Saia da caverna! #Reflexão

Uma das primeiras coisas que aprendemos no curso de Filosofia é sobre a “Alegoria da Caverna” de Platão que está escrito no Livro “A República”. Na internet existem muitas variações, mas poucas abordam o real conceito inserido na alegoria, mas explanarei a seguir.

 
Source




Platão acreditava que os únicos governantes deveriam ser os filósofos, os criadores das leis, os criadores dos nomes, enfim, para Platão o filósofo era o ser mais preparado para “quase tudo”.
 
Pois bem, a alegoria se inicia com três indivíduos agrilhoados desde o nascimento em uma caverna, ficavam de frente a uma parede, atrás deles havia uma entrada da qual eles não conseguiam ver, pouco após essa entrada havia uma fogueira que projetava para os prisioneiros todas as sombras do que passava entre a entrada e ela.
 
Para esses prisioneiros, as sombras eram a verdade, pois era tudo o que conheciam, eis que, um dia, um prisioneiro se liberta (o filósofo), este prisioneiro decide sair da caverna, mas como vivia no escuro, ao ver a luz do sol é cegado (a luz do sol neste caso é o conhecimento além das sombras).
 
Após pouco tempo suas retinas se acostumam com a luz do sol e ele começa a ver o “mundo real”, extasiado com a realidade decide voltar à caverna e soltar seus companheiros prisioneiros (sim, o filósofo faz isso, sempre quer tirar os outros das sombras), mas ao voltar e contar o que viu a todos, é ridicularizado e ameaçado de morte.
 
Mas por que estou abordando essa alegoria escrita há quase dois mil e quinhentos anos? Porque precisamos nos libertar dos grilhões. A sociedade contemporânea está repleta de grilhões e cavernas, seja consumista, seja politicamente, seja pessoalmente, seja religiosamente, enfim, vários tipos de cavernas às quais somos condicionados.
 
Eu por exemplo, há dez anos vivia com vários problemas de saúde, após fazer uma releitura do meu consumo alimentar, cortei o máximo possível de produtos “enlatados”, “encaixados” e “ensacados”, planto 20% do meu consumo agrícola e me sinto bem melhor do que há dez anos, hoje raramente preciso de remédios, há dez anos, era frequente.
 
Esse é um exemplo “besta”, mas foi uma caverna que me libertei, foi difícil mudar o hábito de trinta anos, foi sim, fazendo um paralelo, a luz me cegou no início, não via nada, mas hoje que conheço o mundo real, não me arrependo.
 
As cavernas são subjetivas como cada ser humano, então cada um que pode saber em qual caverna está inserido, mas temos que lutar para sempre nos livrarmos de nossos grilhões, nem que seja para ir à outra caverna, para depois nos livrarmos novamente.
 
Este é o movimento que proponho com esta matéria, quebrem seus grilhões sempre que puderem, nunca aceitem uma situação, mudem, mudem e mudem-se sempre.

Todos os meus posts estão agrupados no Steem Center. Acompanhe: Link

---

View this post on Steeve, an AI-powered Steem interface