Se não for pelo respeito que seja pelo bom senso
O silêncio e anonimato acoberta muitos casos de intolerância
O recente exemplo de racismo do jornalista William Waack, me fez refletir mais a respeito de intolerância na nossa sociedade. O caso não é o primeiro nem o último, porém me chamou atenção as peculiaridades do cenário. Como em outras situações, a pessoa que comete a injúria se respalda no silêncio ou no anonimato. Aparentemente, nada pode dar errado se ninguém sabe quem foi que disse. De fato. Porém, se o silêncio é rompido, é necessário arcar com os seus pontos de vista. Boris Casoy quem o diga.
Jornalista William Waack (Foto: Reprodução)
Considero os exemplos muito bons porque vêm de pessoas públicas, que sabem que falaram mais do que deveriam, simplesmente porque estavam respaldadas pelo silêncio. Ao contrário disso, jamais teriam falado tais coisas. No entanto, só falamos o que pensamos. São os preconceitos deles. Não quero julgar ninguém. Também é difícil mudar concepções, especialmente tratando-se dessas pessoas. São dois senhores e intelectuais. Não faltou para eles estudo ou experiência de vida. Só falta respeito mesmo.
Não dá para dar uma lição de respeito neles, isso não quer dizer que temos que tolerá-los, como vi algumas pessoas dizendo por aí, alegando que todo mundo já teve uma atuação preconceituosa pelo menos uma vez na vida. É difícil discordar, é como dizer “quem nunca errou que atire a primeira pedra.” O problema dessa história é que eles são figuras públicas que falaram o que não deveriam na hora errada.
Esses senhores perderam uma boa oportunidade de ficarem calados, de guardarem o que pensam só para eles. Todo mundo tem os seus preconceitos, mas convém a compreensão do significado de respeito e educação com o próximo.
Para lembrar:
No dia 8 de novembro, um vídeo de racismo de William Waack viralizou nas redes sociais. O vídeo mostra o jornalista incomodado com um barulho na rua. Em seguida, ele xinga: “Não vou nem falar porque eu sei quem é. É preto. É coisa de preto”.
No dia 31 de dezembro de 2009, o apresentador Boris Casoy depois de uma vinheta de ano novo com a participação de garis comenta com os colegas de estúdio: “Que ‘m…’: dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. O mais baixo da escala do trabalho”.
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É triste ver que profissionais, antes admirados, desçam tão baixo nos comentários... Acho um absurdo ainda existir essa coisa de separar pessoas por cor. Parece que ainda estamos no século passado! Virou um tipo de modinha que ultrapassa o tempo de forma cada vez mais piorada.
Verdade! Parece uma evolução disfarçada da sociedade, quando na verdade ainda estamos presos em problemas do passado.
Bah! "Isto é uma vergonha!", como diria um destes profissionais preconceituosos que citaste. O Brasil ainda está longe de superar o abismo existente entre as classes sociais. Se em público as pessoas se cuidam um pouco, no privado espalham preconceito a torto e a direito. Infelizmente, não vejo mudança a curto prazo porque se fala uma coisa e se faz outra, né?
O pior é isso mesmo. Parece que a mudança está muito longe. =/
Excelente post @leticiachiantia! acho q o q falta no mundo eh respeito... as pessoas julgam os outros, fazem associacoes, julgam e julgam muito... se aceitassemos as pessoas como sao... o mundo seria melhor... preconceito, racismo, bullying.. isso eh coisa de gente sem moral, sem respeito e sem humanidade...
Obrigada, Marcelli. Infelizmente, parece ser mais fácil julgar em vez de olhar para si próprio e aceitasr as diferenças, que muitas vezes nem são tão diferenças assim.