Portugal – A sua linguagem e os seus costumes, Parte I

in #pt6 years ago (edited)

I - Portugal – A sua linguagem e os seus costumes

Em todos os tempos e nações tem sido corrente o emprego de provérbios, máximas e aforismos expressos, geralmente, em curtas palavras ou frases.

Muitas destas manifestações de cultura nasceram do conhecimento das coisas pela prática e pela observação da análise das qualidades morais dos indivíduos ao longo dos anos.

A nossa língua é muito rica em todos estes tipos de figuras e modalidades de expressão podendo-se encontrar um farto manancial exemplificativo.

É isso que tentarei resumir nos próximos post que levarei até vós.

Li uma vez que o “povo é que faz a língua”, nesse sentido tentarei interpretar algumas dessas expressões, provérbios, máximas e aforismos que ainda são utilizados diariamente por todos nós mas foram "construídos"pelos nossos antepassados.

Vamos começar:

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1 - AMARRAR O BURRO
Emprega-se na acepção de “ficar amuado”
Exemplo: Quando uma criança está zangada, por qualquer motivo, cala-se e não responde a nada que lhe perguntam, e, então diz-se: “não lhe digam nada, porque está a AMARRAR O BURRO”.

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2 – CHOVER A POTES
Expressão muito utilizada e que toda a gente sabe que significa chover muito em grandes bátegas de água.
A pergunta é: que têm os potes a ver com a chuva?
A resposta é: Quando a chuva é abundante, até os potes vazios se enchem de água.

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3 – CLARO COMO A ÁGUA
Esta expressão emprega-se quando o assunto é tão intuitivo e tão claro que não se presta a duas interpretações.
Exemplo: “Então tu não compreendes isto, pois é tão CLARO COMO A ÁGUA, o assunto é claríssimo, não há a mais pequena dúvida.”

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4 – DAR COM A LÍNGUA NOS DENTES
Uma expressão que significa denunciar alguém, revelar um segredo.
Assim é muito utilizada quando nos referimos à pessoas que não sabem guardar um segredo, ou seja, ouve e fala.
Esta expressão é empregue na acepção do acto de violar um segredo que foi confiado e de o divulgar a que não devia.

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5 – DAR A MÃO À PALMATÓRIA
Reconhecer o nosso erro ou engano.
DAR A MÃO Á PALMATÓRIA usa-se em sentido figurado por se ter enganado no que dizia e depois reconhecer livremente esse engano.
Assim, é como entregar a mão para ser punido.

Por hoje fico por aqui. Amanhã continuarei este percurso fantástico dos nossos usos e costumes ao nível da linguagem!
Muito obrigada pela vossa visita. Espero que tenham gostado.

Voltem sempre!

Abraço, caros amigos!
@ginga

Fotos e escrita @ginga

Sort:  

Lindo minha querida @ginga. Muito bom saber alguns desses "dialetos" do português de Portugal. Aqui no Brasil há vários dialetos. Um país gigante, com várias regiões e nenhum dialeto é igual. Aqui cada estado parece ter a sua própria língua, impressionante :D Grande abraço, beijão e espero os próximos capítulos!

Muito obrigada, meu caro amigo pela amizade e apoio de sempre. Tenho andado um pouco preguiçosa para escrever mas penso que vou continuar a publicar sobre este tema que, do meu ponto de vista, é muito interessante.
Uma vez mais bem haja, querido amigo.
Beijinho grande!

Que bela ideia, minha querida! Adorei e acho que é para continuar... não tem fim! A nossa linguagem é riquíssima! Parabéns, linda, mil beijinhos!

Gostaste? Fico tão contente pois estava a ficar desanimada com tudo... Desculpa de não ter comentado os teus post mas isto por aqui anda uma maluquice pegada, mas voto sempre (eheheheh). Ver se me animo. Beijinho grande, minha querida e muitas, muitas saudades!

Vais-te animar, sim! É uma grande ideia, sim! Todos temos que achar o nosso "nicho" aqui, e este parece-me perfeito! esqueci de dizer que adorei a foto de dar com a língua nos dentes ;) <3! Mil beijinhos enormes, linda!

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