Economia da partilha significa o fim dos empregos tradicionais?

in #technology7 years ago

A evolução humana é sem duvida um dos maiores cases de sucesso da natureza, estamos sempre em movimentação para moldar o mundo de acordo com nossos interesses na geração de recursos de consumo, como alimentos e água. 

Nesse frenesi de consumo, adquirimos bens e serviços mais que suficientes para nossa existência, o exemplo claro desse consumo desnecessário é aquisição de um carro, que será utilizado apenas por breves instantes durante o dia. 

Olhando para visão de economia da partilha e como a tecnologia proporcionou novas interações entre os indivíduos, percebemos que hoje é comum partilhar bens e serviços, que outrora seria impossível pela decadência tecnológica da sociedade. 

Se observamos como o paradigma de pegar um táxi foi totalmente modificada pela novas tecnologias, vemos a aplicação clara de economia da partilha, nesse caso direcionamos o olhar para o UBER. Que ao contrario do serviço de táxi oferece um plataforma de passageiros com motoristas interdependentes, pagamentos diferenciados e partilha da corrida com outros usuários, como uma forma de diminuir os custos para todos. 

Tudo isso é muito bom e todos adoram economizar, mas será que alguém fica sem emprego por partilhar bens e serviços? 

Em um artigo publicado pela Oxford Martin School, Carl Frey, Thor Berger e Chinchih Chen, realizaram uma analise do impacto do Uber entre 2009 a 2015 nas cidades americanas, fornecendo dados importantes da economia de partilha nos empregos e salários nos serviços de táxi. 

Segundo a pesquisa nas cidades onde o Uber foi implantado houve uma maior oferta de trabalho dos taxistas tradicionais se comparado a cidades que não tinha esse tipo de serviço. Olhando no ponto salarial foi identificado que motoristas não-táxi migraram fortemente para o Uber, tornando-se independentes. Que a oferta de taxistas independentes cresceu 50% depois da introdução do Uber.  

No quesito salarial depois da implantação do Uber os taxistas tiveram um perda de até 10% das receitas, diminuindo o valor por hora dos profissionais, consequentemente aumentando a jornada de trabalho. Que os motoristas independentes Uber exibem maiores ganhos que os motoristas tradicionais.  

De modo geral há uma grande preocupação que a economia da partilha impulsione o desemprego em segmentos específicos da sociedade, que os motoristas Uber dominem esse tipo de serviço, que os taxistas tradicionais migrem para novas formas de trabalho. 

No Brasil a sensação é mesma entre os taxistas tradicionais, mas as coisas já estão mudando aos poucos, devido a alta popularidade de serviços semelhantes ao Uber que estão disponíveis também para os taxistas. No nosso país ainda não temos uma pesquisa com uma avaliação parecida com apresentada pelos autores. 

O questionamento sobre a economia da partilha diminuir a quantidade de empregos é valida, mas não se sustenta sozinha, pois ela mesma cria novos canais de empregos na sociedade moderna. A evolução tecnológica não só abre novas fronteiras do trabalho, mas aprimora as existentes, só é preciso está aberto para entender e participar desse novo mundo. 

Imagens: Pixabay   
Pesquisa:  Oxford Martin School


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Bom dia, esse robot chato aparece quando encontra o artigo noutro site... ai eu recomendo "validar" o site uma vez. Por exemplo colocar um link no site que direcione aqui para o Steemit assim a galera daqui sabe que não é plágio.

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