Passei a maior parte da minha vida (adolescência e início da vida adulta) acreditando que nunca teria um relacionamento sério como via muitas pessoas tendo. Hoje, com 32 anos, estou em um relacionamento sério há quase três anos. Todos aqueles medos e inseguranças se transformaram em outros sentimentos. Aprendemos? Sem dúvida. Amadurecemos? Com certeza. Mas isso não impede que continuemos com dúvidas, medos e inseguranças. Contudo, hoje eles são outros. Um amalgama de sentimentos. Todos misturados e em constante conflito e harmonia, simultaneamente. A vezes me sinto completamente afogado e imerso em um espaço, como se não tivesse o que fazer para poder respirar.
Como se eu estivesse completamente sufocado e qualquer movimento que tentasse fazer resultasse em piorar a situação ainda mais. Prejudicando mais e mais a possibilidade de sair dessa situação com vida.

Por mais cliche que isso pareça ser, a verdade que eu percebi, é que meu relacionamento é como uma delicada flor, que que com o menor assopro pode se desfazer no ar. Mas isso não significa que o sentimento é fraco. Porque a fraqueza que para uns parece evidente, para outros significa uma incrível força e resistência. Como a flor dente de leão em que suas sementes, quando voam, significam a continuação da espécie.

E é exatamente assim que eu vejo o dia-a-dia de meu relacionamento hoje. Por isso acredito que por vezes somos muitos exigentes com nossos companheiros ou companheiras, ou com nós mesmos. Sem perceber que mesmo estando em um relacionamento podemos nos sentir muito sozinho. Até porque a solidão nem sempre tem haver com estar ou não em companhia de outras pessoas.
Decidi compartilhar isso com vocês, justamente porque a cada dia de alegria ou triste que tenho em meu relacionamento, percebo que foi mais um dia de aprendizado. Este aprendizado não terá fim, creio eu, por mais que conheçamos tão bem àquele(a) que está ao nosso lado, sempre corremos o risco de causar mágoas. Ainda que involuntariamente.

Com isso, quero acreditar que nosso principal exercício diário e olhar para nosso relacionamento (e para a vida de modo geral) e sempre encontrar o como meio cheio e meio vazio. Sim, os dois. Meio cheio para observar as alegrias e momentos felizes que temos sempre que focamos no lado bom das coisas. E meio vazio, ao percebermos o quanto ainda teremos de momentos de alegria nessa vida. Não desistir jamais das coisas com facilidade. Buscar encontrar as alegrias. Isso não significa tornar-se cego para as dificuldades que existem no mundo. Mas sim procurar atravessa-las sempre com a cabeça erguida e um sorriso no rosto. Contribuindo, desta forma, para a melhora do dia dos que nos rodeiam.