Caminho ilhéu
Nascemos entre as rochas altas e maré a baixa
Lapas, espadas, banana, vinho, bolo do caco são alguns dos odores que nos acompanham
Rijos masculinos que não vergam ao progresso
Rostos duros e ancas largas
Terra de fertilidade
Dos mais perdidos recantos
Basalto bruto é nossa matéria prima
E muros e muralhas erguidos em declives impossíveis
Pelo ouro branco que pagou as expedições do Império
Os escolhidos para cá serem lançados...
Rufias não queridos da nobreza...
Isolamentos dentro de isolamentos.
Fizeram nos divergir para convergir.
Somos altos e grandes...
Com a marca da foice ao ombro
Ouvem-se os sinos pelos vales
Lança-se o fogo que anima a infância
...Que odor...
Terra húmida e pólvora...
Aproxima-se o inverno...
Ondas altas, e filosofia de esquina...
Crescem os moços, espelhos, nós velhos...
Partiremos pedra as vezes que for preciso.
Pois esta alma de ilhéu
Brilha no negro bréu!
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