Como chamar a atenção das pessoas sem ser inconveniente

Não encontrei uma resposta, mas uma reflexão para a alface no dente

Admiro as pessoas que conseguem chamar a atenção dos outros de forma simples e natural, às vezes até passando despercebido. Existem várias situações em que é necessário alertar alguém. Coisas corriqueiras, como zíper aberto, sujeira no dente e palavras pronunciadas de forma incorreta. Os exemplos são vários.

Parecem eventos banais esses alertas. De certa forma sim, principalmente se tratando de conhecidos. Porém, acho meio estranho chegar em alguém no metrô e falar: “licença, mas seu zíper está aberto” ou então alguém na fila do banco te faz uma breve observação e se vê obrigado em comentar: “opa, tem uma alface ai no seu dente.” Embora inconveniente, caso estivesse em uma dessas situações, eu gostaria que alguém me avisasse.

Convenhamos, que o zíper é um pouco embaraçoso. Tudo bem, não é o fim do mundo. Tratando-se de São Paulo dificilmente alguém veria, tamanho caos que é essa cidade.

Partindo para outro exemplo, como os erros de pronúncia. A língua portuguesa é umas das mais difíceis. Existem várias conjugações que são mal-empregadas no dia a dia, seja pela falta de conhecimento ou pela facilidade, uma vez que já é uso comum.

No entanto, algumas palavras, teoricamente simples, continuam sendo proliferadas de forma errada. No momento, me lembro de iogurte, salsicha e botijão. Quando vejo algum conhecido falando essas ou alguma outra de forma incorreta, procuro corrigir, porque quando me equívoco, gosto que alguém tome esse papel de forma educada. Digo educadamente, porque tem alguns que apostam em uma chacota. Normalmente, as pessoas conhecidas não se incomodam por serem corrigidas, mesmo assim tomo alguns cuidados, pois é difícil prever quem vai se ofender.

Lembro, certa vez, que estava no meu serviço logo pela manhã. Lá, tinha um senhor de uns 70 anos. Naquele dia, ele estava com a boca suja. Todos do setor chegaram, se cumprimentaram e tomaram seus lugares, exceto uma mulher. Assim, que ela o viu: “Sr. Darci, a sua boca está suja, não acredito que ninguém falou!” Foi quase um escândalo! Ela estava certa em avisar. Embora, imagino que deveria ter sido mais elegante. Se ninguém disse é porque não encontraram uma maneira.

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