Timelapse do cometa 21P Giacobini-Zinner

in #pt6 years ago

Vídeo de autoria de Maroun Habib Moophz, destaque do APOD/NASA em 18/09/2018



Há uma semana postei sobre o cometa 21P/Giacobini-Zinner.

Na ocasião, publiquei uma belíssima foto do astro e comentei que, com um pequeno binóculo ou luneta, já seria possível observá-lo.

Infelizmente, nesta última semana o tempo fechou por aqui e tem chovido quase que diariamente. Conclusão: não tive condições meteorológicas favoráveis para tentar observar o astro que, por conta da formação de uma longa cauda, está dando show.

Mas estou me divertindo com as imagens dele que tenho recebido pelas redes sociais.

Compartilho com você um timelapse do cometa feito por Maroun Habib Moophz, destaque do APOD/NASA em 18/09/2018. Se você ainda não conhece o APOD/NASA, falei sobre ele neste post. É um serviço gratuito da NASA e que todos os dias nos brinda como uma imagem astronômica de destaque.

A captura das imagens foi feita em 11 de setembro e durou 90 min que foram compactados em 2,5 s de vídeo. Note que a cauda do cometa não acompanha o movimento do astro. Como já comentei anteriormente, a cauda de um cometa é "soprada" pelo vento solar, um fluxo de partículas ejetadas do Sol. Desta forma, a cauda do cometa está sempre apontando para longe do Sol e não é como a fumaça de um trem que vai ficando para trás.

Destacam-se na bela imagem ao fundo, na parte superior esquerda, o aglomerado estelar Salt & Pepper, M37¹, e no centro a estrela vermelha brilhante V440 Auriga.

O cometa 21P, com núcleo de cerca de 2 km, teve o seu periélio, ponto de máxima aproximação com o Sol, na semana passada. A partir de agora, ao afastar-se do Sol, vai perder a coma² e a cauda que se formam por material aquecido pelo sol e que se desprende do núcleo. Em breve o cometa voltará a ser apenas uma pequena bola de gelo vagando pelo espaço. Temos mais ou menos um mês para tentar observá-lo. Não vejo a hora do céu limpar por aqui!




Abraço do prof. Dulcidio. E Física na veia!




¹ Charles J. Messier (1730 – 1817), astrônomo francês, elaborou um catálogo com 110 objetos de céu profundo (nebulosas, aglomerados de estrelas e galáxias). Eles são conhecidos como objetos Messier e nomeados M1 até M110. O objeto que aparece no céu de fundo do cometa é o aglomerado M37.
² Longe do Sol, um cometa nada mais é do que uma bola de gelo sujo. Ao aproximar-se do Sol, com o aquecimento, material do núcleo volatiliza-se e vai formando a cabeleira, uma espécie de nuvem ao redor do núcleo que, visualmente, vai ficando cada vez maior. O vento solar "sopra" a coma e acaba por formar a cauda longa que torna o astro ainda maior e, portanto, visível. Logo, a melhor época para observar um cometa é um pouco antes ou um pouco depois da sua passagem periélica.

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