Auto-Eros-Tismo: Para além do príncipio do narcisismo de Freud, ou o autismo de Bleuler...
Para algumas pessoas, escrever ajuda organizar o a dimensão do Imaginário localizada na estrutura do pensamento. Ajuda encontrar significados para significantes angustiantes que a consciência não quer deixar encontrar.
A resistência se impõe, mas com esforço, as livres associações nos levam ao caminho, e com apoio encontramos uma direção. Uma direção que não é fácil, é difícil, mas é preciso suportar, é preciso seguir em frente. Se o Real por si faz barreira, ele se encontra despedaçado no tempo pós moderno do Imaginário, da imagem, da imaginação.
Fonte: Pixabay
Reflexão
Podemos procurar culpados, julgar pela nossa moral é simples, rápido e satisfatório. Também podemos colocar a culpa em vídeo games, nos pais, no país, na política, na escola, ou qualquer outro alvo que satisfaça nossa mente.
Mas não muda o que está anunciado em todas as escolas de saúde mental pelo mundo, vivemos uma pandemia de sofrimento mental.
O que fazer? Como abordar? Como intervir? Há como intervir? Quais maiores fatores de risco? Quais dados mais fidedignos? Há tempo para pesquisar?estrutura? Investimento satisfatório? Existem formas de prevenção? O que aconteceu?
Será que tem alguma medicação que irá dar conta do caos social que vivemos? A pílula da cura?
São muitas questões. Muitos caminhos a buscar compreender, a trabalhar, a pesquisar, a estudar e utilizar do conhecimento que dispomos nas diferentes áreas do saber.
Porém quem fará isso? Os planos de saúde? A indústria farmacêutica? A ciência dos números isolada do social?
Também nāo tenho respostas. Contudo, uma resposta posso lhes dar: o SUS é um instrumento, ou ao menos seria, se a saúde fosse compreendida como um ideal coletivo, uma ferramenta social, como agente de mudança, como investimento, como um bem público. Nada contra o bem privado, podem coexistir bem públicos e bem privados.
Compre essa ideia de um futuro para nossa sociedade, invista em proteger os direitos de acesso público e universal a saúde para todos, invista em pesquisas, em dados com contexto humano real, invista no ideal do SUS e nas instituições de ensino públicas. É investir no ideal civilizatório.
Uma rede que deveria ser descentralizada, territorializada, e de amplo acesso. E que estava caminhando nesse sentido aos trancos e barrancos. Até ser considerada um custo, diminuem o investimento agora, para aumentar o custo no curto, médio e longo prazo futuro. Custo em saúde, custo em segurança, custo financeiro. Claro, custo na perspectiva social. Na comercial é lucro, muito lucro, para lá dos bilhões.
Retorna a época da quantidade, não da qualidade. O maestro é o jogo especulativo, a guerra dos câmbios, as proteções do mercado futuro e de opções como seguros, um mercado de muitas oportunidades, para poucos.
Talvez alguns fatores desse caos é ter como prioridade uma justiça extremamente positiva e a "profissão" política, e não saúde e educação. Joga-se a polícia em uma zona de guerra com a própria população, perpetuando essa zona, que não tem vitoriosos. Na guerra de insurgência só sobra a cultura de violência, dor e morte.
Ainda temos a submissão das mais diversas instituições públicas ao jogo político.
Voltando a economia, não consigo entender como que investir em improdutividade humana, na lógica do mercado, é um bom investimento. Talvez seja na lógica da inteligência artificial que não utiliza animais biológicos humanos, ainda tem muito por vir dessa tecnologia, e será que vai se restringir a servir a quais ideais?
No tempo das tecnologias esquecemos que somos iguais, mas todos temos conhecimentos diferentes, que deveriam se somar. E acontece o contrário, só nos afastam. Um saber coletivo é colaborativo, como foi construída a internet, esse tecido de informações que nos conecta de ponta a ponta, e aqui nesse hipertexto em projeções prazerosas de pixels.
Pelo que vivencio, mesmo em vigência desse quadro alarmante, anunciado há anos e anos. A coesão social não vem sendo uma preocupação da sociedade, nem do Estado, tampouco das empresas.
Não vem sendo uma preocupação de muitos seres humanos que formam o coletivo que vivemos. E todos, todos nós pagamos as contas, nos mais diversos impostos que pagamos, para um teatro político ineficaz e cruel.
Aquém da preocupação das contas, das má condições de trabalho, do acúmulo de funções, da incompreensão das doenças mentais, da falta de oportunidades, de empatia e altruísmo.
A preocupação é com armas, com os excessos de conforto e prazer. Em busca resoluções rápidas, simplistas e imediatistas. Todo mundo tem a resposta de tudo, mesmo sem saber qual é a pergunta que temos que fazer.
Não são só os partidos, a maioria das representações políticas ao longo dos anos não conversam com as áreas técnicas, e as áreas técnicas também não conversam entre si. E nós(que representávamos um suposto saber, já nem muito suposto na atualidade), não conseguimos conversar com a sociedade, esquecemos que a internet está dada, e que os gadgets estão em todos os lugares, e ainda não sabemos utilizá-los como aliados.
O(s) culpado(s)?
Em minha humilde opinião, somos todos nós.
Mesmo que isso também não mude nada.
Texto autoral original: Facebook
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