Não há amarras capazes de atar uma alma livre.

A verdadeira liberdade é interior.

Pessoas livres não sustentam ideias rígidas e imutáveis sobre as situações da vida. Não tem convicções, apenas tem ideias - e as colocam constantemente à prova! Não procuram estar certas. Pessoas livres cometem muitos erros, mas aprendem com eles. Não enxergam utilidade na sensação de culpa... Preferem o aperfeiçoamento despretensioso de suas ações. Mudam de rota e de direção quando preciso. Arriscam-se. Já descobriram que o único carcereiro capaz de cercear a nossa liberdade é o carcereiro interior. Mesmo trazendo dentro de si a consciência de que a sua essência é original e autêntica, executam com presteza o teatro dessa vida, sabendo representar vários papéis previsíveis. Estão no mundo e não ignoram as regras de seu jogo; mas não pertencem ao mundo, pertencem a si mesmas.

São originais e essa originalidade é de dentro para fora e não de fora para dentro. Não buscam corresponder a rótulos ou a ideais criados pelo senso comum. Não vivem buscando conforto ou almejando ideais criados dentro de suas mentes, por isso não vão atrás da felicidade ou da plenitude. Sabem que seria inútil tentar agarrá-las, já que elas são qualidades do ser e não conquistas exteriores. Pensam de forma livre. Já adquiriram a consciência de que ninguém será capaz de conhecer mais sobre a trajetória delas do elas próprias, por isso não se importam tanto com o que dizem. Não se elevam com elogios nem se abatem diante de críticas, mas são capazes de analisar a ambos, de forma isenta.

Não alimentam grandes esperanças naquilo que não depende delas. Não buscam mudar o mundo, mas constantemente buscam aperfeiçoa-se diante dele. Descobriram, pelo menos em partes, o que realmente importa nessa vida, fazem o que tem que ser feito a cada momento e são inteiros em tudo que fazem.

"LIBERDADE, ESSA PALAVRA
QUE O SONHO HUMANO ALIMENTA,
QUE NÃO HÁ NINGUÉM QUE EXPLIQUE
E NINGUÉM QUE NÃO ENTENDA"
(CECÍLIA MEIRELES)