#DICIONÁRIO DA MÚSICA# - "Reação em Cadeia"
O cenário do Rock é marcado por grandes nomes que ainda são bem atuantes no mercado (apesar da importância desse gênero musical já não ser mais a mesma de outrora), e infelizmente, alguns desses nomes não resistiram ao tempo.
Seja pela competição dentro da indústria (que ainda é brutal e não dá sinais de menor intensidade) ou por problemas internos (que abrangem uma gama de aspectos), o cenário nacional já ficou órfão de vários artistas e bandas... Reação em Cadeia foi um desses nomes.
Oficialmente, tudo começou em 1996, na cidade de Novo Hamburgo. Antes da banda ficar conhecida por esse nome, alguns de seus integrantes já haviam formado dois outros grupos: Os Reverberados e DNA. Nenhum dos projetos decolou, a apenas quando o nome Reação em Cadeia se consolidou (depois da saída e entrada de vários integrantes) é que a banda começou a trilhar o seu caminho.
Jonathan Corrêa (voz e violão), Daniel Jeffman (guitarra), Marcio Abreu (baixo) e Nico Ventre(bateria) foram os primeiros integrantes da banda. Em seguida, houveram algumas mudanças, e antes do término da banda os integrantes foram Jonathan Corrêa Vocal (violão e guitarra), Daniel Jeffman (guitarra), Tiago Medeiros (baixo) e Elias Frenzel (bateria).
Pode-se dizer que a história dessa banda é meio controversa. Houve muitas divergências entre eles, mas uma coisa que sempre funcionou acima de tudo foram as suas músicas. Aqui no Brasil, o tipo de Rock que eles "imprimiram" foi algo no estilo pós-grunge (conhecido como o "Rock Novo", um subgênero musical muito potente lá fora... mas ainda bem desconhecido em terras tupiniquins) que lembrava os sons de bandar como Creed, The Calling e Nickelback.
O primeiro álbum da banda chama-se Neural. Lançado em 2002, o projeto é marcado por composições de ótimas sonoridades, harmonias bem afinadas, vocais potentes e letras repletas de sentimentalismo, misturando muito bem o rock e o melódico (sem ter que apelar para os clichês que facilmente poderiam ter sido incorporados as músicas). As interpretações das canções tinham uma vibe meio intimista e isso os aproximada ainda mais do público.
Depois vieram os álbuns Resto, Febre Confessional e Enfim Dezembro. Todos os álbuns, apesar das mudanças que se seguiram (as quais eu já me referi anteriormente), mantiveram um padrão de qualidade consistente. Isso foi o suficiente para a banda manter o nome vivo na mente dos fãs, e no cenário do Rock nacional como um todo.
O fim para eles chegou, mas a música que eles foram espalhando (e as apresentações ao vivo sempre marcadas por uma notória conexão com a plateia e uma energia muito positiva que enaltecia cada performance) ao longo dos anos continua viva para quem aprecia o gênero e sabe o quanto ele foi capaz de revolucionar o mercado na época, inclusive, abrindo portas para outros artistas.
Bateu aquela curiosidade em conhecer o trabalho da banda? Então fica aqui a minha indicação:
"Resto" (2004)
"Febre Confessional" (2006)
"Enfim Dezembro" (2011)