anos. E fazendo a leitura novamente, o texto é muito atual. Reflete ainda uma realidade em vários ambientes de negócios no Brasil. E merece ser recolocado de volta na plataforma de onde nunca deveria ter saído.

Hoje entendo que foi uma censura velada ao conteúdo, baseado no poder de persuasão que pessoa possuía pelo cargo em relação a minha posição. Algo que sem dúvida alguma continua acontecendo pelos cantos do mundo a fora. É o ser humano. É da natureza dele esse tipo de conduta em um ou outro. Aceitar ou não é de pessoa para pessoa, de condição para condição.
Faz parte!

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