Hoje eu acordei com saudade. Saudade de um dos períodos mais bonitos da minha vida. Um tempo onde tudo o que sou hoje, um homem adulto consciente dos meus direitos, deveres eu devo ao movimento escoteiro.

O arganel oficial da União dos Escoteiros do Brasil. Com isso eu prendia o meu lenço que ficava em volta do pescoço. Lenço este que perdi.

O escotismo mudou a minha vida 15 anos atrás. Tudo começou no colégio onde eu estudava e o meu professor de história (que hoje é meu amigo) sempre nos falava sobre as reuniões do grupo escoteiro que sempre aconteciam aos sábados. Acabei indo a uma dessas reuniões e me encantei. As brincadeiras, os ensinamentos, a disciplina, o controle sob os meus medos, o "aprender fazendo" que é uma das filosofias mais marcantes do movimento escoteiro, me fizeram aprender coisas que nunca eu tinha ideia que iria aprender.

Distintivo com o nome de "Pernambuco" que era costurado na manga da camisa do uniforme.

Lembro dos acampamentos que íamos nos finais de semana. Dos ensinamentos, das lendas e das histórias passadas pelos "velhos lobos" (chefes escoteiros) ao "pé" do fogo . O movimento escoteiro é muito diferente de tudo aquilo que se vê nos filmes ou nos desenhos animados. Há muita mística, há muito de espiritualidade, lendas, mitos. Por isso, muitos que estão há tanto tempo nesse movimento vêem essa fraternidade mundial quase como uma religião, pois é assim que o movimento escoteiro se mostra em tudo o que ele propõe na sua didática e vivência.

Os meus vários certificados de honra recebidos por ter cumprido as etapas.

O meu período no movimento escoteiro como membro ativo foi dos anos 2003 até 2009. Passei das camadas jovens até a adulta. Fui escoteiro (13 - 14 anos), sênior (15 aos 17), pioneiro (18 aos 21 anos) e também me formei como chefe escoteiro. Eu consegui fazer o meu curso preliminar de chefe escoteiro e cuidava de um grupo de garotos do nível escoteiro passando o que aprendi durante esse tempo para eles.

Hoje eu não estou mais participando ativamente do movimento escoteiro. Estou há vários anos inativo. Nesse meio tempo ainda fui lá fazer uma visita ao pessoal do meu grupo, mas por falta de tempo e outros interesses/ocupações, não consigo mais fazer parte do movimento. Vontade e saudade não faltam e acredito que apesar de tudo, irei tentar voltar às minhas atividades escoteiras e ajudar de alguma forma.

Ficaram as lembranças, os ensinamentos, as amizades jamais esquecidas e a certeza de que onde eu estiver, o que eu estiver fazendo da minha vida, não importando o tempo e estações de que:

"Uma vez escoteiro, sempre escoteiro! Escoteiro Sempre Alerta!"

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@camoes