Correndo o risco de lançar acha na fogueira aqui, talvez haja um fundo de reflexão nessa acusação. Não são os jogos que fazem assassinos, mas a sociedade que criámos, em que a mente humana se desassocia da realidade através dos jogos, dos filmes e séries de tv, etc, cria uma "realidade paralela" em que a violência e a morte são cada vez mais algo que deixou de ser raro e extraordinário... a questão é que é demasiado mergulho nessa realidade paralela sem o devido controle e até acredito que contribua significativamente para que aumente a criminalidade.
Há uma diferença entre um joguinho, em que se ganham batalhas através de auto-superação, aptidões pessoais e estratégia, por ex, e adolescentes que passam demasiadas horas imersos em actividades cujo único propósito é aniquilar vidas indiscriminadamente e destruir o máximo possível. O problema, está claro, é o discernimento. Mas não há limites nem rastreio relativamente ao discernimento dos utilizadores.
O mesmo se passa com as armas. Há coisa mais banal que ver um ser humano rebentar a cabeça de outro? - está na TV a toda a hora!
Uma criança já cresce achando isso uma coisa "normal, trivial"... o que se espera quando for confrontada com tal situação em cenário real? será que vai colocar todas as reticências cuidados e obstáculos que devia?
Penso que este tema é sensível demais para se resumir a opinião de sim/não...
Estou convicta de que merece ser muito e bem discutido, vezes sem conta até despertar a consciência o suficiente para estarmos vigilantes aos perigos reais que andam a reboque desta realidade.
Não deixa de ser uma forma de"programação cerebral" de massas.
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