PAPO SÉRIO - Vamos falar de depressão?
Meus colegas aqui estão acostumados com posts mais leves, sobre viagens e destinos turísticos, mas hoje decidir falar de um assunto bem complexo, porém muito presente e importante na vida de muita gente: depressão! Provavelmente quase todo mundo aqui conhece alguém depressivo (ou até mesmo tenha depressão) e sabe das dificuldades que isso acarreta numa família e o quão é importante estar sempre próximo e saber lidar. No meu caso, há uma pessoa bem próxima do meu círculo familiar com esta doença.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015 (infelizmente não encontrei dados mais atuais), a depressão atingia cerca de 322 milhões de pessoas no mundo, ou seja, 4,4% da população mundial.
No Brasil, a doença chegava em 11,5 milhões de pessoas, ou 5,8% da população, o maior índice da América Latina. Os únicos países com incidência maior de depressão na população são Estados Unidos (5,9%), Austrália (5,9%), Estônia (5,9%) e Ucrânia (6,3%).
Sintomas
Os sintomas da depressão são bem conhecidos: tristeza profunda e quase crônica, pessimismo, baixa autoestima e pouca vontade de fazer qualquer tipo de atividade, interpretação negativa da realidade, dificuldade de concentração, entre outros.
Causas
A depressão pode ser considerada uma síndrome, pois faz parte de uma ampla gama de doenças. Muita gente acha que a depressão é causada por estresse ou problemas sociais, mas essas questões são meros "gatilhos" ou acentuadores da doença.
As evidências mostram que ela é resultado de alterações químicas no cérebro da pessoa, principalmente em relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e dopamina), que são substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as diferentes células.
Tratamento
Tratar a depressão não é tarefa fácil justamente por não ser uma doença "igual" para todos. Como eu disse anteriormente, são várias doenças diferentes dentro desse contexto de um contexto. Portanto, a investigação junto a um profissional é fundamental. O acompanhamento terapêutico é importante e vai identificando os principais sintomas e causas, fazendo com que o medicamento ideal (com a dose certa) vá sendo testado e ajustado às necessidades das pessoas para que ela tenha uma vida melhor.
Como lidar
O ponto primordial é entender que a depressão é uma doença e não "frescura" da pessoa. Portanto, qualquer reação negativa com alguém que está em crise somente vai agravar os sintomas e afastar a pessoa.
É importante que você demonstre sempre que está com a pessoa para o que ela precisar, nem que seja apenas como uma presença física silenciosa. Mostre que ela tem a quem recorrer nos momentos piores. Procure também ser compreensivo nas horas das crises. A pessoa não vai levantar da cama sorrindo se alguém a forçar a isso ou gritar com ela. Além disso, deixe sempre claro para a pessoa que a depressão é tratável que essa sensação ruim um dia irá passar e ela se sentirá melhor.
É isso, pessoal. Vocês conhecem alguém com esta doença? Sintam-se à vontade para compartilhar uma história, um conselho ou uma opinião sobre esse assunto.
Grande abraço!
Também tenho uma pessoa no meu círculo familiar que sofre com a depressão há mais de 18 anos e posso dizer que é uma luta diária. É muito importante discutir sobre isso para que todos saibam que depressão não é "mimimi", não é carência, muito menos uma tentativa de chamar atenção.
Obrigada por compartilhar isso, Fabio!
Abraços!
Obrigado pelo comentário @renata.fernandes! De fato, é um assunto sério, importante e que está no dia a dia de muita gente. Com certeza merece atenção especial e compreensão dos familiares. Abraços!
Parabéns, seu post foi votado e compartilhado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!
Obrigado, galera!
A depressão é um assunto muito delicado e, infelizmente, cada vez mais atual na vida do ser humano.
Sim, infelizmente. Ainda segundo alguns dados, de 2005 a 2015, o índice de depressão na população cresceu 18,4%. Ainda não sabemos muito bem como lidar com isso e com essas estatísticas que vão mostrando cada vez mais que este tipo de doença está crescendo.
Penso que o caminho a seguir é valorizar o ser humano, as suas emoções e a sua personalidade de forma a encontrar um caminho onde essas pessoas consigam encontrar a sua paz e bem-estar.