Infectados para a Invasão Alienígena
Hoje, sabemos que, na conquista de novos mundos, os alienígenas simplesmente usam a tática de “infectar para invasão”. Eles usam uma espécie de microrganismo (nanomecanismo) para infectarem os habitantes do planeta. Então, sem precisar de guerra ou invasões, eles apenas ativam os nanoorganismos quando já infectaram todos seres inteligentes. Assim, eles limpam o planeta e podem invadir sem terem que sujar as mãos.
Em alguns sistemas ricos em recursos, mas ainda fora das rotas da colonização, para não deixarem os valiosos planetas à merce de outras potências alienígenas, eles podem implantar nos planetas ou em outros corpos celestes um ente percursor de um sistema de defesa automático. Este ente percursor cria máquinas auto-replicantes de guerra capazes de repelir quaisquer outros seres que se aproximarem do planeta, ou mesmo do sistema solar. Assim, o planeta permanece intacto até que possam incorporá-lo à colônia.
No sistema de proteção citado, após utilizarem os recursos de asteroides, cometas, anéis de planetas e até mesmo luas inteiras, as máquinas auto-replicantes formam um exército sentinela pronta para repelir quaisquer invasores.
Mas, tudo isso é apenas uma metáfora para a forma como este processo se dá, pois o campo em que atuam essas tecnologias está além da nossa capacidade de compreensão atual. A guerra entre os seres de avançadas civilizações intergaláticas não envolve frotas de naves, lasers ou mesmo energia e matéria. As sentinelas do mencionado sistema de autodefesa ficam, na verdade, entrincheiradas na própria estrutura da realidade. Utilizam-se de recursos subjacentes a essa estrutura, afetando profundamente a realidade material.
Em alguns sistemas, como no nosso, os conquistadores podem utilizar um método misto. Neste método as máquinas auto-replicantes não utilizam apenas a matéria e energia do local, elas utilizam como recurso a própria inteligência e consciência dos seres inteligentes. Neste método, as criaturas inteligentes do planeta são infectados não somente para serem eliminadas em massa antes da colonização, mas também para serem parte da matéria-prima das sentinelas que guardarão o planeta contra outros invasores.
Sendo a consciência um dos ingredientes da estrutura da realidade, e estando ela afetada por entidades implantadas pelos alienígenas, compreende-se, então, por que a visão da realidade – especialmente a predominância do vazio e distâncias abissais entre os mundos – é apenas construção dessas entidades. Vemos o espaço a partir de robustas estruturas construídas no tecido da realidade. Vemos a realidade à partir de trincheiras e barricadas onde um exército sem alma está pronto para detectar a aproximação e repelir quaisquer visitantes (exceto se estes visitantes forem os criadores do sistema, pois estes chegarão e, simplesmente, deligarão o sistema de defesa automático, quando for a hora).
Então, o que está por vir pode ser um exército invasor que se considere páreo para destruir as defesas inteligentes que protegem nosso sistema solar, ou os próprios criadores destas defesas. Poderá, assim, ocorrer uma guerra na qual nós, humanos, seremos parte dos exércitos e do campo de batalha ao mesmo tempo, ou ocorrerá um súbito desligar de toda a nossa existência.
Enfim, será sorte se aparecer alienígenas que ousem tentar invadir este mundo já reivindicado e cercado por outros, pois assim teremos uma sobrevida numa épica guerra dos mundos. Guerra na qual entraremos como arma, corpo e alma.
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