O Positivismo de Auguste Comte: na epistemologia e ciência. #Filosofia

Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (1796-1857), foi um filósofo francês, considerado o “pai” da Sociologia e do Positivismo, Para ele era possível que a sociedade e as pessoas se desenvolvessem baseados em critérios das ciências exatas e biológicas.

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Mas o que é Positivismo?
 

“(…) Este termo foi empregado pela primeira vez por Saint-Simon, para designar o método exato das ciências e sua extensão para a filosofia (De Ia religion Saint-Simonienne, 1830, p. 3). Foi adotado por Augusto Comte para a sua filosofia e, graças a ele, passou a ciesignar uma grande corrente filosófica que, na segunda metade do séc. XIX, teve numerosíssimas e variadas manifestações em todos os países do mundo ocidental. A característica do Positivismo é a romantização da ciência, sua devoção como único guia da vida individual e social do homem, único conhecimento, única moral, única religião possível. (…)” (ABBAGNANO. 2007. p.786)

 

Na epistemologia, a lei dos três estágios:

No seu livro “Curso de Filosofia Positivista”, Comte cria seu conceito principal, a lei dos três “estágios” ou dos “três estados”. Comte nos apresenta esta lei como sendo um esquema para a evolução da humanidade, servindo tanto para vida das pessoas, epistemologia e para a história humana. A lei dos três estágios consiste em:
 

1. Estágio Teológico: neste estado, os fenômenos sociais e da natureza são explicados como resultados de “agentes sobrenaturais”.
2. Estágio Metafísico: é uma reflexão entre o significado e a essência abstrata das coisas. Para Comte o estágio metafísico é o intermediário entre o teológico e o positivo.
3. Estágio Positivo: é onde acontecem as explicações dos fenômenos sociais e da natureza, fabricadas através da observação dos fenômenos, da elaboração de hipóteses e da formulação de leis universais, ou seja, através do método científico.

 

Na Ciência, a Ciência positivista e a Sociologia:

“(…) A filosofia positiva, portanto, deve submeter a sociedade a rigorosa pesquisa científica, já que somente uma sociologia científica pode “ser considerada como a única base sólida para a reorganização social, que deve encerrar o estado de crise em que se encontram há longo tempo as nações mais civilizadas”. (REALE. 2005. p.292)

 
Considerado o pai da sociologia, Comte a enxergava como uma ciência, ou seja, a sociedade deveria ser vista ou pesquisada baseada em análise e síntese para ser reorganizada, ou reconstruída.
 
As crises sociais não podem ser resolvidas sem o devido conhecimento dos “fatos sociais” e políticos, por este motivo, Comte pensa ser de extrema urgência a criação da “física social”, ou da “sociologia científica”, uma ciência baseada na “pesquisa das leis”, pois apenas com tal conhecimento podemos prevê-los e modificá-los em nosso benefício.
 
Vale lembrar que o lema positivista era: “amor, ordem e progresso” (amor como princípio, ordem como base e progresso como meta) na República militar “tupiniquim”, ou na verdade, o “golpe republicano” foi utilizado em sua bandeira (que perdura até hoje) o lema “ordem e progresso”, esquecendo-se totalmente do amor, do amor ao negro, do amor ao que pensa diferente, aliás, do amor ao próximo.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007, 5a Edição.
 
REALE, Giovanni, ANTISERI, Dario – História da Filosofia: Do Romantismo ao Empiriocriticismo (vol. 5). 1a ed., São Paulo: Paulus, 2005.

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