A guerra iminente que ninguém quer ver

A anos a situação da Síria não tem sido nada fácil. Uma guerra horrível (existe guerra que não seja?) que já matou milhares, não só de militares mas também de civis, inclusive mulheres e crianças.

Toda guerra é uma tristeza, a maior evidência da falência da racionalidade e inteligência humana, que nos faz perguntar se existe mesmo vida inteligente no planeta Terra. Mas essa está passando de todos os limites.

Recentemente surgiram evidências de mais um ataque químico, possivelmente do próprio governo sírio contra a população civil que não o apoia politicamente. Crianças sobreviventes sendo socorridas com dificuldades de respirar é de partir o coração.

Mas o que mais me preocupa nessa guerra estúpida, por incrível que pareça, é o que ainda está por vir. Isso porque quanto mais o tempo passa, mais a situação piora.

De um lado temos a Rússia apoiando com unhas e dentes o ditador tirano Sírio, e negando todas as atrocidades cometidas por ele contra o seu próprio povo.

Do outro lado praticamente toda a comunidade internacional condenando as atrocidades, encabeçada pelos Estados Unidos.

E são os Estados Unidos que prometeram que esse ataque químico não poderia e não vai passar impune, ameaçando atacar militarmente o regime sírio, como foi feito da última vez que um ataque químico foi reportado.

Só que dessa vez a Rússia fez duras ameaças de volta, chegando ao ponto de dizer que irá defender a Síria de qualquer ataque de mísseis americanos, e até mesmo contra atacar a fonte dos mísseis:

”Se houver um ataque dos americanos, então… os mísseis serão derrubados e até mesmo as fontes de onde eles forem lançados serão atacadas”, disse Alexander Zasypkin, embaixador Russo em Beirut à TV al Manar.

Diante disso a pergunta que não quer calar é: como acabar esse impasse antes que uma tragédia maior ocorra? Será que não está na hora de o mundo todo se reunir de uma vez por todas pra resolver na base do diálogo, da negociação e do consenso toda essa confusão? Ou vamos esperar as tensões e o impasse aumentar ainda mais, como parece estar acontecendo dia após dia e sem nenhuma solução fácil à vista? Vamos mesmo esperar sentados só vendo isso tudo se transformar em uma guerra entre potência mundiais, com consequências imprevisíveis? Eis a pergunta que não quer calar.

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