Linguagem, o princípio de tudo. #Filosofia

O Steemit nada mais é do que, uma programação feita através de uma determinada linguagem, que é transformada em uma linguagem web para expressarmos a nossa forma de linguagem. Pode ter soado meio confuso, mas tentarei explicar nas próximas linhas.

 
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Em termos básicos, muitos filósofos entendem que a distinção entre animais racionais e irracionais se dá através da compreensão dos fatos e da memória. Eu entendo que essa distinção se dê através da linguagem, pois sem ela, ainda estaríamos subindo em árvores para fugir de diversos animais.
 
Claro, a linguagem engloba diversos tipos de signos, seja linguagem corporal, gestual, comportamental, idiomas e outros tantos. Explanarei especificamente da fala e escrita.
 
Antes de iniciar citarei um dicionário filosófico para exemplificar o que é a linguagem:
 

[…] Em geral, o uso de signos intersubjetivos, que são os que possibilitam a comunicação. Por uso entende-se: 1o possibilidade de escolha (instituição, mutação, correção) dos signos; 2o possibilidade de combinação de tais signos de maneiras limitadas e repetíveis. [...] (ABBAGNANO. 2007. p.615)

 
Quando digo que sem a fala seríamos ainda um homo habilis, não exagero, claro, posso estar equivocado, mas a fala é o que permite nos comunicar com maior clareza e na sua sequência lógica a escrita.
 
Sem a linguagem falada ou escrita, é praticamente impossível transmitir seu conhecimento a outras culturas, imaginemos um grupo de primatas que utiliza um certo tipo de linguagem gestual para se comunicar, entram em contato com outro grupo que possui outro tipo de linguagem. Podem até conseguir transmitir o seu conhecimento um para o outro, mas isso determinará muito esforço e tempo que podem levar a conflitos. Não muito diferente do que acontece atualmente quando submetemos distintas etnias em convívio.
 
Na Grécia Antiga, os poemas épicos eram passados de geração em geração oralmente, havia a fala entre eles, não apenas lá, mas naquele tempo, praticamente todas as civilizações já se comunicavam através de uma linguagem específica.
 
Após a “aquisição” da escrita pelos seres humanos, essa transmissão de conhecimento se tornou melhor, determinando dessa forma um conceito de “globalização”, ou seja, mesmo que uma sociedade use um determinado tipo de linguagem, posso traduzi-la e entendê-la.
 
Da mesma forma que um navegador web traduz uma linguagem para que todos possam entendê-la e através de uma plataforma que nem o Steemit, possamos nos comunicar e fazer outras pessoas entenderem o que queremos dizer.
 
Mesmo dessa forma, nem sempre conseguimos alcançar nosso intuito, pois determinadas pessoas possuem um tipo de linguajar – que difere um pouco de linguagem – e nem sempre somos compreendidos, pois às vezes também não conseguimos nos expressar de determinada forma que nos façamos entender.
 
Como diria Wittgenstein: “Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo”, isso é parte da sua “Teoria Pictórica do Significado”, que quer dizer basicamente, que nem sempre conseguimos representar através da linguagem o que pensamos, portanto, o ser humano ainda possui limitações na linguagem.
 
Mas mesmo com essa limitação, ainda conseguimos nos comunicar, que, a meu ver, é isso que nos torna seres racionais e nos faz conseguir distinguir certas coisas ou determinadas situações, e, através da escrita, podemos passar o nosso conhecimento às futuras gerações ou aos nossos contemporâneos.
 
A linguagem foi a mudança fundamental no entendimento de mundo para o ser humano e a escrita sua sequência lógica nessa importante mudança, pois sem essas duas, ainda estaríamos fazendo machadinhas de pedra e caçando para sobreviver, não estaríamos aqui nos expressando através da linguagem.
 
Portanto, a meu ver, o Steemit nada mais é do que um mecanismo de linguagem onde eu posso expressar minha linguagem para quem queira entendê-la e também deixar sua linguagem através de comentários para todos podermos transformar essa linguagem em cifras – que nada mais é do que a linguagem do sistema que vivemos.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007, 5a Edição.

Todos os meus posts estão agrupados no Steem Center. Acompanhe: Link.

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