ninguém lhe disse.
ninguém lhe disse que não podia andar descalça.
ninguém lhe disse que não podia deitar-se no meio da rua.
ninguém lhe disse que não podia dar um grito no metro.
ninguém lhe disse que não ia gostar de peixe cozido.
ninguém lhe disse que podia dizer palavrões quando se queima no fogão.
ninguém lhe disse que ia ter cócegas no pescoço.
ninguém lhe disse tudo.
tudo porque alguém, (desde a sua tenra idade), lhe repetiu ao ouvido: sê livre!
e ela foi.
para sempre: ninguém e livre.
e foi alguém como ninguém.
Texto e imagem by @osazuisdela
Adorei a autênticidade e o ritmo presente em cada verso! Muitos parabéns! 😊
Muito obrigada :) Saudações
Como sempre belas palavras :)
Obrigada :)