Carnaval legal é carnaval sem assédio!
Sendo ou não frequentador de bloquinhos de rua, desfiles, festas e afins, com certeza você já presenciou ou ouviu falar de casos horríveis de assédio contra mulheres. Muitos homens sentem-se no direito de invadir nosso corpo e espaço, usando a famosa justificativa, machista e descabida, de que nossas roupas (ou a falta delas) e o consumo de bebidas alcoólicas são os fatores que causam o assédio. Impossível não se revoltar diante de tamanha ignorância e falta de respeito. Temos o direito de nos vestirmos como quisermos e devemos ser respeitadas, independente de nossas roupas. Temos o direito de bebermos o que quisermos e devemos ser respeitadas, independente da quantidade de álcool que for ingerida. Não nos respeitem somente porque somos mulheres, assim como suas mães, irmãs, sobrinhas... nos respeitem porque somos seres humanos e não merecemos ser tratadas como objetos. Ninguém merece.
Cansadas desse cenário, um grupo de 4 amigas resolveu criar, no carnaval de 2017 do Rio de Janeiro, uma campanha chamada “Não é não!”, que tinha como finalidade a distribuição de tatuagens temporárias com os dizeres da campanha. Unindo-se a outras 40 mulheres, elas conseguiram juntar a quantia de 3 mil reais para colocar a ideia em prática. Nesse ano, organizaram uma campanha online e conseguiram 20 mil reais para espalhar as tatuagens “Não é não!” nos corpos de mulheres do Rio de Janeiro e de outras 5 cidades: São Paulo, Belo Horizonte, Olinda, Salvador e Recife.
Acho triste que, em pleno século XXI, campanhas como essas sejam necessárias para conscientização. Todavia, enxergo como uma tentativa válida de protesto e de chamar atenção para o fato de que o carnaval é uma festa de alegria e liberdade, mas isso não deve ser confundido com livre acesso ao corpo alheio. Forçar beijo, passar a mão no cabelo, agarrar pelo braço ou qualquer outra parte do corpo, encostar, enfim... Tudo aquilo que é feito sem a permissão da mulher É ASSÉDIO!
Por fim, peço a você homem que leu esse texto até aqui: conscientize-se! Conscientize seus amigos, irmãos, homens de seu convívio. Assédio e elogio são coisas totalmente distintas. O assédio, diferente do elogio, fere, incomoda, revolta, coibi, intimida e, principalmente, traumatiza. Curtam o carnaval e todos os outros dias do ano respeitando o próximo e respeitando os limites que são impostos pelo outro. Tenho certeza que isso faria do mundo um lugar um pouquinho menos violento e cruel.
Para aqueles que sabem curtir uma farra com amor e respeito, desejo que divirtam-se muito, previnam-se e aproveitem os próximos 4 dias de folia!
Obrigada por ler e até a próxima! :)
Parabéns, seu post foi votado e compartilhado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!
Estava conversando hoje aqui em casa sobre a importância dessa campanha. É bom ver que as pautas feministas vêm ganhando espaço nas manifestações culturais, e é melhor ainda ver homens apoiando a causa e mulheres- de todas as idades e tipos- podendo em paz para curtir o carnaval!
Execelente post @renata.fernandes
Parabéns pelo post! Sempre acreditei que a maioria dos homens não sabem ao certo como se faz para se aproximar de uma mulher, o que (infelizmente) resulta em episódios de assédio e até em estupro.
Muitos culpam o álcool, o evento em si (carnaval, festa, balada) ou até culpam a própria mulher para as suas investidas estúpidas e sem noção. O que a mulher faz o problema é dela, porém o homem tem que entender o seu papel e respeitar da mesma forma.
Somente com respeito iremos fazer um mundo melhor!
Conheço desde o ano passado sobre essa campanha e fico muito feliz de saber que esse ano essa campanha tenha conseguido mais força!
Até poderia falar algo a respeito, mas não acho ser necessário. A voz de uma mulher dizendo chega já diz tudo!
Caramba, nao conhecia sobre esse projeto, que maravilhoso. É uma pena que ainda precisamos repetir o tempo todo que não é não mesmo. Belo post Re!
Belo post, Re! NÃO É NÃO!