[Diário de Bordo]: Fatos em Minha Vida, Explicações, Aprendizados e Agradecimentos a Pessoas Especiais

O que mais me deixa feliz é quando volto a publicar no Steemit e percebo o valor que cada um deposita em mim, o carinho que cada amigo me proporciona, da forma que todos os que considero, sabem entregar sem nada pedir em troca. Isso tem povoado fortemente meu eu mais profundo já há alguns meses, ou seja, o fato de encontrar amor nos ambientes menos prováveis e, com isso, repensar minha vida inteira.

Creio que já devem ter percebido, mas minhas publicações andam um tanto quanto tristes e melancólicas e, novamente, do início de dezembro até o primeiro dia deste ano, eu sumi do Steemit, ou publiquei muito pouco. No fundo, não tinha ideias para colocar em um blog, não tinha forças para vir até aqui e apresentar alguma coisa que tivesse, pelo menos, algum valor para alguém, ou para mim mesmo. Passeava pela internet, via notícias que justificavam uma publicação, mas não me animava a vir até aqui.

Como pode ser assim? Simplesmente porque assim é a vida! Todos passam por altos e baixos, todos passam por alegrias e tristezas, vivenciamos felicidades, experimentamos dissabores, porém seguimos em frente. Assim, enxergo esse caminho aqui na Terraa e cada um tem seu tempo de cura interna para poder, em um futuro distante ou não, recolher os cacos, remendar o que é possível, esquecer o necessário, processar o que é devido, e aprender com o resultado. Não existe uma fórmula, e cada um tem o seu próprio jeito de lidar com os acontecimentos de suas próprias vidas.

Desde o momento em que publiquei sobre minha saúde, e como o processo desenrolou-se, algo já estava muito diferente em meu mundo emocional. Percebia traços de afastamento, uma falta de preocupação, uma distância que não compreendia muito bem. Conhecendo-me bem, não fui atrás de informações, pois penso que todos têm o direito de fazer o que querem, dentro dos limites do respeito e do amor universal que deve nos unir como "irmãos" ou, para os menos religiosos, como "seres humanos" em comunhão com uma vida correta.

Ao final de novembro, fiz de tudo para encontrar as forças necessárias e combater a tristeza que me consumia, pois o fato que mais temia já havia se realizado e, com relação a isso, nada mais poderia ser feito, mesmo que eu quisesse. Enfim, somos humanos, somos todos falhos e, ao mesmo tempo, perfeitos. É exatamente este dualismo que nos faz crescer e, a partir deste pensamento, voltei ao Steemit e publiquei alguma coisa. Até consegui esconder meus sentimentos, e eu sou péssimo nisso. Quem me conhece pessoalmente sabe que meus olhos já dizem tudo e, aqui, não poderia ter sido diferente.

Com o final do ano, e quando o coração não responde bem a alguns fatos da vida, tudo parece tomar proporções enormes; tudo parece doer mais. Mas foi exatamente neste momento em que as forças retornaram. Olhei para trás, percebi quem eu sou, com todas as minhas falhas e perfeições, com todas as minhas aspirações e planos, com tudo o que a vida que recebi do Alto pede de mim: ser um homem respeitador, firme e que trabalhe dentro das Leis do estudo, serviço e meditação (AUM-BAN-DAN).

Ontem, e eu estava esperando por este dia, foi o baque final. A pedra foi colocada sobre a areia, enterrando o que deve permanecer no fundo da terra, deixando transparecer a lucidez do sol que nos aquece todos os dias, lembrando-nos de que há esperança a cada dia, a cada despertar, ou seja, a cada vez que abrimos os olhos para saborear a VIDA. Fazer dessa vida algo com significado não somente para mim, mas para os outros que estão ao lado. Ou seja, continuar o trabalho, permanecer na senda da espiritualidade, da qual eu nunca saí, e reagir em prol de qualquer um que se aproxime, guardando as dores no bolso e sabendo entender a dor do próximo. Eis a cura!

E o que temos a ver com isso, @manandezo? A dor é sua, não nossa! Verdade, a dor é só minha e vocês têm uma parte grande nesta cura. Desde que entrei no Steemit, e isso ocorreu no dia 23 de fevereiro de 2017, eu não sabia bem o que fazer. Fiquei literalmente perdido e corri atrás das informações para publicar qualquer coisa. E, quando digo "qualquer coisa" era "qualquer coisa MESMO". Com o passar o tempo, veio o Discord, depois uma amizade aqui, outra ali, e fui singrando esse mar bem estranho para mim. Para minha surpresa, começamos a nos unir com a língua portuguesa, começamos a fazer pontes, ligações, conexões, amizades mais profundas e eu entendi que havia algo mais profundo do que alguns dólares no bolso (e eu nunca fiz qualquer retirada).

De alguns meses para cá, não sei bem, uns seis meses acho eu, percebi o colorido das pessoas que tanto queria perceber. São muitos, eu sei, mas há aqueles que mexem conosco de uma maneira que não sabemos explicar, apenas sentimos. Cada um dessas queridas almas me fizeram um bem danado, sem que elas soubessem disso e nada mais justo dizer a elas o quão importante elas são para mim. Ei-las com o que penso delas:

@cleateles, amorosa e preocupada, nunca senti alguém com tanto amor como você;
@jsantana, analítico e precavido, preciso mais disso em minha vida;
@wagnertamanaha, japonês (não preciso dizer mais nada e eu sei bem o que é viver com um por anos);
@ginga, carinho e doçura, chega a ser concreto os beijos que você manda em seus comentários;
@casagrande, seriedade e espontaneidade, vejo um menino cheio de responsabilidades em você;
@anacristinasilva, sincera e sensível, gosto da sua simplicidade com relação à vida;
@lordemau, conterrâneo, nossas famílias moram no mesmo bairro (Ilha do Governador) no Rio de Janeiro, só não sei se nos conhecemos quando criança;
@lpessin, perseverança, e temos de ter mesmo;
@marcelli, alegria e uma pitada de loucura, e todos nós temos de ter um pouco;
@thomashblum, doçura e sinceridade com amor, sim, eu te vejo dessa forma.

Enfim, acho que os outros não vão mais votar em mim! (Já estou preparando um veneninho para tomar e acabar logo com isso, caso tal ocorra!) Enfim, não se sintam excluídos, eu apenas coloquei o que penso, e acho que todos nós temos afinidades com outros. Essas são as minhas e, no futuro, haverá mais. Estou certo disso!

Muito obrigado por fazerem parte de minha vida, eu penso em vocês todos os dias, e quando eu digo "todos os dias", é verdade. Acho que é um dos meus medicamentos diários: enviar, mentalmente, um carinho a vocês.

Abaixo, minha nova família. Eles me entregam todos os dias um amor que nunca termina e isso me deixa feliz a cada instante em que chegam perto de mim pedindo carinho. É puro amor inmotivado!