“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
Lavoisier
No meu entendimento talvez limitado, para haver transformação deve necessariamente haver elementos anteriores que permitam a transformação. Causalidade.
Á "água" não surge do nada, sabemos que 2 moléculas de Hidrogênio e 1 Oxigênio se transformam no que chamamos de água. A água começa a existir na transformação química H2O. No meu ponto de vista a frase de Lavoisier afirma causa.
O Decaimento radioativo
Esse fenômeno é denominado de decaimento radioativo natural porque ocorre espontaneamente quando o núcleo instável libera partículas alfa (α), beta (β) e/ou gama (γ) (essas três são as radiações naturais liberadas pelos núcleos instáveis, sendo que a radiação gama não é partícula, mas geralmente acompanha a emissão alfa e a emissão beta), transformando-se em outro elemento químico.
Quando se fala em troca de energia, núcleo instável liberando partículas alfa e elementos químicos se transformando em outros, não consigo ver nisso uma abordagem relacionada ao "nada".
O "nada", no argumento cosmológico é ausência do quer que seja. É o "nada" no sentido de ausência de qualquer elemento químico que possa reagir, ausência de partículas, ausência de um núcleo.
O Urânio-238 é um isótopo radioativo que sofre decaimento! Mas a espontaneidade aqui, tem algo no que se iniciar, o urânio.
Por isso mesmo, o "nada absoluto", a ausência do quer que seja, é motivo de reflexões de filósofos da ciência em geral. É este que intriga de fato!
Pois é, o argumento cosmológico pressupõe antes a possibilidade do nada. E essa predisposição é sem base nenhuma científica. É meramente achismo, especulação.
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@viniciusoliveira, exatamente como @discernente disse, assim como a "mentira", o "nada", pelo menos até hoje, não passa de um conceito humano para fins práticos.
Usar algo (o nada) que nem sequer é constatável e ainda usar isso para concluir a existência de algo igualmente fora da realidade (qualquer deus) chega a ser cômico.
A pior parte é que o "argumento cosmológico" ignora a maior sabedoria ganhada pelo homem: para qualquer pergunta sem nossa resposta, provavelmente apenas não podemos chegar a uma conclusão devido a falta de tecnologia e/ou inteligência de nossa espécie.
Assim como os incas faziam sacrifícios humanos para evitar os perídios de secas que atribuíam à fúria dos deuses, o filósofo por trás dessa teoria parece inventar uma solução para um problema que ele mesmo distorce.