A trilha sonora de “O Grande Ditador” de Charles Chaplin
Está semana falei um pouco sobre o filme “O grande ditador” de Charles Chaplin (1889 - 1977) aqui, como o melhor filme que assisti durante a semana, hoje quis saber um pouco mais da trilha sonora, pois de cara reconheci o Prelúdio de Lohengrin, ópera em três atos que conta a história de Parsival e seu filho Lohengrin, composto por Richard Wagner (1813 - 1883) que escreveu a música e o libreto. Este Prelúdio aparece em vários momentos do filme, como na cena em que o ditador Hynkel brinca com um globo inflável, e no final do filme, quando o barbeiro discursa diretamente para Hannah.
As principais músicas do filme além do Preludio de Lohengrin, são a Dança Húngara n5 de Johannes Brahms (1833 - 1897) usada para ilustrar as atividades profissionais do barbeiro, e algumas músicas incidentais escritas pelo próprio Charles Chaplin, que com frequência realizava a composição de muitas de suas trilhas sonoras. Aqui podemos ouvir as composições de Chaplin para este filme compiladas em uma única música, a performance é da Orquestra Filarmônica da cidade de Praga sob regência de Carl Davis.
As Danças Húngaras de Johannes Brahms são um conjunto de 21 músicas, uma animada coletânea de temas folclóricos húngaros, com exceção das danças n11, 14 e 16 que são de autoria do compositor. Com cerca de um a cinco minutos de duração, este é o conjunto de obras mais popular de Brahms, abaixo ouvimos a Dança Húngara n5, uma versão da peça “Bártfai Emlék Csárdás” de Béla Kéler (1820 - 1882).
O filme “O Grande Ditador” de Charles Chaplin também serviu de inspiração para Hans Zimmer(1957), aclamado compositor de trilhas sonoras conhecido por ter escrito as trilhas sonoras de O Rei Leão (que também tem trechos de Lohengrin), Kung Fu Panda, e Blade Runner 2049, escreveu esta belíssima música incidental para a cena do discurso do barbeiro ao final do filme
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Um grande Abraço
Guilherme Faquetti
25 de fevereiro de 2018
Referencias bibliograficas
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Grande_Ditador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lohengrin_(%C3%B3pera)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Zimmer
https://en.wikipedia.org/wiki/Hungarian_Dances_(Brahms)
https://en.wikipedia.org/wiki/B%C3%A9la_K%C3%A9ler
https://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Wagner
https://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Brahms
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charlie_Chaplin
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Que sorte a nossa de apreciar um artista como esse, crítico ferrenho. De inteligencia genuína. Sempre me impressiono com indivíduos que estão a frente de seu tempo. E com o uso comercial em tudo, cada vez se ver menos essa qualidade crítica da arte, que torna a arte a grande potencia da expressão humana, da expressão do afeto, da expressão da dor. Rever esse discurso, até me emocionou. Lindo post.
O humano revelado nos filmes de Chaplin é fascinante. Se o discurso em sí é capaz de despertar o que temos de mais nobre, que é o desejo de ajudar as pessoas sem pedir nada em troca, ao mesmo tempo que nos libertarmos daqueles que sugam e tentam usar as pessoas como massa de manobra. A combinação com a música do Zimmer nos atravessa a uma dimensão para além da palavra que só a arte é capaz de expressar, e nos fazem sonhar com utopias. Como por exemplo que aos presídios só fossem os verdadeiramente arrependidos por vontade própria...
O discurso nesse filme é simples e inspirador, bom post!