Twenty-Seven Dollars and a Dream#FazendoHistoria #Biblioteca

in #pt6 years ago

E ai galerinha, tudo bem?

Nesse post, continuando com o concurso #fazendohistoria do @leodelara, irei escrever sobre o livro "
Twenty-Seven Dollars and a Dream: How Muhammad Yunus Changed the World and What It Cost Him" de Katharine Esty
que conta a história de Muhammad Yunus, um cara definitivamente incrível, fundador do Grameen Bank, o banco dos pobres, e ganhador de um prêmio Nobel da paz. Vamos lá?


Capa do livro

O livro conta a história de Yunus através dos olhos da escritora Katharine Esty que o acompanhou em diversos lugares e entrevistou muitas pessoas envolvidas nos negócios de Yunus. A autora conta com detalhes sobre a família e os negócios sociais criados pelo empreendedor.

A história do laureado se inicia em Bangladesh, onde nasceu em 1940, cresceu e foi criado com seus irmãos. Desde cedo Yunus se destacava pela sua grande inteligência e pensamentos fora do comum, ele odiava estudar e por muitas vezes abria o livro apenas quando seus pais chegavam em casa ironicamente graduou-se em economia, tornou-se doutor e professor.


Yunus e Katharine

Muhammad realizou uma série de empreendimentos com o objetivo de acabar com a pobreza do mundo. Por ter nascido em Bangladesh, foi capaz de ver uma notória desigualdade social e não se acomodou diante disso, realizou projetos e abriu empresas para levar água potável aos pobres de vilarejos distantes, criou uma rede de telefonia para que as pessoas em vilas longínquas pudessem se comunicar com outras pessoas e teve ainda mais projetos, pelo que me lembro era algo em torno de 20 empresas voltadas a melhorar a qualidade de vida de pessoas em extrema pobreza. Mesmo com todas essas empreitadas seu maior destaque até hoje é o Grameen Bank, um banco que empresta dinheiro para pobres, principalmente mulheres, buscando promover o empoderamento feminino dentro de culturas altamente machistas.

Salvo engano (li o livro há quase um ano e não me recordo de muitos detalhes, vou reler), tudo teve inicio quando, ao visitar um vilarejo, Yunus notou uma mulher produzindo um banco artesanalmente, conversou com ela e tomou conhecimento que artesã tinha de pegar dinheiro emprestado de um agiota para comprar os materiais necessários para a produção de seus bancos e boa parte de seus lucros era usado para pagar os juros da divida, sobrando apenas o necessário para que a mulher sobrevivesse, dessa forma era mantido um ciclo vicioso. Muhammad deu uma quantia de dinheiro suficiente para que a mulher comprasse sua matéria prima e não necessitasse do agiota e a partir disso ela saiu desse ciclo e foi capaz de guardar parte de seu lucro para investir em seu micronegócio.

Com essa ideia em mente, Yunus decidiu emprestar dinheiro para mulheres de vilarejos pobres a uma taxa de juros muito menor que a praticada pelo agiota. O juros cobrado era guardado para que novos empréstimos pudessem ser realizados e como fonte de reserva em caso um possível calote, assim surgiu a ideia do microcrédito, a concessão de crédito para que indivíduos pobres possam empreender e ter melhores condições de vida e consequentemente melhorando a vida de pessoa próximas.

A estratégia apresentada no livro é a de realizar um empréstimo a um grupo de mulheres que se ajudassem entre si. Ou seja, caso alguma das tomadoras de crédito não conseguisse honrar com a sua dívida, o grupo a ajudava a pagar a parcela, pois o negócio dela pode ser benéfico para toda comunidade. Os empréstimos deveriam ser pagos semanalmente, pois assim havia uma menor taxa de inadimplência aumento a possibilidade de novos empréstimos.

O livro conta as dificuldades que Yunus teve para para conseguir que o governo legalizasse o seu banco e o quanto teve que insistir para conseguir financiamento de outras instituições através de uma narrativa emocionante, quando parece não ter mais saída é dado um jeito para que as coisas se resolvam.

Em relação ao seu prêmio Nobel, são contadas as suas histórias de combate a injustiça, violência e machismo em Bangladesh. Histórias de orgulhar qualquer pessoa que tenha um bom senso de justiça e igualdade.

Bom, acho que é isso galera!
Se você curte empreendedorismo e impacto social, vale bastante a leitura!

Até a próxima!

Sort:  

Não conhecia esse cidadão (na verdade, nunca havia ouvido falar dele), mas é inegável a importância de seus feitos para a população, né? É uma pena que os grandes figurões do mercado não andem pela mesma estrada.

Livros assim despertam o interesse do leitor quase que de forma automática (quer dizer, pelo menos a minha atenção... haha).

[ Upvote + Resteem | @leodelara ]

Cara, por ser um negócio de impacto social e ter sua origem em Bangladesh ele não tem a visibilidade que merece, li algumas coisas sobre e é fenomenal, melhorou a vida de muita gente que precisava de ajuda e sem um empurrãozinho seria impossível.
O livro "banking to the poor" contact mais a história do microcrédito e do Grameen Bank, ainda não consegui ler, mas o farei em breve!
Obrigado!

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