Gonzaguinha e seu jeito de amar

Gonzaguinha (1945 - 1991) é um dos grandes ícones da música brasileira.

Nascido no Morro de São Carlos, favela localizada no bairro do Estácio - Zona Norte do Rio de Janeiro, e filho Rei do Baião Luiz Gonzaga (1912 - 1989) e Odaleia Guedes dos Santos, cantora e dançarina.

Certamente aprendeu música desde a barriga, mas logo quando criança perdeu a mãe, falecida por tuberculose, e devido ao Gonzagão viver fazendo show, enviou o garoto para ser criado pelos padrinhos.

Na adolescência Gonzaguinha, que aprendeu tocar violão com padrinho, foi para casa do pai de mala e cuia para estudar (fez economia na PUC). Teve uma relação apaixonada com o pai, que moveu sua vida, e ainda teve muitas de suas músicas gravadas pelo Rei do Baião, considerado um dos personagens mais completos da música popular brasileira.

Fez essa apresentação para rede Globo com as músicas: Explode Coração, Simples Saudade, Sangrando, Amanhã ou Depois, Achados e Perdidos, Pequena Memória para um Tempo sem Memória.

Importante artista, foi grande crítico da ditadura militar, submetido ao DOPS, teve das 72 canções mostradas , 54 censuradas. Viveu o medo constante de ser considerado um terrorista; ser preso, sumir, ou ter que sair do Brasil.

Era um poeta de talento singular, de perda precoce para sua família e para cultura brasileira, faleceu aos 45 anos em um acidente automobilístico.

Seus versos são cheios de paixão, ouve-se e sente-se o jeito dele de amar.

Você deve notar que não tem mais tutu
e dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
e dizer que está recompensado
Você deve estampar sempre um ar de alegria
e dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
e esquecer que está desempregado

• Comportamento Geral - Gonzaguinha