Universidades brasileiras usam blockchain no registro de diplomas e títulos acadêmicos para eliminar o risco de fraudes e falsificações

Em janeiro a Universidade Federal da Paraíba organizou a solenidade de entrega dos primeiros diplomas digitais de graduação no Brasil, o site Criptomoedas Fácil publicou na época: Universidade da Paraíba entrega primeiros diplomas registrados em blockchain do Brasil. Mês passado o site do Centro de Informática da UFPB, cujos alunos formandos receberam a certificação, divulgou no link compartilhado no final deste post, que a universidade paraibana usará a solução tecnológica para criar um diploma digital nacional em colaboração com a Universidade Federal de Santa Cataria (UFSC) e a Universidade de Brasília (UNB), que também já têm propostas para implantar sistema de registro e expedição de diplomas digitais, com aprovação do Ministério da Educação (MEC).

O próprio MEC, cujo novo ministro foi anunciado ontem provocando de imediato uma dúvida em relação ao seu doutorado, publicou a portaria 330/2018 instituindo o Diploma Digital e dando um prazo de 24 meses para as Instituições de Ensino Superior públicas e privadas implementarem a tecnologia. Em sua coluna no site Crypto ID, José Luiz Brandão deu detalhes sobre o desafio: Diploma Digital é a onda do momento. Outras instituições estão indo além e usando o blockchain para tornar imutáveis os registros de frequência e notas dos alunos, junto com o conteúdo ministrados nas classes. Como conta essa matéria - Universidade Unochapecó: pioneira no uso de blockchain para proteger registros acadêmicos - publicada no site Livecoins.

Sei que muita gente tem a cara de pau de incluir diplomas inválidos ou não cursados só pra turbinar o currículo, algumas fraudes ficaram famosas por envolverem políticos e empreendedores celebridades. Mas lembro que no meu tempo de faculdade era comum o pessoal assinar a presença para o colega que faltou. Essas fraudes podem mesmo acabar se as escolas adotarem blockchain com proof-of-presence (prova de presença) como o proposto pelo projeto Sikorka (http://sikorka.io) junto com o proof-of-location (prova de localização) lançadas pelo FOAM (https://foam.space) e pelo Platin (https://platin.io), todos usando o blockchain do Ethereum. O próprio blockchain do Bitcoin já foi usado para registros acadêmicos, como publicou em 2017 o site BTCSoul: Massachusetts Institute of Technology emite diplomas registrados em Blockchain.

As empresas também são grandes interessadas em garantir a veracidade das informações na hora de contratar novos empregados, como postou o site Cointelegraph: Sony e Fujitsu desenvolvem plataforma de blockchain para combater qualificações educacionais falsas. No site da Fujitsu, este comunicado em inglês explica que o acordo envolve a escola de língua japonesa para estrangeiros Human Academy. Até parece fácil fraudar o exame de proeficiência em língua japonesa ou enganar os recrutadores na hora de escrever relatórios em kanji (caracteres chineses usados no Japão)... pensando bem, se até eu usei o Google Translator para postar - Estive no Cryptotalks da Mercado Bitcoin para falar sobre minha amizade (inesperada) com o Satoshi Nakamoto e tentei escrever "nour" em japonês - a preocupação é válida :-) Por outro lado, se essa matéria do CanalTech for verdade - Apple, Google e IBM não exigem mais diplomas universitários dos funcionários - já existem empresas que deixaram de se preocupar com essa verificação, eliminando essa burocracia e poupando os candidatos de inventarem malabarismos em seus CVs.

Voltando a Universidade Federal da Paraíba, esta outra matéria no site Criptomoedas Fácil publicada um ano atrás - Universidade brasileira usará tecnologia Blockchain para evitar falsificação de diplomas - conta que projeto que foi realizado inclui, além da UFPB, as partipações da PUC Rio e do Instituto de Tecnologia Social (ITS), também do Rio de Janeiro. Sobre eles já compartilhei aqui antes PUC RJ - Cursos sobre Bitcoin e criptomoedas de extensão livre e gratuito à distância (online) e App Mudamos, de participação política popular com certificação de assinaturas via blockchain, sofre revés no DF anos depois de ser aceito na câmara municipal de João Pessoa/PB.

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Núcleo de Pesquisa e Extensão Lavid/UFPB vai desenvolver diploma digital em blockchain para todo país em colaboração com outras universidades. Decisão foi tomada, em Brasília, durante reunião nacional de pró-reitores de graduação...

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