Sobre o prazer de ver excelentes atuações - Série Counterpart/Contraparte [resenha]

in #pt7 years ago (edited)

Gosto de ler bons livros, mangás, artigos, etc, gosto de ouvir boa música e boas falas, gosto de ver boas séries, boas palestras,bons filmes. E busco sempre analisar o que vejo ou consumo nesse sentido, aprender com quem fala e com o que é falado, com a arte e com o fazer dela, com o texto e com o contexto. E em se tratando de séries e filmes, apesar de as vezes fugir de certas produções do mainstream, com artistas x ou y, diretoras e diretores "excelentes", ou do que se é considerado "clássico" e afins, eu busco sempre boas produções. E nesse sentido, no começo dessa semana encontrei uma série que promete ser excelente. Talvez terão alguns spoilers não intencionais abaixo, então fica o aviso.

Counterpart
Fonte da imagem

O nome da série que encontrei é Counterpart. Em resumo, durante a Guerra Fria, ao fazerem certos experimentos na Alemanha Oriental, alguns cientistas acabaram abrindo uma espécie de portal para uma outra dimensão, em que tudo até aquele momento era praticamente igual ao nosso mundo, porém com essa conexão, o outro mundo( e talvez o nosso), começou a mudar. E passaram-se os anos, até o momento presente da série.

A série tem uma cena inicial muito interessante, que me atraiu bastante, que não vou falar sobre porque não foi o que me deixou mais cativado.Logo em seguida a essa cena, é introduzido o protagonista.

O protagonista(ou os protagonistas da série) se chama Howard Silk. Howard é um homem que ao longo da vida no nosso mundo, trabalhou na organização(que não é nomeada) durante quase 30 anos, mudando de posição, até se encontrar no setor de conexão, que é um setor onde são trocadas informações através de conversas cifradas com as pessoas do outro lado, apesar de não saber disso. Ele procura uma promoção para o setor de estratégia, que é onde essas informações são tratadas e utilizadas segundo dá para se perceber, porém não consegue, segundo o chefe dele, porque aquilo não era pra ele. E vida que segue, Howard vai visitar sua esposa que sofreu um acidente e está em coma, ignora a enfermeira da recepção do andar onde sua esposa está, dialoga com o irmão dela, começa o outro dia jogando Go, etc.

Pensei que o primeiro episódio seria quase todo assim, mas logo em seguida Howard tem sua entrada no prédio barrada e é levado para um subsolo, onde é interrogado por Aldrich, uma espécie de diretor de segurança da organização, assustado Howard pensa que foi chamado lá por ter feito uma interação inocente e não planejada com um dos funcionários da Conexão, porém, a coisa é bem mais chocante. Howard descobre que na realidade ele foi chamado para encontrar Howard, ou seja, o outro dele, da outra dimensão, que avisa que há uma conspiração em processo que envolve o assassinato de muitas pessoas do nosso lado, e que precisa da colaboração do Howard do nosso lado.

E é aí que está a beleza da coisa. Como devem ter deduzido ao ver o cartaz da série, quem interpreta Howard é J.K. Simons, o infame J. Jonah Jameson dos primeiros filmes do Homem Aranha, o carrasco Fletcher do tenso filme Whiplash. Um ator que eu considero bom. E por causa dessa série tem o potencial de ser considerado ótimo! A diferença na postura, no olhar, na voz, no modo de se vestir, é uma primazia da atuação. Já vi contextos parecidos como no bom filme Onde Está Segunda, onde Noomi Rappace interpreta 7 irmãs, porém não sei se é por causa da atuação, do CGI, etc., a interação entre as irmãs parece forçada e artificial, o que atrapalha um pouco a aceitação da ideia e a apreciação do filme, que poderia ser ótimo. Porém isso não acontece nesse primeiro episódio de Counterpart. A atuação é uma aula!

Simplesmente é fácil de aceitar que existem 2 Howards, que são pessoas diferentes, de mundo diferentes, com intenções, hábitos, etc., diferentes, de uma forma tão real que você acredita em ambos, tanto que só no final é possível ver que o Howard do outro mundo estava mentindo( e ele mente bastante) ao dizer que não gostava de música, quando aprecia a música The Dark End of the Street de James Carr(uma outra descoberta excelente para mim, sobre a qual pretendo falar).

Enfim, muita coisa acontece nesse primeiro episódio, coisas que me deixaram ansiosos para ver os próximos, e portanto não vou me estender muito, até para não dar mais spoiler. Espero que a série seja boa e tenha um bom desenvolvimento, com outras temporadas e com final digno. Recomendo a quem quer acompanhar uma nova série, que dê uma chance, e caso assista, comente aqui o que achou.

Caso tenha gostado desse texto, dê um upvote, dê um resteem, se tiver alguma dúvida, crítica ou sugestão, comente abaixo, estamos aqui para aprender!!

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Me fez lembrar um pouco a história de série Fringe @paulo.sar. Valeu pela dica!

Opa, de nada!! E realmente, lembra bastante Fringe!! E grato pela leitura!!!

Opa, recomendo muito!! E grato pela leitura!!!

Parabéns, seu post foi votado e compartilhado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!

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Fiquei com vontade assistir! Muito bom amigão!

Opa, recomendo muito!! Grato pela leitura!!!

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