Estamos presentes, enquanto estivermos presentes, seremos a luta dos direitos humanos, para todos os humanos.

in #pt6 years ago (edited)

Hoje posto aqui com grande pesar. Em algumas postagens trouxe minha profissão, que exerço com dignidade e orgulho. Venho de família de classe média, nunca fui pobre, meus pais foram, e sempre trouxeram esse contraste sobre o que tínhamos em relação ao que tiveram. Estudei nas melhores escolas da minha cidade, cursei uma faculdade particular, trabalhei e fiz especialização em Cardiologia em instituição de renome como o instituto de pesquisa do Einstein.

A medicina nos dá oportunidade de ganhar muito dinheiro, e temos que ter dinheiro para viver na nossa sociedade, mas dinheiro não é o bastante para muitas pessoas, acreditem, não é. O que não quer dizer que não ter dinheiro é bom, quer dizer exatamente o que está escrito, muitos tem dificuldade de entender isso.

Ainda faltava alguma coisa que não se tinha palavra ou discurso para preencher, acreditava que faltava algo do mundo, os profissionais são ruins, as instituições são ruins, ninguém liga para nada, a política é ruim, o mundo é ruim.

E essa falta nos faz refletir, eu tinha tudo, empregos bons, concurso público estatutário, o carro importado do ano, poderia fazer o que eu quisesse. Ainda assim, não era o bastante. A crença que o dinheiro nos dará tudo, que eu tinha, e meu círculo social, sempre foi assim, muitos estão muito bem, mas eu não fiquei, tive que ver na prática que tudo o que eu tinha ainda nao preenchia a satisfação que eu precisava.

Não entendia, ainda tenho dificuldade de entender, na própria medicina, pensava que tínhamos tanto em teoria, mas que na prática a medicina praticada era muito aquém, independente da qualidade do profissional, parece que temos sempre que lidar com a falta das melhores condições seja no serviço público ou particular, sendo que no público ainda era pior.

Porque morrer tanta gente por falta de recursos desde material ao humano? Porque as pessoas que podem fazer alguma coisa não o fazem? Será que nada presta mesmo?
É assim e vamos seguir em frente? E ciclava os pensamentos, a imprensa não presta, os políticos não prestam, os administradores não prestam, a população é burra, é tudo culpa do PT.

Quando parava para estudar política, a política estava em alta, e não me contentei em ouvir que direita era o capitalismo, e o voto para corrigir o país, e a esquerda o socialismo, contra os valores da família, protetores de bandidos. Estudei história na escola, e sabia superficialmente os conceitos, queria ter uma opinião melhor, e no fim eu sabia que na minha interpretação eu gostava de aspectos da direita, e também da esquerda, ainda era vago, mas entendia, já há tempo pela minha criação, que nenhum extremismo era uma direção.

Manifestações corriam o Brasil, com paneladas pela democracia, gritos pela intervenção militar, um teatro na televisão aconteceu aos olhos da população, que felicitaram a derrocada de uma política que não convencia a muitos, o político tem o poder de nas palavras, na elaboração de um discurso no discurso fazer-se ouvido, e trabalhar os discursos que regem uma sociedade.

E sem esse poder o político não se sustenta, e o impeachment da presidente Dilma se deu, acredito que muitos ainda nem saibam qual motivo, mas ela é culpada, é o poder da palavra da imprensa, um golpe democrático.

Olhei muitos dados, gráficos, existem estudos da FGV sobre dinheiro público, renda familiar, distribuição de renda, e via que era muito dinheiro, e mesmo assim o país estava em crise económica, uma crise gravíssima, sem economia não somos nada, é o que a imprensa trazia, o país iria quebrar a qualquer momento! A celebração das bolsas, trazia o alívio a população, que sabe que sem dinheiro, nada se faz. O Brasil de um dia para o outro voltou a crescer, a imprensa não falava que o país está quebrando, não se tinha mais manifestação ou panelaço.

Ainda nesse momento eu não sabia se era Coxinha ou Mortadela. Eu não queria ser visto como nenhum dos dois, ao mesmo tempo que ainda não sabia se poderia ficar em cima do muro, quem fica em cima do muro é medroso, não tem coragem para escolher um lado.

E vida que segue, entendi como um jogo político, assim como é feito a democracia, não só no Brasil, mas como em muitos lugares do mundo, que tem o modelo de governo democrático, nem todos os países vivem um modelo democrático, com exemplos de extremismo tanto da direita quanto da esquerda, e já entendia, que não me cabia julgar de quem era a razão, não entendia ainda o meu propósito, como saberia quem estava certo? Porque temos que julgar a tudo e todos?

Tinha muita coisa a entender, até me questionei se deveria continuar na medicina ou em outra profissão e estimulado pela minha alma gêmea, resolvi começar do zero, larguei todos os meus empregos, uma salário invejável, o carro importado do ano, imoveis. E voltei a estudar resolvi com minha noiva fazer psiquiatria.

Começar do zero é difícil, e para passar para residência se faz um novo vestibular, e assim que muitos médicos param, é um custo mental, físico e financeiro que muitas vezes não vale a pena adquirir mais conhecimento, para muitos pagar as dívidas, criar os filhos, ajudar a família acabam sendo mais importantes.

Eu fui abençoado, nada impedia, e pude escolher o que fazer, e após várias provas, tínhamos que escolher entre o SUS de São Paulo e o SUS do Rio de Janeiro. E o Rio ficava mais perto das nossas cidades, e viemos para o Rio, a cidade violenta, o caos, nós e nossa família ficaram bem apreensivos, passear no Rio é uma coisa, e morar no Rio como seria?

Claro temos condição, moramos na zona sul, temos veiculo próprio, alugamos um apartamento legal, e no segundo dia indo na padaria, puxaram meu escapulário de ouro, e levaram o presente da minha mãe de formatura. Me sobrou um arranhão no pescoço, nem lembrava que usava ele, o tinha desde 2012, acaba que mesmo em cuidado de não sair com relógios, celular na mão, o que não lembrava me levaram.

O Rio vai ser uma experiência tensa pensei, 3 anos, porque não fiquei quietinho como todos falavam que estava maluco ? acreditei nesse momento que realmente questionei demais. A violência nos afeta, e quando chega tão perto, nos afeta mais ainda. E era só o começo, não tinha como voltar nesse ponto, tinha que ver até onde iria, faz parte da minha personalidade.

E já trabalhava com SUS e particular, sabia como era o SUS no interior, e realmente fiquei desanimado. Ainda não tinha começado a residência, e já estava difícil. E dei inicio a jornada em psiquiatria ano passado, e quando conheci a psicopatologia, a psicanálise, os profissionais dessa cidade, aprendi o quanto somos seres que não refletem, pois refletir sobre o nosso pensamento, que já é difícil, não se faz com frequência, refletir sobre o pensamento alheio é muito difícil.

Refletir me fez ver o mundo de outra maneira, ver as pessoas de outra maneira, ver que o mundo é difícil, nunca foi fácil, nem no passado, nem no presente e muito menos no futuro. No Sus do Rio, vi que as pessoas da saúde mental trabalham sem salário, que são feitas manifestações e nenhuma imprensa divulga, vi que a pobreza dos gráficos, no real é avassalador, vi crianças que sonham ser traficantes, traficantes que sonham ter empregos, famílias que se desfazem por uso de drogas, e que maconha é uma droga que ajuda a retirar drogas como cocaína e crack. Vi o ciclo sem fim, da pobreza que gera pobreza, que gera doença mental, que mais pobreza, e que no meio desse ciclo, existem pessoas que dizem não é a economia que nos move, é a humanidade.

Aprendi que o Rio é lindo, a zona sul é mais segura que minha cidade, que morar aqui é muito bom. Não ouço tiro, não vejo violência, só na tv e nos jornais, assim como no interior, já fui assaltado umas 4 vezes em Campos. Tem lugar aqui que ouve tiro, na zona sul também tem muitas favelas. Porém a zona norte e oeste é ainda pior, O Rio tem favela para todos os lados, já viu favelas que não tem fim em planície?Onde tem milhões de pessoas, que vivem em condições desumanas? Eu vi, entrei, pedi licença ao traficantes, outras vezes a milícia. Por vezes falavam, dr não ta bom pra entrar não, e voltamos, por vezes falavam bom dia dr pode entrar.

Aprendi aqui, que as pessoas lutam por quem não tem nada, e quando digo nada, é nada, e mesmo assim são pessoas felizes, que se desculpam por não ter nada a oferecer, isso nos muda, ver na sua realidade que não ter nada, é não ter nem água, é doloroso.

E aprendi que não são todas as pessoas que tem que lutar, cada faz a sua luta, e como eu faria a minha? como médico? Ainda estava conhecendo um mundo novo, não sabia pelo que lutar. Quando fiquei meses sem medicação, foi os representantes de marcas que ganham bilhões de dinheiro que me ajudaram, não as marcas, as pessoas. Pois a prefeitura não nos ouvia, os bilhões da prefeitura ficam na discussão do dia a dia dos coxinhas e mortadelas.

Nas manifestações mobilizadas quem iam eram os pacientes e nós do serviço de saúde, e mesmo assim, os remédios não apareceram. Acionamos a justiça em coletivo, que nos ouviu e mobilizou ações, mas a justiça não faz no meu tempo, até hoje não fez, e meus pacientes, que não tem dinheiro para comprar comida, muito menos remédio, quando falamos que o público não serve para nada, não vemos o que é o público, dinheiro público é uma palavra vazia, a realidade de quem está ali precisando dele não é assim. Esse dinheiro público que também é roubado, é utilizado ali, ou deveria, e mesmo assim, fizemos vaquinhas, pedimos a representantes, procuramos políticos, os únicos que nos ouviram e podem ver no facebook e nas atuações em câmara, que certamente nenhum coxinha e mortadela acompanha, foram os candidatos do PSOL, e também mandei um email ao Conselho Federal de Medicina.

Meu email que continha um relato sobre a falta de atuação das instituições médicas no desmonte do SUS, a falta de condições de trabalho, se virou contra uma denúncia a minha própria residência que forma médicos em conhecimento, é assim que o Brasil vem funcionando, as residências do Rio estão todas em diligência, e problema aos olhos do governo são as residências, assim como dos direitos trabalhistas são os trabalhadores folgados, ou como na previdência os servidores públicos, pois servidor público não trabalha, já ouviu isso?

Essa semana no Caps, vou falar mais sobre o Caps em outros posts, foi avisado que a tabela de nutrição foi fechada no valor de 2013, e que seriam 3 refeições por dia, para no máximo 5 pacientes acolhidos, são 8 leitos de acolhimento de crise, que evita em muito internações, e são 6 refeições diárias que o paciente deve ter, é um direito humano básico comer, comida também é uma estratégia de trazer ao serviço de saúde, usuários de drogas que não querem vir, pacientes psicóticos moradores de rua que vem e se alimentam, e mesmo assim a prefeitura nao esta aberta a entender o valor da comida. E a voz de quem não tem comida não chega nos locais onde o café da manhã, como nas câmaras, no avisão presidencial, custa a comida de varios anos aqui.

E culpamos a prefeitura, culpamos a população, culpamos o serviço de saúde, culpamos o SUS, os profissionais que trabalham bem ou mal, julgamos a tudo e a todos, mesmo em nossas reflexões, de quem é a culpa? Você sabe de quem é a culpa? Acredito que saiba.

E esse post hoje que deveria ser em qualquer dia, pois morre gente todo dia pela violência, seja dos policiais, dos traficantes, dos psicóticos, dos impulsivos neuróticos, dos usuários de drogas, do ciúme, da raiva, do ego, etc. Morre todo dia.

Esse o post foi precipitado pela morte de Marielle Franco, uma política de 38 anos, independente da cor, sexo, credo, ideologia, era uma voz, uma voz que vem de uma realidade bem diferente do que o popular conhece, ao mesmo tempo que o popular conhece muito bem como é a vida do trabalhador brasileiro. A moral nos cria, a moral nos faz melhores seres, a moral nos corrói, a moral nos adoece a moral nos embrutece.

É a voz do questionado direito do humano, quem diria, em pleno século 21 questionarmos os direitos básicos dos humanos, de ter relações saudáveis, uma casa, comida, emprego, de poder se satisfazer com seus prazeres, onde tudo tem valor, de de não ouvir tiro todo dia, no rio as pessoas identificam qual tiro é de qual arma, e se é tiro ou nao só de ouvir. O direitos humanos que ainda se confunde por proteger bandido.

Aqui me encontrei, me conheci, soube qual era minha função, no meu ofício e que não me cabe julgar o valor moral das pessoas, eu não sou juiz de direito, tampouco advogado, meu ofício é dar condições de circulação da palavra no individual, na escuta, para cada paciente que chega precisando em sofrimento.

No meu ofício eu me encontrei, e me dói uma pessoa que tem como ofício circular as palavras de sua realidade ter seu direito retirado, pagando com a vida, pelo simples fato de falar, de trazer no discurso a bancada de decisões suas palavras, assim como na história já se fez e faz muito, ainda estamos longe de entendermos os direitos humanos, e entender que humanos direitos não existe.

Na ciência, no conhecimento, é sabido, e há bastante tempo, que o fator social, que a desigualdade social é um fator que tem uma marca imensa na violência e doenças psiquiátricas. E o conhecimento está aí, em todo lugar, mesmo assim não é o bastante.
Os políticos que pregam a rigidez moral se regozijam no desconhecimento popular de quem recebeu valores em contraste a uma realidade que não é como todos gostaríamos que fosse, e nem nunca será.

É mais uma pancada, um ouvido que nos ouvia, que era uma referência para milhares de pessoas, que vem de uma vida de luta como a maioria dos brasileiros, a voz que lutava pelas suas razões, que poderia não ser a minha ou a sua, mas era uma luta pela população que ela representava. De quem é a culpa?

Procurar os culpados será necessário por diversos motivos, mas não irá mudar o que vivemos hoje na realidade, onde já sabemos os culpados, você sabe já tem a resposta no seu pensamento, procuramos os culpados, achamos na nossa mente, julgamos e condenamos.

E antes que alguns questionem, como já fui questionado, queria ver se alguém da sua família fosse assassinado, ou estuprado, e é uma resposta simples, espero que na sua família não aconteça, e se acontecer, saiba que pode me procurar se precisar conversar, pensar com um trauma afetivo dessa forma realmente é difícil, e por vezes a justiça da um ponto final a um sofrimento de tamanho que não posso imaginar. O que não é inteligente, é não sofrer nenhum trauma como esse, e pensar contra a lógica, contra os que lutam para que eventos como esse continuem aumentando, pensando e julgando pela possibilidade de acontecer, acontecimentos que não são as regras, são as exceções, se não acredita, procure os dados. A favela é um local de milhares de moradores, governado por traficantes ou milicia, e não o contrário. Afinal cabe nos perguntar, quem são os loucos?

Enquanto os juízes federais fazem mobilização por auxílio moradia. E aqui fica claro que não é qualquer conhecimento que nos dá alguma resposta, ele está aí, mas qual conhecimento, pois o conhecimento sobre os nossos direitos, esse é fácil, somos seres donos da nossa razão.

Desculpem pela extensão dos post, é um post de desabafo, de luto. De luto pelo conhecimento humano, um conhecimento que não é fácil, e que nunca será objeto de saber de todos, mas perder quem luta por esse conhecimento dói na alma.

Enquanto os debates se esquentam, os julgamentos morais sobre a vereadora, os julgamentos pessoais, a busca do culpado, as condenações mentais continuam. Os que lutam pelos direitos humanos, estarão sempre aqui, cada um tem a sua luta, a sua causa, e na saúde mental encontrei a minha, a luta para amenizar o sofrimento humano é gratificante, cada vida que segue em uma qualidade antes não conhecida, é uma vitória, perdemos muito mais do que ganhamos, pois nessa guerra, minha participação é nesse ofício, e não há dinheiro que pague isso.

Que um dia, mais gente lute por outros humanos, que as discussões teóricas, sejam reproduzidas em humanidade na prática, que consigamos entender que não precisamos sempre ter razão, que possamos errar e acertar sem medo, erramos e acertamos o tempo todo, independente de qualquer ideologia, é no um a um que mudamos, é nos conhecendo que mudamos.

E que não vão calar as nossas vozes, as nossas palavras, somos protetores de bandidos, policiais, ladrões, dona de casa, traficante, advogado, médico, desempregado, doido, normal, psicólogo, escritor, jornalista, político, qualquer ser humano terá direito a aos direitos humanos. Na sociedade não nos cabe julgar, cabe ao jurídico. Assim como legislar cabe a população e os legisladores. Aos defensores cabe entender que lutamos uma luta sem fim.

E que Marielle Franco, um ser humano, vá em paz, sabendo que estará presente nas nossas palavras, no nosso discurso, e na história, assim como estão Jesus Cristo, Mahatma Gandhi, Eleanor Roosevelt, Nelson Mandela, Martin Luther King Jr., Nise da Silveira, Alexandre Anderson de Souza, Leonora Brunetto, Zilda Arns, e milhares de seres humanos que têm e tiveram esse ofício.


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“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar. ”
Nelson Mandela

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Parabéns, seu post foi selecionado para o BraZine! Obrigado pela sua contribuição!
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Bah, não é fácil, @matheusggr! Também passei por esses questionamentos e mudei algumas vezes de trabalho por não acreditar que aquele era o melhor caminho. Temos origens parecidas, cresci em uma família de classe média com acesso às melhores escolas, coisa que meus pais não tiveram. Trabalhei muito para chegar onde todos querem chegar e quando a gente chega lá se pergunta se era só isso. Por aqui não temos a mesma violência do Rio de Janeiro, mas o que não falta é comunidade carente, também me envolvi em visitar e ajudar muita gente, mas o problema é muito maior, não há como resolver com ajuda pontual. Já me envolvi com movimentos políticos, na esperança que pudéssemos mudar alguma coisa, mas também percebi que é inútil, no fim todos querem a mesma coisa. Hoje tento mudar o que está ao meu alcance, não vamos mudar o mundo, mas dá para mudar a vida de quem convive conosco. Meus pêsames pela perda da Marielle Franco, que a sua morte não seja em vão e sirva de inspiração para continuarmos lutando.

Exato, não da para mudar o mundo. Mudamos a nossa volta, a nos mesmos. Ela sera uma inspiração para muitos. Também não me interesso por movimentos políticos, mas gosto de politica, e a utilizo por vezes, é como funciona nosso sistema. Acho importante isso, de sabermos no nosso lugar que não esta tudo bem, que algo tem que ser feito, e que cada um do seu jeito vem fazendo. O que incomoda, mas é da dinâmica humana, são as pessoas que lutam contra isso, e uma luta que vem desde a politica, até muitos da população, lutam contra os que lutam por quem não tem acesso a direitos humanos, eu entendo, mas não é fácil entender. kkk. Obrigado @casagrande! Que sigamos em frente! E quem sabe um dia ano teremos um projeto do nosso jeito, que possa ajudar muitos. Enquanto isso vamos nos ajudando e fazendo da nossa comunidade aqui, um belo projeto como você já vem fazendo!

São realmente muitas informações para digerir, cada qual tornando o caso cada vez mais complexo. Quais os interesses por trás da morte de Marielle? O que traz tanta comoção? Sua representatividade política e social? A oportunidade de lucrar politicamente com sua morte? O que o histórico de criminalidade do Rio de Janeiro suscita sobre o caso? Qual o nosso papel, enquanto cidadãos indignados, frente aos fatos? Por que respostas simples podem ser tremendamente comprometedoras? É difícil pensar sobre o que está ocorrendo, ainda mais quando tentamos evitar os rótulos de coxinha ou mortadela. É preciso, entretanto, pensar. E pensar com rigor, cautela e muita honestidade intelectual.


projeto #ptgram power | faça parte | grupo steemit brasil


É só de gerar questionamentos é uma produção de diálogo importante. Vivemos um tempo que a falta de diálogo, e interpretações aleatórios, nos faz cada vez mais donos da nossa razão. Julgamos no automático, não vale a opinião do outro. Então questões abrem o diálogo, e na minha posição, chega a ser pessoal, pois ela era uma das vias de acesso à política de saúde mental. Nem todos os políticos ouvem a saúde, a maioria. E as na função de político, trazer o discurso, constroem outras possibilidades, em um país que q políticas é movida por dinheiro e poder. E calar uma voz, que na razão dela, questionava e atuava como uma voz contrária ao funcionamento nos tira uma oportunidade de evoluirmos como sociedade, pois ter opniões diferentes em redes sociais, relações, no dia a dia, é muito bom. Mas ter opinião diferente na função de legislador, que vai em contra o fluxo do comum, do mais do mesmo, dos aumentos de salários próprios, que legislem a favor de benefícios próprios comerciais, tem uma proporção que atinge diretamente a mudança desse cruel funcionamento social, que bate de frente profissionais como eu, que vive não pele o pior que se pode ver e vivenciar do que o humano pode proporcionar.

Obrigada por compartilhar essa realidade! Nem tenho palavras para expressar tamanha crueldade em que as pessoas vivem neste planeta. É um ciclo vicioso que gera violência entre todos nós. Temos ideologias e crenças criadas por humanos ambiciosos que só nos afastam e nos fazem ser mais agressivos com tudo e com todos. Todos nós somos marcados pelo poder, muitos vivem na ilusão do material, do status, da necessidade de participar de um grupo. Tudo isso só nos afasta! Estamos cegos, surdos e mudos, sobrevivendo de migalhas e acreditando nessas separações e cabrestos em que nos colocam diariamente! Obrigada pelo seu texto. Te desejo força e muita coragem para que você siga em frente, mesmo com todas essas dificuldades. Você continuará auxiliando muitas pessoas!

Concordo. E entendo que isso faz parte do que somos como humanos. E essa falta de percepção do mundo ao nosso redor, só nos leva a caminhos mais extremistas! Como sabemos que não irá mudar, talvez nunca, nos resta lutar no nosso tempo, para que quando olharem o passado, como olhamos, vermos que fizermos parte dos que lutaram por um futuro mais humano. Obrigado pelo comentário. As tragedias nos entristecem, enquanto nos fortalece. continuamos a luta pelos que lutaram, e por quem não tem condições de lutar.

É isso aí!

Matheus, não consegui ler agora todo o seu post, mas até onde li achei muito rico seu relato. Obrigada por compartilhar! É bacana poder encontrar dentro de si uma caminho que faça sentido, ainda mais quando falamos de ajudar os outros, e bancar seus desafios e riscos. Parabéns pela coragem e por não ficar parado diante da sua indignação e pelo esforço em se colocar no lugar do outro tendo nascido em condição tão diferente! Precisamos mais destas posturas <3

Obrigado @barbaralisarti! Nossa cultura comercial nos leva por muitos caminhos, talvez o que tomei na medicina, me levou a refletir muito sobre a vida e morte. A morte do dia a dia, nos muda, ver o amor nas mais difíceis condições humanas, nos torna mais humanos. E fiquei feliz de ter encontrado meu caminho, caso contrario acredito que me tornaria cada vez menos humano, ou adoeceria certamente. É o destino, o Deus, os Deuses, ou os Astros? kkkk.

se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.

¿Cómo algo tan simple pode ser tan traballoso?
Obrigado polo teu desabafo e terme axudado a entender mellor a túa realidade física.
Aperta e saúde.

Como pode @gazetagaleguia? E mesmo assim é, somos ensinados, pela nossa cultura a odiar o diferente, e tentar ser o ideal, lutamos uma guerra contra a nossa própria população. Apoiado por muitos. Obrigado pelo seu comentário! Grande abraço e saúde!

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