Eu prefiro um amor que caminhe lado a lado. Nem na minha frente, nem atrás de mim. Aprecio um amor de "ombro no ombro", um amor igual, que olha para você, e você olha de volta, e não há palavras para expressar os sentimentos, mas um prazer de perceber a profundidade de um "estamos juntos em tudo, confia em mim; vamos trilhar esse caminho, vem, coloca a mão no meu ombro". É isso que me emociona! Confiar leva a esse querer, essa vontade de deixar tudo fluir naturalmente, assim como a Terra nasceu, assim como a natureza é regida por forças tão antigas, assim penso ser o Amor. E não falo de amor com letra minúscula, não. Falo de AMOR, A-M-O-R.

Eu prefiro esse amor com a individualidade misturada, com a perda da identidade de cada um nos momentos corretos (e nós sabemos quando esses momentos ocorrem) e, depois, com a observação de longe, da individualidade desse ser, da separação momentânea para se respirar, para que possamos entender o que ele sente, o que ele deseja, que ele também ganhou sua vida de presente do grande Arquiteto e, logo depois, misturar tudo de novo, perder-se, fundir-se, encher-se outra vez, e outras vezes, com o ser que escolheu ver sua alma sem medo, caminhar lado a lado, colocando a mão em seu ombro (isso é lindo, porque é minha alma falando o que sente). Para mim é isso, é um deixar livre para entender e respeitar seus momentos, e um misturar para usufruir de toda a potencialidade carnal e espiritual de tudo o que a relação traz e concentra.

Engraçado que eu raramente digo "eu te amo", eu digo outra coisa, e há entendimento.

Beijo, paz e bem! 🌷