A tal da afinidade e nada mais

O universo girando e nos dando ou tirando o que temos. Esses dias pensei bastante a respeito de se conectar com as pessoas. Refleti todos os relacionamentos que criei na minha vida, como e por qual motivo começaram. A resposta é simples: afinidade.

Afinidade. Etimologia (origem da palavra afinidade): do latim affinitate, "vizinhança".
Relação de conformidade, de aproximação com; simpatia: afinidade de gostos; afinidade entre a música e a poesia. Parentesco que se contrai, pelo matrimônio, com a família do cônjuge: cunhado é parente por afinidade. [Química] Tendência dos corpos a se combinarem: o carbono tem afinidade pelo oxigênio. Modo muito parecido de pensar; ação de possuir os mesmos gostos, vontades e interesses que outra pessoa: essa amizade é pura afinidade!

Somos muito passionais e subjetivos em todas as nossas escolhas. E nem sempre conseguimos responder com clareza porque não gostamos de algo ou alguém. Cada um pode ter uma resposta ou um modo de avaliar. No fim, tudo gira em torno da afinidade.

Ela nem sempre precisa vir antecedida de alguma aproximação mais aprofunda. Às vezes, basta um olhar para o veredito: gosto ou não gosto. Podemos nos enganar ou mudar de ideia, mas a primeira impressão é difícil de transformar. Não vou dizer impossível, porque já vi muito ódio se transformar em amizade depois de um tempo. Até porque olhar para alguém e já saber se gosta ou não, acho bem exagerado. É aquela história “quem vê cara, não vê coração.”

De qualquer forma, somos guiados pelas nossas preferências. Só acho importante tomar cuidados com os favoritismos ou pior nepotismo. Vejo muito isso em ambiente de trabalho, alguns sendo privilegiados porque são legais em detrimento de quem realmente é profissional e competente.

As afinidades excedem qualquer entendimento racional para alguns. Me lembro na época das eleições que muitas amizades foram desfeitas por conta de posicionamentos contrários. Esse estágio, já considero intolerância ou imaturidade.

Até mesmo os talentos/gênios/revolucionários não escapam da “lei da afinidade”. De repente, uma dessas pessoas que ajudaram a mudar o mundo por meio de um grande feito consegue despertar a aversão de alguém. Pode ser que seja em um sentido pessoal. Ou não. Vai entender!

É compreensível isso na vida real, mas e no mundo virtual?

Resumidamente, as redes sociais são muito peculiares na vida de uma pessoa. Independentemente, se revelam a verdade ou não, elas conseguem na maioria das vezes, nos conectar com o que nos agrada. Analisamos conscientemente e inconscientemente as fotos e assuntos abordados para tomar a decisão de seguir ou não.

E essa afinidade criada nem sempre é recíproca, afinal nem todos que seguimos são os nossos seguidores. Isso é normal se tratando de uma celebridade ou influenciador, mas é uma pessoa “gente como a gente?”. Para mim, essa parte é a mais louca.

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