Relatos Enteógenos - 00 - Uma introdução.

in #pt6 years ago
Eu pensei muito a respeito de que forma poderia trazer este tema até aqui, quero fazer destes relatos uma mistura do diário das experiências originais com algumas explicações a respeito dos conceitos envolvidos e também de toda a cultura enteógena, porém sem seguir cronologia ou regra qualquer. Da mesma forma como a experiência de expansão da mente é algo sagrado e de certa maneira indescritível, os relatos aqui trazidos serão apenas um flerte sutil com o mistério, um rápido cintilar nos olhos de um xamã que sentado na densa floresta amazônica sorri suavemente ao observar o assombro nos olhos do aventureiro que pediu-lhe para experimentar a bebida sagrada.

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Dos anos de 2005 até 2010 tive a oportunidade de vivenciar uma vasta gama de experiências de alteração de consciência através do uso de inúmeras plantas, estas, conhecidas como Enteógenos, palavra que significa algo como "Deus dentro". A cultura da enteogenia ou do uso de psicotrópicos naturais é vasta e milenar, pesquisando pouco já descobre-se que a alteração da consciência para alcançar uma percepção diferente da realidade remonta ao despertar do homem como animal pensando, desde o primeiro tambor tocado em volta das primeiras fogueiras. Irei discorrer a respeito de todo esse conceito conforme os relatos irão se desenrolando. Durante essa época, estudei profundamente todas as plantas que estavam ao meu alcance, compreendendo seu sistema de funcionamento, sua gênese, nome científico, doses leves, moderadas, riscos e benefícios. Posso dizer que sei muito, muito mesmo a respeito das principais plantas enteógenas mais populares: Trichocereus Pachanois e Trichocereus peruvianus (San Pedro e Wachuma) dois cactos com o mesmo princípio ativo do Peyote (Mescalina), Salvia Divinorum (a polêmica), Argyreia Nervosa (LSA, um primo do LSD), Amanita Muscaria (aquele do Super Mario, sabe?), Psilocybe Cubensis (O clássico cogumelo azul), Ayahuasca (Santo Daime, para os religiosos), Jurema Preta e arruda síria (a versão nordestina hardcore da Ayahausca), entre outras menos famosas: Datura Stramonium (Já leram Carlos Castaneda?), Calea (erva dos sonhos), Carapiá, Ipomoea purpurea, Yopo, Lótus azul, Kava, Kratom, entre outras.

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Por que tanta dedicação? Esse período que se deu mais ou menos dos 17 anos até os 22 foi sem dúvidas um período de turbulência espiritual, onde meu maior motivo de estar vivo nesse mundo era pra compreender o motivo de estar vivo(?!), em outras palavras, sempre fui um buscador incessante. Incessante realmente, quem me conhece sabe. Não é só acordar comer o pão e ver TV, é precisar saber o por que de tudo, de mim, de você, de nós! É entender o que se passa por dentro e por fora, no passado e no futuro! Sinceramente não sei quem eu seria se não tivesse passado por todas essas experiências que tanto acrescentaram em meu arcabouço cultural, psicológico e emocional. Nesse curto espaço de tempo SEI que evoluí emocionalmente e psicológicamente, mas mais importante, sei que agora sei que evoluí pouco, sei pouco e o mais difícil de aceitar, por mais que aprenda e viva, nada saberei.

Essa sede de consciência, de se tornar um espírito evoluído e lúcido, muitas vezes é árdua, pesadíssima, por que quanto mais se cava, quanto mais fundo vai, mais dolorido e sofrido é voltar para a superfície. O homem que busca seu âmago é um homem de alma torturada. E muitas vezes só mesmo a experiência enteógena era capaz de me pegar no colo e devolver-me para a superfície, renovado para seguir nessa jornada espiritual isenta de qualquer religião mas ainda assim com a alma à flor da pele. Uma experiência dessas equivale a uma jornada do herói (aquela do Campbell), onde você passa por todos os estágios e (quase) sempre sai vitorioso, trazendo as boas novas para casa. Mas nunca é um caminho fácil. Poucas são as experiências de puro prazer e regozijo, o auto-enfrentamento é brutal e as vezes impiedoso.

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[A origem da linguagem - Alex Grey]

Vale ainda acrescentar que as experiências enteógenas tem em comum o fato de que as plantas utilizadas não causarem dependência física nem psicológica, muito pelo contrário, poucas vezes você vai ter fôlego para repetir tão cedo a experiência com aquela planta, a não ser que queira mesmo encontrar alguma coisa. Muito se fala a respeito dos bebedores de Ayahuasca dos cultos do Santo Daime ou União do Vegetal, mas penso que sem dúvidas o que acontece aí é simplesmente o uso de uma muleta, torna-se uma muleta psicológica e a pessoa acha que só vai crescer enquanto participa dos rituais. Minhas experiências deixam claro que não precisamos e nem devemos utilizar tais enteógenos como rotineiros, como ferramenta padrão, são uma conduta exceção.

Irei trazer alguns desses relatos aqui para o Steemit, talvez os buscadores da consciência tirem qualquer proveito possível.

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[Castañeda, para os familiarizados]


Obrigado por ler!


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Parabéns, seu post foi votado e compartilhado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!

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Muito interessantes estes relatos enteógenos! Precisamos cada vez mais debater estes temas, por isso convido que conheçam também meu site e meu blog sobre cogumelos mágicos desidratados

Valeu! Minha suspeita é que mesmo as substâncias consideradas recreativas tb tem esse componente religioso, de passagem para outro mundo e, em menor grau talvez, enteógeno tb. Tabaco, maconha e coca, talvez seriam veículos sagrados para as civilizações originais e a cultura ocidental adotou mas não consegue conviver de forma adequada, um pouco porque foram fruto de massacres e violência contra os mesmos povos de quem herdamos o uso destas plantas. Sucesso e boa sorte mais uma vez!!

Boa Wagner. Antes de qualquer cunho recreacional, as plantas tinham uma relação cerimonial e sagrada com os homens "primitivos", sempre utilizadas como ferramentas. Tabaco, Rapé, Secreção de Sapo Bufo, raízes como a iboga... Enfim, acabamos trazendo-as para o nosso tempo e muitas vezes corrompendo seu real sentido. Não vejo problemas nisso, na verdade.
Muita coisa não está acessível ao homem comum ainda que seja fácil de achar. Você não vê muita gente tomando Peyote por aí, mas pode ver algumas pessoas jurando que tem mescalina sintetizada para vender na balada (sei por relatos, por que não consigo me imaginar numa balada). A folha da coca é o chimarrão do povo andino (generalizando), a cocaína já não é a coca. É outra coisa. Não sei se todos podem dar uma experiência de insights apurados e compreensíveis, mas acredito que todas tem sua finalidade. Muitas como um lubrificante social mesmo em determinadas situações.
A cannabis consegue equilibrar esses lados, é uma droga recreativa (a mais famosa) mas com seus devidos cuidados e qualidades, pode ser um poderoso instrumento de insight e de aprendizado.
Espero falar um pouco sobre toda essa filosofia por trás do uso de cada substância que eu trazer a tona e conto com suas palavras também ;) abraço.

Por tudo que já li a respeito, eu tenho a mesma sensação, Wagner. Acredito que todas as substâncias alteradoras da consciência podem trazer esse "viés enteógeno" da busca de um eu superior, uma possibilidade de encontro com o próprio divino único que habita em cada ser. Minhas experiências com cogumelos mágicos desidratados tem sido muito reveladoras neste sentido. Inicialmente, eu conheci os Psilocybe cubensis com objetivo apenas recreativo, de curtir a experiência psicodélica. Numa destas experiências com psilocibina, começou naturalmente a despertar uma outra busca em mim, tive experiências mais espirituais / enteógenas desde então, mais profundas e existenciais. Ainda continuo tendo experiências psicodélicas recreativas também, uma não anula a outra.

Imaginei que logo começaríamos a falar sobre estas experiências por aqui; por enquanto vou me abster de mencionar as minhas, pois ainda são muito íntimas, ainda que poucas.
Castaneda fez grande e importante parte no nosso relacionamento no início. Saudades. <3
Mas nada como amadurecer o suficiente para realmente não ficarmos nessa de experimentar de tudo...

A experiência entéogena é algo que todo mundo deveria ao menos uma vez vivenciar, já tive algumas com argyreia e lotus que ganhei de uma amiga e foi fascinante. Estou para comprar cogumelos mágicos em breve neste site: https://kosmickombi.com.br/cogumelos-magicos-comprar e volto aqui para compartilhar em detalhes como que foi.

Tiven unha época tamén de teste de sustancias cando novo...
Como queira que adquirín unha certa querencia -que manteño. por tales elementos, cheguei a conclusión que non son eu quen gosta dos sicotrópicos, senon que os sicotrópicos gostan de min...
E eu, de boa gaña os deixo facer.
Saúde.

Algumas acabam se tornando queridas, não é mesmo? Tenho um hábito esporádico de ter uma experiência ou outra mais intensa, e um hábito sutil com a cannabis, apenas uma vez por semana, como uma espécie de relaxante cerebral e motor de criatividade :)
Valeu @freyman! Logo posto as experiências para compartilhar com vocês.

Boa viagem que nos proporcionaste pelo mundo dos psicotropicos. Eu felizmente nunca tive a tentação de experimentar qualquer tipo de perturbadores apesar de no mundo da noite onde eu vivi varios anos como DJ me cruzava muitas vezes com eles.

Não sabia que existiam DJs sóbrios! haha! Brincadeira a parte, fiquei curioso sobre essas suas experiências da noite, poderia fazer um relato ein?
Realmente é muito fácil entrar em contato com alteradores de consciência quando se envolve em lugares como estes, porém as experiências que trarei aqui, você verá, tem outro viés, um viés mais de xamanismo empírico, se é que posso chamar assim! Valeu!

Cara, talvez você se interesse por esse artigo que postei aqui . Você tem alguma experiência com esse cogumelo?

Pelo título já me interessou, lerei com calma ;)
E sim, já tive várias experiências com a "carne dos deuses", seu nome oficial é Psilocybe Cubensis, porém para evitar problemas de lei (já que ele está numa área cinzenta da legalização) seu nome não fica claro nesses E-shops. Mas o cubensis é um dos enteógenos mais fascinantes que existem.

Valeu, Thomas! Aparentemente, o princípio ativo é a Psilocibina, que segundo o autor daquele artigo, não vicia nem é tóxica.

Sim sim, falarei mais a respeito da psilocibina daqui um tempo ;)

Estarei acompanhando, e tenho curiosidade de entender sua percepção de cada uma das substancias citadas. As substâncias são a base da farmacologia, algumas como Ayahuasca, já estão em testes clínicos, inclusive aqui no Brasil. O preconceito cultural com essas substancias atrapalham muito as pesquisas nessa área, isso fica muito claro com a Maconha. Sempre enfatizo e acredito até o momento, que o abuso de substancia é sempre consequência, nunca causa. Muito legal seu post! E muito interessante trazer aqui, tanto sua experiência pessoal, quanto as seus momentos de dificuldades. A sálvia também tenho muita curiosidade de entender, já ouvi muitas historias.

Valeu amigo @matheusggr, quero que sinta-se a vontade para opinar, debater, discutir e perguntar, a ideia é expandir o assunto, e um prazer poder falar com gente de conhecimento, como você. Apesar dos pesares, meu conhecimento é auto-didata, sem aprofundamento na química envolvendo as substâncias, mas acredite, eu levava muito a sério a pesquisa, devorava dias de conteúdo antes de qualquer experimento. Realmente temos um problema sério cultural envolvendo as substâncias e isso não é só no Brasil, a Salvia é exemplo disso, é banida em boa parte do mundo apesar de praticamente nada se saber a respeito de efeitos colaterais sérios que justifiquem. Porém, sou extremamente cauteloso em afirmar qualquer coisa em termos de substâncias alteradoras da consciência, por que sei bem o quão frágil é a quimica dos neurotransmissores e o quão fácil é desencadear algum problema psicológico grave através do uso, as vezes nem precisa extrapolar, é sabido que inúmeras dessas substâncias que são altamente benéficas para o auto-conhecimento (como a psilocibina, o ácido lisérgico ou mesmo a cannabis) podem desencadear psicose ou esquizofrenia em uma pessoa pré-disposta. Então, esse é um longo assunto que quero me aprofundar com calma!
Mas de qualquer forma, URGENTE é a pesquisa científica "oficial", "legal" com substâncias como o DMT (da ayahuasca) e a psilocibina (cubensis), muito tem-se estudado a respeito do uso desses em situações de trauma, sindrome do pânico, transtorno de ansiedade, toc, etc. Psilocibina tem se revelado como o princípio ativo mais eficiente contra enxaquecas, uma das únicas substâncias descobertas capaz de abortar uma enxaqueca em salvas em plena crise.
Farei uma postagem por semana a respeito das substâncias conforme eu puder e aguardo sua participação! Abraço.

Como sempre será um prazer discutir aqui esses assuntos, eu realmente tenho interesse em ler suas percepções do funcionamento dessas substancias, e se muda de acordo com as doses, os efeitos. Eu posso adicionar pouco a esse conteúdo, e foge até minha área de atuação, mas gostaria claro de debate-lo e discuti-lo. Na medicina tem-se pouco estudo devido essa sistemática que já estávamos discutindo, posso dizer que existe a psicose induzida por drogas, a psicose pela intoxicação, e realmente até o momento é considerada fator de risco para esquizofrenia, que seria uma psicose primária, ainda atrás do álcool. É a ciência de hoje, que se tem a partir de estudos, em uma área que carece ainda de muitos estudos, e tempo. É um assunto complexo, em minha opinião, acredito que ainda tem-se pouco estudo cientifico e ele por si só não preenchera essa lacuna que cabe a ciência humana também, e que psicose primárias como esquizofrenia, são de um determinante muita maior do que qualquer droga, qualquer doença psíquica é consequência de sofrimento mental que marcam desde o nascimento. Como disse, acredito que são sempre consequências, nunca causa. Substancias como as que citou, mudam muito de resposta ao uso imediato e de acordo com as dosagens e a interação com os receptores, mudam as percepções, sejam visual, auditivas, táteis, mudam a forma de pensar, as formas de interpretar as percepções, o humor, e por ai vai. Ainda estamos longe de entende-las melhor a fim de ser utilizadas pelo menos até o momento na psiquiatria, e me questiono como a usaríamos, pois substancias são sempre ferramentas para sintomas pontuais, a complexidade da mente vai além da medicação, sigo uma linha teórica que se remete mais a psicopatologia clássica e psicanalise. A bioquímica cerebral muda de acordo com nossas vivencias, e com qualquer substancia que interfira nela, e isso ainda vai depender de muito estudo para se determinar, até que ponto é um viés destrutivo ou que repercuta diretamente sobre doenças psíquicas. Ter uma oportunidade de aprender aqui, ainda mais que você escreve bem, será bem interessante.

Obrigado por compartilhar um pouco da sua vasta experiência! Sempre fiquei muito interessado nos seus relatos e no seu entendimento desse mundo, uma vez que nunca trilhei esse caminho. Sei que entende muito e sua experiência pode resultar em textos fantásticos! Espero que compartilhe mais desse universo conosco!
Agora, um detalhe que me chamou a atenção foi a pintura do Alex Grey. Sei que não tem a ver com o texto, mas achei curioso. Na criação da linguagem, você vê saindo da boca dele vários símbolos diferentes: hieróglifos egípcios, letras gregas, símbolos fenícios, runas nórdicas, caracteres sânscritos e letras hebraicas. Apesar de não ter identificado um padrão nas demais, as letras hebraicas, lá em cima, formam YHVH, que é o "Nome de D'us". Sobre a cabeça do vivente, temos o OM, o mantra da criação na tradição hindu. Indo até a testa dele, várias letras "He" do alfabeto hebraico, letra que se relaciona com a inspiração, fôlego e princípio que dá vida. É uma pintura cheia de significados. Ótima escolha!

É um tema vastíssimo, meu amigo! E conto também com sua participação no papo seguinte ao texto! Que bom que notou a obra do Alex Grey, é uma das minhas preferidas dele. Muito bem observado a respeito dos símbolos, confesso que havia dado uma olhada mais superficial na imagem... Mas o que posso lhe acrescentar é que ali temos o corpo de chacras do homem/símio vê o canal subindo, projeta-se na garganta para fora, desconheço em detalhes o signo exposto na garganta, depois tem-se o que você comentou saindo pelo frontochacra e também o Ohm no coronochacra. Não sei se você sabe, mas suponho que essa imagem tenha sido feita a partir dos conceitos apresentados pelo escritor e pesquisador Terence Mckenna a respeito da hipótese da evolução do homem a partir da utilização de algum alterador de consciência em tempos primitivos, fez-se uma vasta pesquisa e concluiu-se que o único psicotrópico existente nas pradarias do berço do ser humano (Africa) nesta época eram os Stropharia Cubensis, o avô do Psilocibe Cubensis, brotantes nas fezes do gado selvagem, muitas vezes colhido por engano inicialmente junto a outros cogumelos comestíveis, e causando então um torpor seguido de profundo estado de expansão da consciência, capaz de gerar estímulo linguístico (é muito comum a verborragia [dependendo do grau da experiência, em linguas desconhecidas]) e assim foi formando-se a fala, além da consciência. É uma hipótese bastante criativa, mas o livro busca reforçar sua veracidade através de inúmeros ângulos, vale a pena ler.
Grey foi muito sensível em alcançar esse nível de detalhamento em sua pintura.

Também desconheço o símbolo saindo da garganta.
Muito interessante sua observação. Eu não conhecia essa teoria. Teria que saber mais ou menos em que estágio da evolução surgiu a linguagem dessa forma, pois , antes do surgimento do humano moderno, ele já havia se dividido, num estágio bem primitivo, em vários subgrupos (neandertais e denisovas, por exemplo). Até onde sei, os neandertais também usavam da linguagem. Então, se a hipótese estiver correta, essa relação com os Strophara Cubensis seria uma coisa bem antiga, já antes dessa divisão. Nossa história é fantástica!

Nossa, vai ser muito massa acompanhar seus escritos sobre esse tema. Eu também fui um buscador incessante na minha juventude, e como pretendia usar meu próprio corpo como cobaia, fui a fundo para pesquisar as origens, a química e os efeitos, tanto que mais tarde acabei formando um grupo de redução de danos entre meus amigos, já que queríamos poder usar sem ter os efeitos colaterais ruins de cada substancia. Depois que entrei na ayahuasca parei de usar todas as outras, e depois de um tempo diminui o uso da própria, pois entendi a diferença entre um auxiliar de consciência e uma muleta espiritual.
Pode contar comigo nesses debates, vai ser bom demais resgatar na memória esses estudos, e espero poder contribuir sempre que possível.
Sucesso nessa série!

Fala cara! Imaginei que ia se manifestar :)
Porra, muito legal seu relato, certamente isso merece um espaço nas postagens, se quiser entrar no tema e fazer um post a respeito será muito bem vindo, ou se quiser apenas ir conforme segue a jornada participando dos comentários e relatando tudo que for possível, ótimo também! Muito legal a ideia de um grupo de redução de danos, importantíssimo. Tenho muito relato escrito, sempre escrevia eles e vai render bons posts para conversarmos! Valeu por comentar e votar, abraço!

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