#FILMOTECA – Um Clarão nas Trevas (1967)

Envolvente estória sobre uma mulher cega vivendo momentos de tensão em meio a bandidos no seu apartamento.

Direção: Terence Young | Gênero: Thriller
Ano: 1967 | Nota no IMDB: 7,8/10

ESSE TEXTO CONTÉM ALGUMAS INFORMAÇÕES QUE PODEM SER INTERPRETADAS COMO SPOILERS (apesar de eu ter evitado colocar as partes vitais da trama)

Estrelando a aclamada Audrey Hepburn no papel de Susy, uma mulher que há pouco tempo ficou cega, e com trilha sonora de Henry Mancini (Breakfast at Tiffany's), esse thriller envolvente prende o telespectador num tom crescente de suspense.

Um Clarão nas Trevas (Wait Until Dark) inicia com uma misteriosa mulher chamada Lisa levando, de Montreal para Nova York, num voo, uma boneca cheia de heroína por dentro. Nervosa com um homem estranho a encarando, ela entrega a boneca para outro passageiro, Sam Hendrix, marido de Susy, para que guarde a boneca, enquanto isso, ela é escoltada pelo homem misterioso. Mais tarde ela liga a Sam para perguntar da boneca, mas ele e sua esposa não conseguem encontrá-la.

Depois de alguns dias, dois homens chegam no apartamento de Susy acreditando ser o de Lisa, tentando encontrar a boneca. Lá eles encontram Roat (Alan Arkin), o homem do aeroporto, e o corpo de Lisa. Roat, cujo comportamento se assemelha ao de um psicopata, convence-os a se livrar do corpo e encontrar a boneca. Nesse instante, Susy chega em casa, dando início à trama mais tensa do filme.

O filme gira em torno dos homens inventando papéis e estórias para tentar encontrar a boneca. Muitas complicações do desenvolvimento da estória são incluídas na trama, sempre a ponto de aumentar a tensão e o mistério de como será resolvido aquele caso criminoso. Outros personagens são incluídos aos poucos, fazendo com que o telespectador vá encaixando todas as peças do quebra-cabeça aos poucos.

Susy, no começo do filme, brinca sobre como ela deveria ser a melhor cega do mundo, mostrando resiliência diante de sua nova situação de vida. Trazendo esse ângulo, o filme tem um caráter inclusivo de mostrar uma pessoa com deficiência visual recém-adquirida superando os novos desafios e demonstrando capacidade em resolver dificuldades de grau elevado.

O filme é muito bem executado, com as atuações ganhando destaque. Os atores encarnam bem aquilo que seus personagens deveriam apresentar. O destaque fica para Audrey Hepburn. A trilha sonora é bem construída, assim como os ambientes e o movimento entre cenas. Um dos fatores mais significativos a serem exaltados em Um Clarão nas Trevas é o crescente suspense; a situação vai escalando aos poucos até prender quem assiste em tensão.

Em um nível mais pessoal reconheço que não é o tipo de filme que me atrai muito, mas sua qualidade deixa muito claro que essa é uma questão pessoal, pois o filme em si é muito bom e recomendadíssimo.

Referências

Fonte 1
Fonte 2
Imagens

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