"Eu não sou bom em nada"
Conseguimos notar as características positivas de alguém muito mais quando elas podem ser medidas. É fácil enxergar o talento de um músico, de um atleta, cozinheiro, um jovem bom de matemática. Para o desempenho dessas atividades, temos medidas. A música soa bem aos ouvidos, o atleta marca pontos, a comida tem um sabor gostoso e as provas de matemática tem notas altas. Mas e aquelas características que não tem parâmetro? Aquelas que os resultados são intangíveis e muitas vezes nem sequer temos percepção à altura para captá-los.
Quando se trata das escolhas profissionais, se não estamos conscientes de nossas aptidões ou as vemos banalmente como nosso "jeitão", então não podemos buscar contextos nos quais elas são bem-vindas. Por exemplo, se eu não noto ou não valorizo minha capacidade para empatia, ignoro que posso ser um bom psicólogo. Se eu não enxergo minha capacidade de me manter objetivo e imparcial nas situações de conflito, ignoro minha aptidão para ser um bom juiz. Estes são exemplo de combinações bem-vindas. E em quantos outros contextos profissionais cabem a empatia e a objetividade?
Atente-se quando alguém te faz críticas na tentativa de cortar os seus "excessos" ou ajustar o que está fora do lugar. Esta pessoa pode estar falando sobre seus talentos!
"Você é muito perfeccionista, muito certinho..."
Eu diria que é alguém com aptidão para se dedicar aos detalhes. E quanto não precisamos disso em funções que exigem precisão?
"Como você é mandão!"
O que seria dos grupos, sem alguém para dar comandos? Dispersão e improdutividade!
"Você é carente."
Precisamos de relações, até mesmo e principalmente as comerciais, com verdadeiro interesse na parceria e no compartilhamento.
Eu poderia escrever aqui mais um monte de exemplos, mas vou deixar por conta da sua experiência e imaginação.
Então, se você costuma dizer que não é bom em nada, este é um convite para que pense em si mesmo de outra maneira. Seu valor está aí esperando que você o reconheça e o usufrua!
Saudações, Barbara.
Realmente. Para sabermos o que vamos seguir na vida, em relação á praticamente tudo, é necessário auto-conhecimento. No campo de trabalho, se a pessoa optar por um curso universitário, ela heralmente terá que fazer essa escolha mais ou menos aos 17 ou 18 anos, quando ainda falta muito para se conhecer. Nessa época, se o jovem tiver orientação familiar e profissional, tenderá á escolher uma profissão em que ele possa desenvolver melhor suas aptidões.
Eu sou psicólogo, porém, não possuo o perfil estereotipado de um psicólogo. Me chamam de certinho. Além disso, gosto de estudar finanças, economia. Gosto das coisas com muita disciplina, regras, demoro para ver detalhes.... Tenho o perfil um pouco anancástico.
No início, as vezes me chateava o julgamento alheio. Agora não, sei que meu perfil, se bem usado, tende á ter uma vida eutímica em todos os setores e como sou empático, posso ver a necessidade da pessoa e ajuda-la também. No meu caso, lido bem com quem quer melhorar questões relacionadas á dimdim, pois vejo o sistema de pensamentos e crenças que ela possui que atrapalham ou a ajudam com o dinheiro. O que atrapalhar, busco junto á ela verificar quais são as crenças distorcidas que a pessoa possui para podermos modificá-las e melhorar nessa área.
Obrigado pela postagem.
Boa noite!
Que bom termos mais um psicólogo conosco! O que é anancástico?
Eu também, depois de bem crescidinha tornei consciente minhas aptidões e hoje tenho muita gratidão e orgulho delas. Eu sou coach e tenho bastante facilidade em identificar as aptidões alheias já que percorri este caminho, então sei valorizar o que significa. E que legal sua área de atuação, para mim seria bem vinda uma análise sobre dinheiro! heheheh
Muito bom! O que vinhamos discutindo. A inteligencia é um conceito amplo, e não se resume a capacidade de raciocínio lógico. Cada um tem suas características de linguagem, e aptidões para áreas diferentes. Muito bom os exemplos! E qualquer um, por mais que cada um tem suas aptidões - "dom", pode aprender sobre qualquer coisa, somos seres inteligentes por natureza, ou não teríamos condições de se estabelecer em uma sociedade complexa como a nossa. Ainda que tenhamos muito a que se trabalhar e construir para que sejamos uma sociedade melhor. E só depende de quem está disposto a construir.
Gostei da positividade Matheus! É verdade, a gente consegue sobreviver, ter relações harmonicas, enfim, numa sociedade super complexa e cheia de diversidades.
Confira aqui no Discutindo saúde no Brazilians o seu post selecionado no projeto saúde @brazilians. Obrigado pelo conteúdo.
O anor próprio é essencial para o ser humano. Só se consegue amar o próximo se for capaz de amar a si mesmo. A autovalorização pessoal é algo muito difícil de se encontrar hoje em dia. Parabéns pelo post!
obrigada Markito!
Acho que temos uma ideia muito limitada sobre habilidades, e muitas vezes achamos que essas habilidades não servem de nada.
Eu fui perceber depois de "velha" que minhas maiores habilidades são manuais e isso tava tão na cara o tempo todo (só você não viu... pitty cantando ao fundo).
Acho que precisamos ver além do óbvio, nem todo mundo nasceu pra arte ou pra ser um super Business man.
Auto conhecimento é uma ótima ferramenta pra descobrir isso.
Excelente post!
Obrigada Bianca!
hahahah a Pitty sabe como é!!
Sabe que os profissionais de referência que falam sobre esse tema dizem exatamente isso, que estão debaixo do nosso nariz, mas que não notamos.
Sempre somos bons em alguma coisa, as vezes é difícil de descobrir, outras vezes é óbvio. Como diz Goethe "nem todos os caminhos são para todos os caminhantes" descubra no que você é bom e tente seguir esse caminho.
exato Fabricio! Obrigada por passar por aqui!
Muito bom, é uma visão que todos precisam ter