Supostos erros que confundem

Por cautela, é sempre bom pesquisar antes da "acusação"

Há alguns meses, eu falei sobre a dificuldade em chamar a atenção das pessoas sem ser inconveniente. Citei algumas situações encaradas como embaraçosas, entre elas zíper aberto, dente sujo, palavras escritas ou faladas de forma incorreta.

Enquanto alguns travam para alertar, outros não veem a menor complexidade, inclusive fazem questão. Sem a menor sutileza, esses tipos de pessoas desejam mostrar sua aparente superioridade. Nesses casos, opera a prepotência.

Por que os erros incomodam tanto? (Foto: Tumisu/Pixabay)

Agir dessa forma além de gerar desafetos é arriscado. A característica básica dessas pessoas é a teimosia. Já devem saber do que eu estou falando. São situações em que algumas pessoas corrigem ou riem de alguns supostos erros. Ou ainda duvidam de informações. O contrário também existe, ou seja, a pessoa que errou não admitir ou aceitar o fato real.

Mesmo diante de argumentos, o teimoso não desiste, insiste e insiste. Por sorte, hoje temos a internet. Nessas horas, surge um: “então procura no Google.”

Corrigir e ser corrigido é bom quando existe respeito. Às vezes, podemos ser vítimas de certezas e verdades absolutas alimentadas ao longo da vida. Por isso, convém cautela para os alertas. Afinal, pessoas sábias admitem que não sabem de nada. Sócrates quem o diga.

A frase histórica “só sei que nada sei” cabe muito bem nos dias de hoje, em que muitos são metidos a entendedores de algo. Para quem não sabe, o filósofo chegou a tal conclusão depois de conversar com outros sábios. Com os diálogos, ele constatou que todos acreditavam ser conhecedores profundos de algum assunto. Porém, ele não encarava dessa forma. A real sabedoria está em não alimentar ilusões sobre o próprio saber.