RE: Relatos Enteógenos - 03 - Salvia Divinorum
Mais uma vez, parabéns meu amigo pelo excelente post!
A Salvia é uma planta que precisa mesmo muita coragem pra encarar mais de um vez. Comigo foi assim, uma vez apenas e já valeu pro resto da vida. Por sorte eu estava em um lugar seguro com amigos de verdade, pois eu entrei num estado alucinatório de sonho e não tenho nenhuma recordação do que aconteceu com meu corpo durante esse momento. Foi um sonho lucido onde eu não controlava o sonho, mas era como se eu estivesse assistindo outra realidade e fazia parte dela sem interagir. Apenas quando voltei a meu corpo que rolou um choque de realidades e tive que ser acalmado por amigos pela perda total da consciência de onde eu estava. Não fazia sentido ter mudado tão bruscamente de um lugar pro outro e só consegui me acalmar depois de lembrar que tinha fumado a Salvia pouco tempo antes... hehehehe
Se fosse pra usar a classificação do Daniel Sibert, diria que estava no V flertando com o A.
Muito boa essa série! Parabéns pela iniciativa!
Obrigado pela leitura e comentário meu amigo, sempre bom ver sua participação :)
Esse choque de realidade que vivenciou é intenso, sem dúvidas. Já tive uma experiência semelhante. No meu caso, perdi completamente a noção de quem eu era, estava naquele "Salvia Space" que chamam, no meu caso, eu me via/sentia apenas como uma bola de luz pequenina, semelhante a um girino ou espermatozóide, nadava numa espécie de labirinto de paredes de tijolos vermelhos, o chão tinha essa fina camada de água suficiente para eu ir escorregando e mexendo essa cauda. Havia um som de fundo, como o som do cosmos, uma espécie de música de notas desconhecidas e minimalista. Aliás, o céu era aberto, negro e estrelado. Em determinado momento naquela paz sem fim de nadar ali eu me dei conta de que não sabia quem era, o que era, o que fazia ali e por que. Foi APAVORANTE. Por mais que buscasse qualquer relação com o mundo real, não existia ligação com isso, não havia lembrança de existir outro lugar ou qualquer matéria. Depois de entrar numa euforia de busca por qualquer lembrança começaram a vir imagens vagas na "mente". A primeira que reconheci foi minha (já falecida) cachorra Alice, depois imagens da minha vida, minha namorada da época, etc. As peças foram juntando e formou minha memória novamente! Quando eu voltei eu estava com cara de que havia visto o que não pode ser visto, kkkkk.
Hoje em dia não tenho coragem de brincar com minha cabeça mais desse jeito.
Valeuuu! Abraço.