O que é Renda Fixa? - Parte 3 – Taxa de Rentabilidade

Toda Renda Fixa possui taxa de rentabilidade contratada. Na Renda Fixa a taxa de juros que incide sobre o montante investido é pré determinada, isto é: a mecânica do pagamento de juros que a instituição em questão promete pagar é definida previamente em contrato e pode ser de 3 tipos:

Pré-Fixada

É o modelo mais simples, uma taxa X é estabelecida antes da aplicação ser efetuada: por exemplo 12%. E é exatamente isto que ela vai render, subtraindo-se a parcela do Imposto de Renda, caso a aplicação não seja isenta de IR.

Embora seja mais simples de calcular, as aplicações pré fixadas são as mais especulativas, pois como não temos como prever o futuro, no final do prazo, poderá ter sido vantajoso ou não dependendo de quanto tiver sido a inflação no período e a variação das taxas de juros.

Pós-Fixada

Nesta modalidade a rentabilidade segue algum índice, por exemplo a taxa Selic, CDI, inflação, ou algum outro indicador específico. Como o índice ao qual a rentabilidade está atrelada varia ao longo do tempo, não é possível saber quanto exatamente será o valor recebido no dia do prazo de vencimento, no entanto o mecanismo do cálculo é pré estabelecido já que segue necessariamente aquele determinado índice.

Mista

Neste caso a rentabilidade é dividida em duas partes: uma parcela é pré-fixada enquanto a outra, é atrelada a um indicador. Por exemplo os títulos do Tesouro IPCA +, que podem oferecer por exemplo IPCA + 5%, etc. Sendo o IPCA o índice oficial de inflação utilizado pelo governo em nosso país.

Esta seria a modalidade de Renda Fixa mais conservadora no sentido de oferecer uma maior proteção contra a inflação, pois o investidor terá uma rentabilidade de X % + o IPCA no dia do vencimento. Sendo o IPCA a parcela pós-fixada nesta equação.

Além disto, no caso do Tesouro Direto, estes são os títulos que normalmente tem os prazos mais longos, e que portanto são os mais vantajosos e que trazem um maior acúmulo de patrimônio, como explicado no artigo anterior, desde que, o investidor não efetue o resgate antes do prazo de vencimento.

Considerações Finais

Como toda Renda Fixa é uma dívida (você se torna credor de alguma instituição) quanto maior for a rentabilidade oferecida, presume-se que o risco também será maior, já que uma instituição mais sólida tem menos necessidade de oferecer taxas de rentabilidade muito altas para conseguir captar recursos.

Prazos mais longos, postergam o pagamento de impostos, e portanto deixam os juros compostos trabalharem mais tempo a favor do investidor, resultando em um maior acumulo de patrimônio. O que significa que na imensa maioria dos casos “a taxa de rentabilidade não ganha do tempo”. Já que taxas mais altas, quase sempre tem prazos mais curtos, que te obrigam, a "girar", pagando impostos e tendo que depois reaplicar o montante novamente.

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Fonte da imagem: Pixbay

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