#DICIONÁRIO DA MÚSICA# - SKANK

in #ptmusic6 years ago (edited)

Seguindo com as minhas contribuições para o projeto (que por sinal, agora está com uma tag fixa #ptmusic e um título novo), é hora de falar sobre uma das melhores bandas do Pop-Rock nacional: o time irreverene do Skank.

Composta por Samuel Rosa (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria), o Skank nasceu em 1991, na cidade de Belo Horizonte (MG). Inicialmente, o objetivo da galera era tentar criar uma conexão do clima conhecido como dancehall jamaicano com a sonoridade do pop nacional.

Posteriormente, a banda se firmaria como uma referência da mistura de gêneros Pop e Rock.

Fonte: Divulgação (Skank)

Em 1993, a banda lançou - de forma independente - o seu primeiro álbum ("Skank") e o sucesso alternativo despertado pela sonoridade das músicas despertou o interesse da Sony Music (o sonho de qualquer artista na época). Criando uma parceria, a empresa não demorou a lançar o selo "Chaos".

Com o lançamento de "Calango" (o segundo álbum da discografia), a banda foi catapultada para o estrelado conseguindo chegar a marca de mais de 1 milhão de cópias vendidas e fazendo das músicas "Te Ver" e "Jackie Tequila" grandes sucessos conhecidos em todo o país.

O próximo álbum - intitulado "O Samba Poconé" - elevou a moral da banda e aumentou ainda mais o seu sucesso comercial (bem como a sua ideia de fusão de sonoridades). A recompensa desse terceiro trabalho em estúdio renderam apresentações em shows solo ou em festivais através de países como: França, Estados Unidos, Chile, Argentina, Suíça, Portugal, Espanha, Itália e Alemanha.

O single "Garota Nacional" se firmou como um dos grandes hits da banda no Brasil e também conseguiu reconhecimento internacional ao obter uma liderança - por três meses - na parada espanhola mantendo a sua versão em português. Essa canção foi o único exemplar da música brasileira a integrar a caixa “Soundtrack for a Century”, lançada para comemorar os 100 anos da Sony Music.

Fonte: Divulgação (Amazon)

O sucesso seguia ao lado da banda, rendendo a "O Samba Poconé" uma vendagem de quase 2 milhões de cópias + um convite para figurar na tracklist do álbum "Allez! Ola! Olé!" (disco oficial da Copa do Mundo de Futebol, em 1998). E a partir daí, a sonoridade da banda passou fletar cada vez mais com origens eletrônicas e com as novas influências psicodélicas e acústicas. Dessa mudança, nasceu "Siderado" (um álbum com uma pegada mais madura e introspectiva) e "Maquinamara" (álbum mais alternativo e colorido em suas notas musicais). Foram 2 trabalhos completamente diferentes.

As mudanças não representaram problemas porque a banda conseguia ganhar cada vez mais fãs e emplacar cada vez mais hits, como foi o caso dos sucessos obtidos pelos singles "Resposta", "Saideira" e "Balada do Amor Inavalável" (que ganhou notoriedade por conter ecos cyberpunks, oringários de Sergio Mendes). A polivalência da banda e a versatilidade dos estilos impressos nas notas musicais lhes rendeu um registro (em CD / DVD) ao vivo - no ano de 2001 - intitulado "Ao Vivo Ouro Preto".

Lançando "Cosmotron" no ano de 2003, o álbum teve um processo de produção muito detalhado e ousou mais uma vez para apresentar algo diferente no cenário musical. A imprensa da época não fez questão de maneirar nos elogios, que em síntese afirmavam que a banda estava amuderencendo da maneira correta, mostrando cada vez mais sinais de evoluções importantes para o firmamento no cenário fonográfico (afinal, outras bandas estavam surgindo) e atribuindo a banda, o reconhecimento de grupo Pop-Rock mais criativo dos ano 90.

A primeira coletânia - intitulada "Radiola" - chegou em Novembro de 2004, contando com músicas remasterizadas em Nova York e algumas versões inéditas (inclusive, "Vamos Fugir" de Gilberto Gil e "I Want You", de Bob Dylan).

"Carrosel" (o nono ábum em estúdio) lançou uma tendência que rendeu a banda um feito histórico para a época: disponibilizar todo o conteúdo do álbum em um aparelho de telefone celular. Com esta ação banda tornou-se a primeira banda brasileira a embarcar nessa onda. Em 2008, a discografia aumentou com o lançamento de "Estandarte" (considerado por muitos fãs como um dos melhores álbuns da banda).

Marcada e reconhecida pela irreverência e descontração de suas apresentações e composições musicais (assim como no trato para com os fãs, mostrando-se assim, uma banda de acessibildade relativamente simples e amigável... algo que todo fã espera de seus ídolos, né?), a banda sempre procura inovar na procura por diferenciadas maneiras de expressar as suas notas musicais.

Fonte: Divulgação (Rock in Rio / 2017)

Continuando a tentar se renovar a cada trabalho e entre os incontáveis shows ao vivo (seja em pequenas casas de shows, programas de televisão - tv aberta e / ou por assinatura ou em estádios de futebol), festivais ou pocket shows (shows com uma quantidade bem limitada de pessoas), sucessos em paradas musicais, premiações de críticos e fãs (através dos programas de televisão) lançamentos de DVD's eternizando a conexão da banda com o público, Skank deixa a sua marca no cenário do Pop-Rock nacional como uma das bandas mais influentes que o Brasil já originou.

Curiosidade: Os discos da banda ganharam edições norte-americanas, italianas, japonesas, francesas e em diversos países ao redor do mundo. A vendagem total de seus discos ultrapassa a marca dos 5,5 milhões de cópias.

Se você ainda não conhece o trabalho da galera do Skank e está em dúvida se vale à pena ouvir? Dá um play nesse vídeo da música "Balada do Amor Inabalável" (particularmente, é uma das músicas da banda que eu mais gosto):

!(

)

Além do vídeo acima, eu posso falar - como fã da banda que já foi há vários shows - que o a energia do trabalho deles, assim como das apresentações (principalmente as que são ao vivo), é contagiante e rende uma ótima experiência musical por conseguir mesclar - dentre vários gêneros e subgêneros musicais - de forma tão eficiente e criativa o Pop com o Rock.

[ Discografia ]

Skank (1993) | Calango (1994) | O Samba Poconé (1996) | Siderado (1998) | Maquinamara (2000) | Ao Vivo MTV (2001) | Cosmotron (2003) | Radiola (2004) | Carrossel (2006) | Estandarte (2008) | Multishow Ao Vivo - Skank no Mineirão (2010) Ao Vivo Rock in Rio (2011) | Skank 91 (2012) | Velocia (2014)

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Bom demais! Acho o Skank um dos pops mais agradáveis de se ouvir do Brasil. Gosto demais principalmente dessa fase atual deles (que vem desde lá de 2003 do Cosmotron) acho que acertaram demais na melodia, penso neles como uma espécie de Red Hot Chili Peppers brasileiro hahah

Bom saber que eu não sou o único que associa eles aos RHCP, haha! Fui falar isso uma vez para um amigo meu - fã doente do RHCP -, e ele disse que essa comparação era uma "heresia", haha!

Hahaha! Cada um tem seu valor, mas em alguns sentidos parecem sim, por abraçarem esse pop rock grudento e saboroso. Só falta um John Frusciante no Skank hahah

Sempre curti muito Skank. Eles marcaram a minha geração na década de 90 em diante, e foram se refazendo com o tempo. E até hoje estão ai na ativa, com bons sons. Muito bom o post. Essa serie esta incrível!

Realmente, até hoje eles mandam muito bem!

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Esse grupo marcou demais minha adolescência, valeu ai por me fazer lembrar um pouco.

Por nada. ;)

Adoro Skank, principalmente a música Dois Rios :)

Também gosto muito dessa música, @carol.taddeo.

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