Eles são acusados de serem veículos de excitação ou entretenimento barato que explora respostas humanas primitivas. Mas os melhores filmes desta categoria sempre estão cientes de suas raízes de gênero e conseguem superá-los com comentários sociais e humanos de proporções gigantescas.

Isso que você falou me fez pensar em Ninfomaníaca, que repercutiu nas vitrines de cinemas e blogs críticos justamente tendo o sexo como mote, algo instintivo e que nos inclina à curiosidade (tal como o terror). Porém, como vemos em Ninfomaníaca, há algo ali de denúncia sobre a condição humana, uma pegada existencial de raízes profundas, onde mais poderosa que a penetração, que no filme é vulgarizada, é o próprio olhar entre os diferentes personagens — olhares que denunciam nossa insegurança sobre quem somos e o que diabos estamos fazendo ali.

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