O homem nasce livre. Eu nasci e fui livre, mesmo que por poucos minutos. Após eu nascer, fui obrigado a ter (contra a minha vontade) um documento estatal, chamado: "registro de nascimento". Nele constam, além do nome da minha mãe e do meu pai, a região geográfica onde nasci e a essa região geográfica a partir de agora eu devia obediência as suas leis, mesmo eu não tendo assinado ou concordado com os seus termos.

A partir desse momento, a minha liberdade acabou.

Além de ser obediente aos meus pais, eu deveria respeito e obediência a essa instituição, caso contrário, eu seria sequestrado pelos seus agentes fortemente armados e ficaria isolado da sociedade por anos. A esse sequestro eles chamam de prisão.

Eu agora teria que seguir as suas milhares de leis, escritas por homens que não tem muitas vezes retidão moral ou ética alguma para determinar o que é certo ou errado para outros homens. Eles colocam um fardo pesado nos outros, que nem eles mesmos são capazes de carregar.

Mediante esse contrato que eu não assinei, também deveria ser obrigado a pagar sempre a eles uma grande parte do ganho do meu trabalho, mediante ameaça de ser preso ou ter os meus bens confiscados (roubados) por eles. A essa pequena parte do meu salário ou a essa taxa, eles chamam imposto.

É com o imposto que eles podem aumentar os seus domínios com contratação de mais agentes armados, prédios e escritórios de controle, bem como burocratas que irão garantir o domínio cada vez mais forte e presente dessa instituição na vida de indivíduos que como eu, não assinaram contrato algum que concedesse liberdade para eles assim agirem conosco.

A nossa liberdade acabou no nascimento. Poucas são as pessoas que param para refletir sobre tudo o que citei nessa pequena história. Vivemos presos sob o domínio de uma instituição que é ilegítima em nossa sociedade e que não escolhemos de forma alguma sermos submissos.

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