#Filosofando - As preocupações últimas da Existência Humana

Como primeira contribuição ao projeto #Filosofando, iniciarei uma série falando das Preocupações Últimas, bem características da existência do ser humano.

Será em 4 posts que trabalharei questões como: Morte, Isolamento, Significado de Vida e Liberdade. Irvin Yalom os cita e discute em seu livro Os desafios da Terapia (2002). Para ele, essas preocupações passam longe do imaginário do homem no cotidiano, sem ter um momento consigo mesmo para pensar nessas questões inerentes à existência, por isso consideradas como últimas.

Um momento como esse só acontece na hora em que se lembra de que pode ir à psicoterapia trabalhar essas questões que podem causar uma dor iminente. Muitas das preocupações que trarei apareceram, todo o tempo de trabalho, na clínica onde faço estágio.

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Como são muito ignoradas no dia a dia convencional, muitos a deixam de lado e vão fazer suas tarefas habituais e sem maiores preocupações. Mas e quando chega aquele momento aflitivo, aquele momento delicado que coloca em risco a totalidade do indivíduo? Uma determinada situação que possa acontecer com ele ou alguém bem próximo, como a morte por exemplo. Sem se dar conta, o fantasma da morte bate à porta na hora mais inesperada. O indivíduo acaba perdendo o rumo de si e do espaço em que se localiza.

Está certo que isso pode trazer muita angústia, mas quando se tem consciência de que nem tudo na vida é eterno, tudo e todos vamos embora a algum lugar um dia, e que podemos nos preparar da melhor maneira para isso, a angústia pode ser amenizada. Ter medo do que faz o ser humano se sentir amedrontado não ajuda em nada a viver de maneira plena a vida.

Perde-se noites de sono, a concentração no trabalho e nos estudos, enfim, perdemos nós mesmos junto com o tempo, que é muito difícil de recuperar. Yalom se lembra da conclusão uníssona de muitos pensadores de que aprender a viver bem é aprender a morrer bem.

É preciso saber viver, como diriam os Titãs, para não ter que gravar posteriormente um Epitáfio chorando o leite que não se derramou, com as coisas que deviam ter sido feitas. A vida deve ser vivida da melhor maneira, sem necessidade de encher a cabeça com coisas pesadas, para podermos viver cada segundo mais conscientes de nossa finalidade e propósito nesse mundo, e construirmos o Significado da nossa Vida, que será falado no próximo post.

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