#2 - Reflexão no Steemit - O que é comunidade?

Boa tarde pessoal!

Retorno hoje as reflexões sobre o Steem, e irei perpassar reflexões sobre sociedade, economia, blockchain e ativos digitais.

Fonte: Pixabay - Imagem ilustrativa.

No último post, enfatizei a questão da importância da comunidade no Steemit.

E me veio hoje, o que seria comunidade?

Para cada pessoa, alguns conceitos serão interpretados de uma forma, e para outros de outras formas.

Somos todos indivíduos, diferentes, com formações pessoais e acadêmicas diferentes, compartilhamos a humanidade em comum, e com ela a inteligência e linguagem.

Como somos diferentes, temos conceitos diferentes de comunidade, e nenhum estará errado, talvez até empírico, mas opinião é pessoal, e não cabe valoração, e sim argumentação.

É a base de uma relação humana, o diálogo, o que nos comunica, e o que constrói.

Como somos seres evoluídos em relação aos humanos do passado, não quer dizer que somos tão inteligentes quanto, já que somos resultados dessa construção, não protagonistas.

Assim, para sair do espectro da opinião, nas áreas acadêmicas, é obrigatório haver uma referência bibliográfica, e quanto mais referenciado é o autor, maior o valor de sua obra.

Esse valor não é comercial, na verdade, a maioria dos acadêmicos, o valor comercial pouco importa, não é a base do consumo sua perspectiva, é ser reconhecido pela sua sabedoria, e construir alicerces para o futuro.

Isso não é exclusividade do meio acadêmico, no mundo do virtual, temos exemplos claros, com Bill Gates, ou até Steve Jobs, que mesmo frequentando os centros acadêmicos, não era um acadêmico, e são inegáveis suas cinteubuicoes, dente muitos outros.

A grande questão é que são pessoas sempre a frente do seu tempo, e que intervem no meio que vivem, qualquer indivíduo, sendo gênio, acadêmico, ou qualquer um com experiencia de vida, ou de tudo um pouco, que visa construir um meio melhor que o atual.

Então para elaborar o futuro, fazer minha contribuição, procurei o caminho acadêmico.

Como eu não sou um gênio, quem me dera, tenho que ler 10 vezes um texto para acreditar que entendi, acreditar porque não é maioria das vezes que entendo o que o autor quer passar, e muitas vezes em discussões com orientadores, vejo que entender não é o bastante, é preciso interpretar o saber, contextualizá-lo ao tempo atual.

Ou nos prendemos no saber do passado.

E o que comunidade tem com isso?

Para que caminhemos fora da opinião empírica, pretendo trazer esse conceito, com base acadêmica, para que possamos discutir, e quem quiser trazer suas referências, será muito bem vindo,construir com pensamentos diferentes, ou parecidos, sempre é elaborar mais.

Cada pessoa tem sua formação pessoal, tem seus valores morais, sua personalidade, suas referências de sabedoria, seja seus familiares, sua fé, acadêmica ou qualquer outra.

E o ser humano, é um ser dependente, desde o nascimento, característica animal dos mamíferos, e principalmente dos humanos. Quando nascemos, temos que ficar protegidos, ou temos grandes chances de morrer.

Nos alimentamos de outro ser, recebemos acalento, proteção.

Já nascemos sabendo que nao somos constituídos para viver em isolamento.

As pessoas diferentes, se reúnem em objetivos em comum, seja alimentação, proteção, reivindicação, afeto, solicitação, e qualquer elã que nos ligue em outros humanos.

Assim os seres humanos começaram a se constituir em grupos, comunidades, civilizações, e que perpassam milhares de anos para a organização social que temos hoje.

É um marco importante, no pensamento humano esquecemos com facilidade, pois nosso consciente só armazena o que foi apresentado a nossa realidade, e olhe lá, mesmo assim hoje podemos pensar e expressar nosso pensamento mesmo se for diferente, não foi sempre assim, e não é ainda em muitos lugares do mundo, ainda há muitas sociedades que não podem.

E chegaremos ao conceito de sociedade.

Para isso precisamos primeiro entender a nossa identidade. E um conceito interessante é o do Berger & Luckmann, 1985, p.230, onde identidade é:

“um fenômeno que deriva da dialética entre um indivíduo e a sociedade” Berger & Luckmann, 1985, p.230

A formação da identidade está na ordem da dialética, da linguagem, das palavras, da fala, dou ouvir, do pensar.

Em um processo dinâmico, a todo tempo a pessoa faz a sua identidade, se relacionando com seu meio, e meio retornando em relação com sua identidade, em um processo contínuo, onde o indivíduo, é construído e constrói o meio social que vive e interage.

O que também pode não ser realizado, em personagens onde indivíduo se satisfaz com o meio social que vive, se reduzindo a seu personagem, e suas concepções próprias sobre o meio, do qual não participa, por uma falsa crença de que não se poder mudar o meio.

Também tem-se personagens, que não participam, mas se representam em personagens atuantes, como se fossem sua própria identidade - “o outro outro que também sou eu” (Ciampa, 2001, p.181).

A busca da identidade é importante, para buscar a vivência individual, do que o personagem acredita tornar-se a ser o que acredita no seu direito de ter a vida e sua experiência vivenciada.

Então há milhares de anos, indivíduos viviam em grupos, com regras, normas, dogmas em comum.

Retornando ao conceito de comunidade.

Primeiro busquei a etimologia no site Origem da palavra:

Comunidade vem do Latim COMMUNITAS, “comunidade, companheirismo”, de COMMUNIS, “comum, geral, compartilhado por muitos, público”.

Também tem-se as vertentes Ecológicas e Sociológicas de comunidade.

E caminharemos nessa perspectiva, pela via da sociologia, até a comunidade virtual.

E podemos talvez ver, nao sei, se isso tem alguma coisa a ver com o steemit, e a nova tecnologia blockchain.

Para não estender demais, ficar massante, continuaremos nos próximos posts!

E para vocês o que seria uma comunidade? lembro que opinião é individual, e não terá nenhuma errada!

Obrigado pela leitura!

Bibliografia consultada:

• Relações entre autogestão e cidadania: O papel da participação cooperativa na construção da identidade de cidadão. - Fernando Petersen, Thiago Galdino de Souza e Andréia de Araripe Lopes - Scielo
• Processos organizativos, comunidades e práticas sociais - Scielo - Aécio Gomes de Matos
• Cidadania interativa, comunidade e sociedade: uma análise com prelúdio e três atos - Hermílio Santos - Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 23 • abril 2004 • quadrimestral

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