Olá Steemians e EcoSteemers!

No post de hoje quero falar de compostagem. Porque a melhor forma de se começar a construir uma casa é pelos alicerces, também a melhor forma de se começar a cultivar é pelo "solo" que irá sustentar as raízes das nossas plantas.

Mas então as plantas não precisam apenas de "terra"?

Parece que não. Como eu tenho vindo a descobrir, apesar de as plantas serem capazes de "produzir o seu próprio alimento", através da fotossíntese, precisando "apenas" de CO2, água e luz solar, cada planta necessita de determinados nutrientes dependendo das suas características, e do seu estado de desenvolvimento. E esses nutrientes devem estar presentes no solo em que a mesma se encontra.

Uma forma de enriquecer esse mesmo solo com nutrientes é através da adição de fertilizantes produzidos industrialmente. Mas como o propósito deste meu empreendimento é conciliar práticas ecologicamente e economicamente sustentáveis, comprar adubos está fora de questão. E a solução "home made" acaba por ser bem mais interessante e a custo zero.

O que é a compostagem?

Compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica, transformando-a em húmus, um material muito rico em nutrientes e fértil.

Dito de outra forma, a compostagem é um método para reciclar certos tipos de lixo doméstico (e não só), transformando-o, em material fértil e rico para as plantas cá de casa.

Como fazer compostagem em casa

A compostagem pode realizar-se em recipientes próprios, vendidos por empresas especializadas, em contentores improvisados, ao ar livre no jardim de casa, ou mesmo em vasos onde colocaremos mais tarde as plantas.

Ingredientes:

No composto, por camadas, podemos incluir:

1. Resíduos verdes lá de casa - a cozinha é a fonte de maior material para compostagem pois é de onde resultam a maior parte dos materiais vegetais como vegetais, frutos e suas cascas, borras de café, saquetas de chá, cascas de ovos.

2. Resíduos secos como folhas de árvores caídas no outono também resultam numa excelente camada de resíduos castanhos que podemos aproveitar na época e trazer para casa.

3. Alguns pedaços de papel e cartão, também são aceitáveis, se bem que em menor quantidade e evitando aqueles mais coloridos, para evitar que os químicos se infiltrem no nosso solo.

A evitar:

1. Carne, peixe, laticínios e gorduras, como queijo, manteiga ou molhos: provocam odores desagradáveis e inviabilizam o composto.

2. Excrementos de animais podem conter microrganismos patogénicos que sobrevivam ao processo de compostagem.

3. Resíduos de jardim tratados com pesticidas, medicamentos, tintas, pilhas e outros produtos químicos: as temperaturas da compostagem não eliminam substâncias tóxicas.

4. Plantas doentes ou infestadas com insectos podem passar as doenças para o composto.

5. Cinzas de carvão e ervas daninhas com sementes, devido ao risco de culturas indesejadas.

6. Vidro, metal e plástico: contaminam e inviabilizam o composto.

Convém que o material seja mexido durante o processo, que demorará cerca de 6 meses, para que não se torne demasiado compacto e permitindo a sua oxigenação que os microorganismos responsáveis pela decomposição agradecem.

A minha compostagem!

Eu optei por realizar a minha compostagem em vasos, onde posteriormente irei cultivar as minhas plantas. Vou acumulando resíduos, e mexendo uma vez por mês, aproximadamente. O período dos 6 meses, nem sempre o respeito à risca, optando por colocar um pouco de areia, cobrindo o material em compostagem, e plantando ou semeando directamente no vaso.

A concelho a que tenham algum cuidado com material como batatas, que teimam em brotar mesmo quando não queremos, ou lentilhas, que tendem a tornar-se numa praga, pelo menos nos meus vasos.

Concluindo

A compostagem é um processo de aproveitamento determinados resíduos domésticos, diminuindo o volume de lixo produzido pelas famílias e sendo aproveitado para enriquecer os solos com nutrientes. Tem a vantagem de ser um processo económico e facilmente praticável em casa.

Este é o primeiro passo para começar a construir a nossa pequena horta doméstica!

Até ao próximo post, boas plantações!