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RE: Um Estado Longe da Realidade Social

in #pt6 years ago

Quando me referi a serviço de graça, estava querendo dizer que o atendimento não cobra nada do atendido de forma direta, o custo é distribuído via impostos. E isso cria uma situação onde a demanda é sempre maior que a oferta, pois o preço do serviço é justamente o fator que equilibra a demanda com a oferta.

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Entendi. E respeito a sua opinião, mas divergi na argumentação. Acho importante argumentar opiniões e discutir um bom debate. Mas novamente trago que é difícil contextualizar a saúde com a oferta x demanda do livre mercado. Imposto é pago desde que os humanos começaram se organizar, gastar mal é ofício dos representantes, não das premissas de um serviço público. Por mais que entenda que os serviços públicos precisem de um choque administrativo e se adequar a tecnologia do nosso tempo. Hoje corre essa ideia que o público não é necessário, um extremos do liberalismo. Prefiro seguir uma ideia liberal social, onde o Estado serve a manutenção dos direitos e libere o mercado. Tem muitos impostos e praticamente nenhum retorno social eficaz, a não ser em uma generalização como por exemplo o SUS. A saúde mental brasileira retirou mais de 40 mil pessoas em condições sub-humano dos conhecidos manicômios, e visa autonomia dos indivíduos. Autonomia se converte em produtividade, que serve ao indivíduo e ao mercado. Infelizmente temos um contexto social histórico que nos coloca onde estamos hoje, tudo tem sua história. O SUS não é contruido nessa premissa, por exemplo a consulta clínica custa 10 reais para União. A demanda é pela emergência, e os serviços descentralizados servem a diminuir essa demanda, a demanda de emergência não é controlável diretamente, mas pode ser indiretamente, já a ambulatorial é diretamente. Claro que é uma construção a partir da constituição e assimilação da saúde como um direito constitucional. Já que entendo que é assim, justifico que para diminuir custo é preciso continuar a descentralização e diminuir custo hospitalar, tanto nos acometimentos agudos, quanto no aumento das morbidade mal tratadas que geram ainda mais custos ao Estado. A premissa é diminuir custo a médio longo prazo, e promover saúde. Países como Canadá, Inglaterra e outros conseguem. Países como EUA tratam saúde como mercado, é uma constituição e entendimento da existência humana diferente. Se adequar às premissas de mercado o mal profissional irá gastar no público e privado. Promover saúde é diminuir demanda, reduzir gastos, e promover valor humano. Quem sabe um dia temos um sistema de saúde com Blockchain e ativos digitais, iria ajudar muita gente.

Eu entendo o seu ponto de vista e respeito ele. Mas acho que se achamos feia ou não gostamos de uma realidade não adianta nada fingir que ela não existe. A saúde é um serviço, e um serviço oneroso, que tem custos. E como tal está sujeita à lei da oferta e procura, assim como todos os outros serviços. Estatizar esse serviço e fazer ele ser financiado por impostos não muda em nada a sua natureza econômica subjacente. Apenas cria um verniz por cima pra tentar esconder aquilo que não queremos ver e encarar de frente.

Exato. São posições doutrinárias diferentes, entendo sua perspectiva, e acho importante, acredito que seja um balanço importante em um social que invariavelmente é atrelado ao econômico em seu funcionamento. E por isso a importância de uma democracia. Obrigado pela discussão.

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