[BLOG] Minha breve experiência com mineração

Minha breve experiência com mineração

No post sobre blockchain e igualdade social (leia-o aqui) eu mencionei que minero Digibytes e Siacoin, e o colega @thomashblum me deu a ideia de contar um pouco sobre minhas histórias com essa atividade.

Eu conheci o Bitcoin em meados de 2011, lembro que na época ainda não tinha a febre dos minerados ASIC, então era possível minerar com placas de vídeo. Eu tinha duas Nvidia GTX580, o que era fenomenal para a época. Lembro que minerava com um minerador para cada placa, e ainda sobrava espaço para abrir duas janelas de Minecraft.

Com o passar das semanas, eu fui vendo que aquele processo era lento e pesava uma grana considerável na conta de luz. No fim das contas eu desisti. Perdi, com o tempo, o login e senha da pool de mineração, e esqueci completamente da existência do Bitcoin.

Pulamos para 2016, quando, por sorte, achei dois prints que tirei do meu PC minerando, lá em 2012 e 2013. Fui pesquisar, e descobri que a pool havia acabado, e que o Bitcoin valia uma quantia absurda se comparada a de época anteriores. Fui pesquisar com alguns amigos, e eles me indicaram o Mercado Bitcoin e a Foxbit para a compra de moedas, porém um novo problema surgiu, eu não tinha dinheiro! E, novamente, esqueci do assunto.

Foi só em março de 2017 que encontrei os mesmos prints de 2012 e 2013, e dessa vez eu tinha uma grana legal guardada no banco. Comprei tudo o que eu tinha em Bitcoins no Mercado Bitcoin, descobri a Poloniex, onde passei a fazer day trade, e encontrei um canal no Youtube chamado Crypt0, com notícias diárias e mensagens bacanas sobre o crescente universo do blockchain. O detalhe é que algumas semanas antes as minhas duas placas de vídeo queimaram, fazendo com que eu viesse a minerar apenas no computador do meu irmão.

Algumas semanas depois, já tendo os mais diversos sites relacionados ao assunto nos meus favoritos, encontrei as moedas Digibyte, Siacoin, Verge e Reddcoin. Gostei muito das propostas delas, e, com valores muito baixos, imaginei que renderiam um belo lucro. No dia, havia um rumor sobre uma integração da Digibyte com Minecraft, então investi pesado na moeda. Consegui triplicar meu patrimônio em questão de 15 a 20 minutos, foi impressionante, nunca tinha conseguido pegar uma onda dessas (e desde então nunca mais peguei uma).

Depois dessa mágica, espalhei esse patrimônio por essas 4 moedas, e incluí Golem, outra proposta fenomenal. Foi quando decidi minerar. Minerei, ao longo de alguns dias, 500 Siacoins, até que vi o anúncio de que a moeda ganharia seus próprios mineradores ASIC, vendidos por um preço bem salgado. Mudei então para Digibytes, que venho minerando desde então, é uma plataforma muito amigável, além de ser uma moeda sensacional. O problema foi que fiz esses investimentos pouco tempo antes de anunciarem o fork no Bitcoin, que causou uma queda absurda nos preços de todas as moedas, e que de acordo com o site coinmarketcap.com o total de capitalização do geral caiu praticamente pela metade.

Com tudo em baixa, eu comecei a ficar nervoso, o fork veio e eu perdi quando ele atingiu a marca de mil dólares. Foi quando decidi vender as moedas cujo prejuízo não seria de mais de 35%. Depois dessa venda, investi em NEO, e consegui pegar a alta que ele teve.

Desde então, venho investindo em NEO, OmiseGo, AdEx, Golem (ele baixou tanto que não tive coragem de vender), mantenho os 500 Siacoin que minerei, os Digibytes, alguns Reddcoins (estava igualmente baixos) e, aqui no Steemit, um punhado de Steems.

Apenas para vocês chorarem comigo, há alguns meses a plataforma Storj, de armazenamento em nuvem, anunciou que trocaria sua moeda e a substituiria por tokens ERC20 da Ethereum. Sim, amigos, eu poderia ter ficado milionário, pois fiquei sabendo a tempo da troca, mas havia tido uma experiência ruim com o Zencash que é uma ramificação do Zcash. Eu poderia ter comprado tudo o que eu tinha, pois eu ainda não havia feito os investimentos que mencionei acima.

Se eu tivesse comprado um punhadinho sequer de Storj, eu poderia, segundo as piores das expectativas, ter hoje algo em torno de 66 milhões de dólares.

Choremos.